01
Jan 13

Faxina da Alma ...

 

 


Não importa onde você parou,  em que momento da vida você cansou.

Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo, é renovar as esperanças na vida e, o mais importante, acreditar em você de novo.

Sofreu muito  nesse  período? Foi aprendizado.

Chorou muito? Foi limpeza da alma.

Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia.

Sentiu-se só por diversas vezes? É porque fechaste a porta até para os anjos.

Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da tua melhora.
Pois é… agora é hora de reiniciar, de pensar na luz, de
encontrar prazer nas coisas simples de novo.

 

Um corte de cabelo arrojado diferente, um novo curso, ou aquele velho desejo de aprender a pintar, desenhar, dominar o computador, ou qualquer outra coisa. Olha quanto desafio, quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te esperando… Ta  se sentindo sozinho? Besteira, tem tanta gente que você afastou com o seu “período de isolamento”.
Tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu  para “chegar”  perto de você. Quando nos trancamos na tristeza, nem nós mesmos nos suportamos, ficamos horríveis. O mau humor vai comendo nosso fígado,  até a boca fica amarga. Recomeçar… Hoje é um bom dia para começar novos desafios.

 

Onde você quer chegar? Alto? Sonhe alto! Queira o melhor do melhor. Queira coisas boas para a vida. Pensando assim, trazemos prá nós aquilo que desejamos.
Se pensamos pequeno, coisas pequenas teremos. Já se desejarmos fortemente o melhor e, principalmente lutarmos pelo melhor, o melhor  vai se instalar na nossa vida. E é hoje o dia da faxina mental.

Jogue fora tudo que te prende ao passado, ao mundinho de coisas tristes. Fotos, peças de roupa, papel de bala, ingressos de cinema, bilhetes de viagens e toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados.

Jogue  tudo fora, mas principalmente esvazie seu coração. Fique pronto para a vida, para um novo amor.

Lembre-se, somos apaixonáveis, somos sempre capazes  de amar muitas e muitas vezes, afinal de contas, nós somos o “Amor”.

Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.


   Carlos Drummond de Andrade https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSfQWhdfH0PD7OY6AgP0pqvtRx3aJLgW7ameNeAC3PzFE25EqbZ

 

 Voz do vento ...

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29
Jun 12

NADA COMO O TEMPO ...



Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o "alguém" da sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

[desconhecido]

 

 

Voz do vento...

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música: Kesha - Your Love is my drug
22
Jun 12

DESISTA: 10 Coisas para você desistir hoje mesmo!

 
1- Desista de tentar ser perfeito. O mundo real não recompensa os perfeccionistas, recompensa as pessoas que fazem as coisas.
2- Desista de comparar-se aos outros. A única pessoa que você está competindo é contra você mesmo.
3- Desista de reviver o passado ou preocupar-se muito com o futuro. Agora é o momento. A vida é agora. Não a perca.
4- Desista de queixar-se. Faça alguma coisa acerca disso.
5- Desista de guardar rancor. Os ressentimentos são um desperdício de felicidade.
6- Desista de esperar. O que não começar hoje não será concluído até amanhã. O conhecimento e inteligência são inúteis sem ação.
7- Desista de mentir. A longo prazo, a verdade sempre será revelada. Domine as suas ações ou as suas ações acabarão por dominá-lo.
8- Desista de tentar evitar erros. O único erro que pode realmente machucá-lo é escolher não fazer nada, simplesmente porque você está com muito medo de cometer um erro.
9- Desista de dizer: "Eu não posso." Como Henry Ford disse, "Se você pensa que pode ou pensa que não pode, você está certo."
10- Desista de tentar ser tudo para todos. Expressar um sorriso você pode mudar o mundo. Talvez não o mundo todo, mas o seu mundo. Comece pequeno. Comece agora.

E lembre-se, os erros fazem-nos humanos, as falhas ajudam-nos a crescer, a esperança mantém-nos no caminho, e o amor é a razão pela qual nós estamos vivos. Então, continue a aprender, a amar e a viver. A única coisas que não deve desistir é de si mesmo. NUNCA DESISTA DE SI MESMO!
 

Voz do vento ... {#emotions_dlg.bouquete}
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30
Mai 12

Quem tem a chave ...

Quem tem a chave sou EU... hoje e amanhã e para sempre. Quem tem a chave sou EU para a porta do Universo, para abrir as portas e fechar quando entender, jamais partilharei esta fabulosa chave que reconquistei e que me pertence,é a minha vida, o meu EU, sou Eu aqui e agora, a festejar com o universo, com os animais , com a natureza. Transbordar de felicidade...

                                                                                  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Voz do vento em harmonia ..

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sinto-me: num paraiso
música: Coldplay - Paradise
22
Mar 12

...mas importo-me

 

 

 

Posso não chorar... mas não deixa de doer. Posso não dizer... mas sinto. Posso não mostrar... mas importo-me.

Voz do Vento... {#emotions_dlg.sidemouth}
publicado por Voz do vento às 22:39 | comentar | favorito

AMAR a VIDA...

 

 

 

Não esperes elogios para acreditares em ti mesmo!!! Não esperes ser amado, para começares a amar... não esperes ficar sozinho, para reconhecer o valor de quem está ao teu lado, não esperes ficar de luto para veres quem HOJE é importante na tua vida... simplesmente VIVE e não esperes o dia da tua morte, para começares a AMAR a VIDA! 
Voz do Vento... {#emotions_dlg.star}

 

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Aprender a ver ...

 

 

"Aprender a ver ,habituar os olhos à calma, à paciência, ao deixar que as coisas se aproximem de nós; aprender a adiar o juízo, a rodear e a abarcar o caso particular a partir de todos os lados. Este é o primeiro ensino preliminar para o espírito: não reagir imediatamente a um estímulo, mas sim controlar os instintos que põem obstáculos, que isolam. " Friedrich Nietzsche
Voz do Vento...
publicado por Voz do vento às 22:14 | comentar | favorito

Manual de Instruções de Adolescentes...

 

Na cabeça de um adolescente


David Bainbridge, professor e investigador, explica em entrevista como lidar com jovens nesta fase


Concorda que adolescentes e adultos são, até certo ponto, incompatíveis? Descubra o porquê e como superar os problemas que surgem.

Incompreendido. Esta é a palavra que parece definir o comportamento de um adolescente, que nunca se levanta a horas, pensa ser imortal e dá um sentido muito próprio ao termo irresponsabilidade.

Com três filhos, David Bainbridge, professor e investigador, quis «escrever um livro acerca de adolescentes que fosse positivo» e, por isso, voltou-se para a ciência. O autor considera que a adolescência é o pico da evolução humana e que os adolescentes são a razão de ser dos adultos, cuja função é cuidar dos primeiros.

Esta é também a oportunidade de percebermos o que se passa no corpo de um adolescente, a relação com o seu comportamento e aquilo que parece funcionar ou falhar no nosso relacionamento com os jovens.

 

Qual é a importância das experiências que adquirimos durante a adolescência para o nosso desenvolvimento?


Considero que são extremamente importantes. De acordo com a psicanálise clássica, a infância é uma fase central. Mas já não acreditamos nisso. Existem tantos comportamentos, complexos sociais, sexuais e românticos que ocorrem na adolescência… Pode ser muito difícil desaprendê-los quando somos adultos.

 

Em que diferem a mente e o raciocínio adolescentes da mente e raciocínio adultos?


O cérebro adolescente está a passar por uma reconstrução extraordinária para desenvolver a sua forma adulta. Mas muitos dos seus aspectos reflectem traços benéficos que estão invulgarmente bem desenvolvidos, como a criatividade, a abstração, a intensidade emocional, a capacidade de correr riscos. Adultos e adolescentes pensam realmente de forma diferente.

 

As hormonas são as únicas responsáveis pelo comportamento tipicamente adolescente?

A maioria dos nossos comportamentos é intrínseca ao cérebro e, por causa disso, as hormonas têm pouco efeito. De facto, cérebro e comportamento desenvolvem-se de forma independente da puberdade. Todos sabemos, por experiência própria, que a chegada da puberdade não afecta muito a maturidade mental.

Por que considera a diferença de maturidade entre os sexos a essência da adolescência?


Durante a adolescência, tudo acontece, em média, primeiro às raparigas e depois aos rapazes, nomeadamente a reestruturação do cérebro, o desenvolvimento social, mudanças hormonais físicas.

A fertilidade é a única excepção e isso deve-se provavelmente ao facto de a fertilidade masculina ser muito mais simples do que a feminina. Para onde quer que olhe, a adolescência actua de forma a que os rapazes e as raparigas sejam o mais diferentes possível.

 

Os pais devem ser completamente honestos com os adolescentes ou devem dizer algumas mentiras inocentes?


Penso que ajuda sempre ser honesto e, caso não tenham a certeza, dizer que não existem provas científicas para aquilo que estão a defender, apenas teorias com muitos factos que as apoiam.

 

Existe realmente uma falha de comunicação entre adultos e adolescentes ou há uma falta de vontade de comunicar?


Muitos dados demonstram que os adolescentes estão simplesmente mais interessados em falar entre eles do que com adultos. Além disso, os pais são especialmente afectados por este desinteresse porque distanciar-se psicologicamente dos progenitores é uma parte essencial do processo de crescimento. Estudos mostram que esse afastamento é essencial para o bem-estar psicológico posteriormente.

 

O que caracteriza a comunicação adolescente e qual o papel das novas tecnologias?


A comunicação adolescente é personalizada para públicos diferentes. Os adolescentes comunicam pouco com os seus pais, mas de forma muito articulada com outros adultos. No seio dos seus grupos sociais, empregam uma linguagem complexa que envolve piadas privadas, sarcasmo, códigos e jargão, concebida para excluir adultos, crianças e muitos outros adolescentes. A comunicação electrónica moderna simplesmente tornou o processo muito mais fácil.

 

Porque é que os adolescentes correm mais riscos e que papel tem esse comportamento no seu desenvolvimento?


Correr riscos é uma parte essencial da vida e poucas pessoas bem-sucedidas podem dizer que os seus sucessos não se deveram, em parte, a terem corrido riscos. Assim, adolescência é uma altura em que os adolescentes aprendem a correr riscos, descobrem as sensações que isso origina e o que podem ganhar ou perder com isso.

 

Os adolescentes precisam mesmo de dormir mais do que os adultos?


Mais talvez não, mas provavelmente a horas diferentes.

Do ponto de vista fisiológico, o sono dos adolescentes faz com que seja mais fácil ficar acordado até mais tarde sem se sentirem cansados, mas que seja mais difícil acordar de manhã. Existem várias teorias que explicam esta situação mas, por enquanto, não foram feitas experiências que as suportem.

 

A raiva e a sua exteriorização têm algum papel no desenvolvimento dos adolescentes?


Parte da reestruturação do cérebro adolescente envolve uma alteração temporária das conexões entre centros emocionais e centros mais analíticos. Os adolescentes podem parecer emocionalmente muito voláteis e a raiva pode surgir. Se tem uma função ou é apenas um efeito secundário da reestruturação do cérebro, não sabemos. Devemos lembrar-nos que ser adolescente é muito desafiante.

 

Questionar a autoridade faz parte do processo de crescer?


Desenvolver uma auto-imagem como pessoa autónoma e independente é muito importante e libertar-se de controlos externos é uma parte crucial desse processo. É uma extensão da rejeição dos pais de que falei anteriormente.

 

Os adolescentes são mais susceptíveis ao desenvolvimento de depressões e perturbações mentais?


A perturbação mental parece surgir durante a adolescência. A minha sugestão é que, antes da adolescência, o cérebro não é suficientemente complexo ou humano para padecer de todas as perturbações mentais que afectam a nossa espécie. As raparigas sofrem mais de depressão do que os rapazes e, novamente, suspeito que tal acontece por os seus cérebros se desenvolverem ligeiramente mais cedo.

 

Utiliza a expressão «tristeza adolescente». O que significa?


As emoções podem ser muito erráticas durante a adolescência o que, em si, pode explicar em grande parte a tristeza adolescente. Além disso, estes são os anos em que a auto-análise é muito prevalente e esta é uma competência muito importante para crescermos. Mas a
auto-análise pode exacerbar a tristeza. Este comportamento é perfeitamente normal e distinto de qualquer depressão clínica.

 

Como podem os pais ajudar o seu filho a ter uma boa auto-estima e a sentir que pode falar com adultos?


Estudos mostram que o melhor é demonstrar apoio emocional, independentemente da criança mostrar sinais de apreciar esse apoio.

Uma atmosfera familiar descontraída e de entreajuda é a melhor forma de os encorajar a falar, se eles quiserem fazê-lo.

 

Diz que a toxicodependência é um comportamento inerentemente adolescente. Porquê?


Os adolescentes consomem drogas pelas mesmas razões do que os adultos (divertimento, aborrecimento, vício, etc.) mas, para além disso, estão mais inclinados para correr riscos, procurar coisas novas e desobedecer à autoridade. Todos estes comportamentos são perfeitamente saudáveis e normais. As drogas modernas e potentes disponíveis hoje em dia é que são o problema.

 

Como podem os pais e a sociedade desencorajar os jovens de tomarem drogas?


Tal como na maioria dos casos, dando a conhecer as provas que existem sobre os malefícios das drogas e a frequência com que estes ocorrem, e discutir as razões pelas quais se acredita que os riscos de tomar drogas podem ser demasiado grandes. Simplesmente dizer não é uma abordagem notoriamente ineficaz.

 

O que caracteriza o comportamento sexual adolescente?


Os anos da adolescência são os anos em que os humanos evoluíram para começar a ter relações sexuais (e, presumivelmente, começar a ter filhos também). São também os anos em que aprendemos a ter confiança, felicidade e preferências sexuais. As relações românticas e sexuais podem ser extremamente intensas nesta altura.

 

Que conselhos daria aos pais para abordar a questão do sexo?


Em primeiro lugar, é improvável que as relações sexuais consensuais que ocorrem numa relação de amor descontraída causem algum tipo de problemas. Antes pelo contrário. Em segundo lugar, devia dizer-se aos adolescentes que, se eles usarem preservativo, podem esquecer as coisas terríveis com que os adultos tentam assustá-los (doenças sexualmente transmissíveis, gravidez, entre outras) e aproveitar as coisas boas! É importante que os adolescentes aprendam que as relações sexuais são supostamente agradáveis e não assustadoras.

 

Qual é a importância das amizades para um adolescente e como evitar que tenha más companhias?


As amizades são muito úteis para desenvolver relações sociais normais e estabelecer o seu lugar no mundo.

Quanto a influências negativas, os adolescentes são inerentemente desconfiados em relação ao que os adultos dizem.

Por isso, é muito mais provável que uma afirmação breve e suave dos pais, que exprima a sua opinião, seja mais eficaz do que estar constantemente a falar no assunto ou a fazer ameaças.

 

Texto: Julie Oliveira

 

 

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REVISTA
SABER VIVER

 

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13
Mar 12

Caminhar Sempre ...


 

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.

Charles Chaplin

 

 

 

Só há duas maneiras de viver a vida: a primeira é vivê-la como se os milagres não existissem. A segunda é vivê-la como se tudo fosse milagre.

Albert Einstein

Aprenda como se você fosse viver para sempre. Viva como se você fosse morrer amanhã.

Mahatma Gandhi

 


Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.

Fernando Pessoa

 

Viva uma vida boa e honrada. Assim, quando você ficar mais velho e pensar no passado, poderá obter prazer uma segunda vez.

Dalai Lama

 

 

 


Vale a pena viver - nem que seja para dizer que não vale a pena...

Mário Quintana

 


É sobretudo na solidão que se sente a vantagem de viver com alguém que saiba pensar.

Jean Jacques Rousseau

 


Quando eu pensar que aprendi a viver, terei aprendido a morrer.

Leonardo da Vinci

 


 

Não viva para que a sua presença seja notada,
mas para que a sua falta seja sentida...

Bob Marley

 

 

Viver é enfrentar desafios.Quem nunca enfrentou desafios, apenas passou pela vida, não viveu.

Augusto Branco

 


É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar.
É melhor tentar, ainda que em vão que sentar-se, fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias frios em casa me esconder.
Prefiro ser feliz embora louco, que em conformidade viver.

Martin Luther King

 


Viva o hoje,
pois o ontem já se foi
e o amanhã talvez não venha.

Antoine de Saint-Exupéry

 



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08
Mar 12

DIA INTERNACIONAL DA MULHER ...

 

PORQUÊ O DIA 8 DE MARÇO


Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher". De então para cá o movimento a favor da emancipação da mulher tem tomado forma, tanto em Portugal como no resto do mundo.

 

 

O QUE SE PRETENDE COM A CELEBRAÇÃO DESTE DIA


Pretende-se chamar a atenção para o papel e a dignidade da mulher e levar a uma tomada de consciência do valor da pessoa, perceber o seu papel na sociedade, contestar e rever preconceitos e limitações que vêm sendo impostos à mulher.

 

 

MARCOS DE UM PERCURSO

 


EM PORTUGAL

 

 

Carolina Angelo, nascida na Guarda em 1877, médica, cirurgiã, activista política, membro da Liga das Mulheres Repúblicanas, foi a primeira mulher em Portugal a exercer o direito de voto.


NO MUNDO


1691 -Estados Unidos
As mulheres votam no Estado do Massachussetts. Perdem este direito em 1789.

1788 - França
Condorcet, filósofo e homem político francês, reclama para as mulheres o direito à educação, à participação na vida política e ao acesso ao emprego.


1792 - Reino Unido
Mary Wollstpnecraft pioneira da acção feminista, publica uma vindicta das Mulheres.

 

1822 - Primeira Constituição Liberal. Tanto esta Constituição como as seguintes afirmam. que a lei é igual para todos, sem referência especial às mulheres.

 

  

 

Sophia de Mello Breyner Andresen (Porto, 6 de Novembro de 1919 — Lisboa, 2 de Julho de 2004) foi uma das mais importantes poetisas portuguesas do século XX. Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 1999.

 

Sophia nasceu no Porto, em 1919, no seio de uma família aristocrática. A sua infância e adolescência decorrem entre o Porto e Lisboa, onde cursou Filologia Clássica.

 

Após o casamento com o advogado e jornalista Francisco Sousa Tavares, fixa-se em Lisboa, passando a dividir a sua actividade entre a poesia e a actividade cívica, tendo sido notória activista contra o regime de Salazar. A sua poesia ergue-se como a voz da liberdade, especialmente em "O Livro Sexto".
Foi sócia fundadora da "Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos"e a sua intervenção cívica foi uma constante, mesmo após a Revolução de Abril de 1974, tendo sido Deputada à Assembleia Constituinte pelo Partido Socialista.
Profundamente mediterrânica na sua tonalidade, a linguagem poética de Sophia de Mello Breyner denota, para além da sólida cultura clássica da autora e da sua paixão pela cultura grega, a pureza e a transparência da palavra na sua relação da linguagem com as coisas, a luminosidade de um mundo onde intelecto e ritmo se harmonizam na forma melódica, perfeita, do poema.
Luz, verticalidade e magia estão, aliás, sempre presentes na obra de Sophia, quer na obra poética, quer na importante obra para crianças que, inicialmente destinada aos seus cinco filhos, rapidamente se transformou em clássico da literatura infantil em Portugal, marcando sucessivas gerações de jovens leitores com títulos como "O Rapaz de Bronze", "A Fada Oriana" ou "A Menina do Mar".
Sophia é ainda tradutora para português de obras de Claudel, Dante, Shakespeare e Eurípedes, tendo sido condecorada pelo governo italiano pela sua tradução de "O Purgatório".

 

1840 - Estados Unidos
Lucrécia Mott lança as bases de Equal Rights Association pedindo a igualdade de direitos para as mulheres e para os negros.

1857 - Estados Unidos
No dia 8 de Março, em Nova Iorque, greve das opcrárias têxteis para obter a igualdade de salários e a redução das horas dc trabalho, para 10 horas por dia.

1859 - Rússia
Aparecimento de um movimento feminino em St. Pctersburgo para a emancipação da mulher.

1862 - Suécia
As mulheres votam nas eleições municipais.

1865 - Alemanha
Louise Otto funda a Associação Geral das Mulheres AIemãs.

1866 - Reino Unido
John Stuart MIII, filósofo e economista inglês, reclama o direito de voto para as mulheres.

1868 - Reino Unido
Criação da Sociedade Nacional para o Sufrágio Feminino.

1869 - Estados Unidos
Nascimento da Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres. O estado dc Wyoming concede o direito de voto às mulheres para atingir o número de eleitores necessário para entrar na União.

1870 - França e Suécia
As mulheres têm acesso aos estudos médicos. - Turquia
Inauguração de urna Escola Normal destinada a formar professoras para as escolas prirnárias e secundárias para raparigas.

1874 - Japão
Abertura da primeira Escola Normal para raparigas.

1878 - Rússia
Abertura da primeira Universidade feminina em St. Petersburgo.

1882 -. Estados Unidos
Susan B. Anthony funda o Conselho Nacional de Mulheres, tendo como patrono Victor Hugo; o célebre escritor era então um dos chefes do Partido Republicano.

1893 - Nova Zelândia
Concedido o direito de voto às mulheres.

1901- França
O deputado socialista René Viviani, sustenta pela primeira vez um debate sobre o direito de voto das mulheres.

 

 Durante séculos, o papel da mulher incidiu sobretudo na sua função de mãe, esposa e dona de casa. Ao homem estava destinado um trabalho remunerado no exterior do núcleo familiar. Com o incremento da Revolução Industrial, na segunda metade do século XIX, muitas mulheres passaram a exercer uma actividade laboral, embora auferindo uma remuneração inferior à do homem. Lutando contra essa discriminação, as mulheres encetaram diversas formas de luta na Europa e nos EUA.

 

 

LENDA E REALIDADE

 


A lenda do Dia Internacional da Mulher como tendo surgido na sequência de uma greve, realizada em 8 de Março de 1857, por trabalhadoras de uma fábrica de fiação ou por costureiras de calçado - e que tem sido veiculada por muitos órgãos de informação - não tem qualquer rigor histórico, embora seja uma história de sacrifício e morte que cai bem como mito.
Em 1982, duas investigadoras, Liliane Kandel e Françoise Picq, demonstraram que a famosa greve feminina de 1857, que estaria na origem do 8 de Março, pura e simplesmente não aconteceu (1), não vem noticiada nem mencionada em qualquer jornal norte-americano, mas todos os anos milhares de orgãos de comunicação social contam a história como sendo verdadeira («Uma mentira constantemente repetida acaba por se tornar verdade»).
Verdade é que em 1909, um grupo de mulheres socialistas norte-americanas se reuniu num "party’, numa jornada pela igualdade dos direitos cívicos, que estabeleceu criar um dia especial para a mulher, que nesse ano aconteceu a 28 de Fevereiro. Ficou então acordado comemorar-se este dia no último domingo de Fevereiro de cada ano, o que nem sempre foi cumprido.
A fixação do dia 8 de Março apenas ocorreu depois da 3ª Internacional Comunista, com mulheres como Alexandra Kollontai e Clara Zetkin. A data escolhida foi a do dia da manifestação das mulheres de São Petersburgo, que reclamaram pão e o regresso dos soldados. Esta manifestação ocorreu no dia 23 de Fevereiro de 1917, que, no Calendário Gregoriano (o nosso), é o dia 8 de Março. Só a partir daqui, se pode falar em 8 de Março, embora apenas depois da II Guerra Mundial esse dia tenha tomado a dimensão que foi crescendo até à importância que hoje lhe damos.
A partir de 1960, essa tradição recomeçou como grande acontecimento internacional, desprovido, pouco e pouco, da sua origem socialista.

(1) Se consultarmos o calendário perpétuo e digitarmos o ano de 1857, poderemos verificar que o 8 de Março calhou a um domingo, dia de descanso semanal, pelo que, em princípio, nunca ocorreria uma greve nesse dia. Há quem argumente, no entanto, que, durante o século XIX, a situação da mulher nas fábricas dos Estados Unidos era de tal modo dramática que trabalharia 7 dias por semana.

Pesquisa efectuada por Maria Luísa V. Paiva Boléo

 

 

 

CONSAGRAÇÃO DO 8 DE MARÇO COMO O DIA INTERNACIONAL DA MULHER


Desde 1975, em sinal de apreço pela luta então encetada, as Nações Unidas decidiram consagrar o 8 de Março como Dia Internacional da Mulher.
Se, nos nossos dias, perante a lei da maioria dos países, não existe qualquer diferença entre um homem e uma mulher, a prática demonstra que ainda persistem muitos preconceitos em relação ao papel da mulher na sociedade. Produto de uma mentalidade ancestral, ao homem ficava mal assumir os trabalhos domésticos, o que implicava para a mulher que exercia uma profissão fora do lar a duplicação do seu trabalho. Foi necessário esperar pelas últimas décadas do século XX para que o homem passasse, aos poucos, a colaborar nas tarefas caseiras.
Mas, se no âmbito familiar se assiste a uma rápida mudança, na sociedade em geral a situação da mulher está ainda sujeita a velhas mentalidades que, embora de forma não declarada, cerceiam a sua plena igualdade.
O número de mulheres em lugares directivos é ainda diminuto, apesar de muitas delas demonstrarem excelentes qualidades para o seu desempenho. Hoje as mulheres estão integradas em todos os ramos profissionais, mesmo naqueles que, ainda há bem pouco tempo, apenas eram atribuídos aos homens, nomeadamente a intervenção em operações militares de alto risco.
Nos últimos anos, a festa comemorativa do Dia Da Mulher é aproveitada por muitas delas, de todas as idades, para sair de casa e festejar com as amigas, em bares e discotecas, o dia que lhes é dedicado, enquanto os homens ficam em casa a desempenhar as tarefas que, tradicionalmente, lhe são imputadas: arrumar a casa, fazer a comida, tratar dos filhos...
Se a sua esposa, irmã, mãe ou avó ainda é daquelas que, não obstante as suas tarefas laborais no exterior, ainda encontra tempo e paciência para que nada lhe falte, o mínimo que poderá fazer será aproveitar este dia para lhes transmitir o seu apreço. Um ramo de flores, mesmo que virtual, será, certamente, bastante apreciado. Mas não se fique por aqui. Eternize este dia, esquecendo mentalidades preconcebidas, colaborando mais com elas nas tarefas diárias e olhando-as de igual para igual em todas as circunstâncias, quer no interior do seu lar, quer no seu local de trabalho. Quando todos assim procedermos, não haverá mais necessidade de um dia dedicado à mulher.

 

 

Biografias > Emmeline, Christabel e Sylvia Pankhurst

 

Falar de Emmeline, Christabel e Sylvia Pankhurst é também relembrar às jovens de hoje que nasceram repletas de direitos: de estudar, de escolher a profissão, de ter a conta bancária, de viajar, de vestir o que lhes apetece, de casar ou coabitar com quem amam, de ter ou não filhos e entre muitos outros direitos, o de votar. Sem se lembrarem que no início do século XX ainda a maior parte das universidades europeias não permitia o ingresso de mulheres e que a luta pelo direito ao voto foi uma das mais acesas do séc. XIX, onde mulheres com muita ou pouca cultura e com mais ou menos bens económicos reivindicaram vivamente esse direito, tendo algumas dado a vida por essa conquista.
Na História Universal houve épocas e regiões onde as mulheres tiveram mais direitos que em séculos posteriores, como é sabido, porque a história é feita de assimetrias, de avanços e recuos, não é linear. É, porém consensual que foi o século XX que finalmente proporcionou às mulheres, praticamente de todo o mundo, o seu lugar na sociedade. Como disse a escritora e jornalista espanhola, Rosa Montero: «No vertiginoso lapso de tempo de cem anos, apenas um brevíssimo suspiro no decorrer dos tempos, as mulheres passaram do nada ao muito.»

 

 

 

 

REVOLUÇÃO FRANCESA E AS MULHERES


A Revolução Francesa de 1789 que parecia ir proporcionar às mulheres a igualdade tão almejada não lhes trouxe os direitos nem as oportunidades que esperavam, e depois, com a chegada ao poder de Napoleão Bonaparte com o seu sexista Código Civil, de 1804, onde remete a mulher para a quase exclusiva tarefa da maternidade (continuando a permanecer propriedade do marido ou do pai), tudo ficou na mesma, mas a verdade os ventos de mudança da Revolução que pedia «Liberdade, Igualdade e Fraternidade» para todos e todas tinha deixado a semente da rebelião. Trouxe para a rua as mulheres, de todos os extractos sociais, saturadas de serem consideradas inferiores ou «bibelôs» para prazer dos homens. E sentiram a sua força. Por essa Europa fora e do outro lado do Atlântico, todas perceberam que era esta a oportunidade de reivindicarem os seus direitos. Criaram clubes que pugnavam por liberdade e igualdade, por melhor instrução, pela abolição da sujeição das mulheres aos pais ou maridos, dos empregados aos patrões. As mulheres unem-se em Ligas com propósitos de apoio a patriotas como aconteceu em Itália, em vésperas da unificação.
Nesta caminhada de luta nem todas saíram à rua, porque muitas mulheres houve que lutaram através da escrita, em simples panfletos, com escritos em jornais ou publicação de livros. A imprensa feminina deste período é um fenómeno extraordinário. Nos EUA a feminista Susan Anthony utilizava os escritórios da redacção do jornal The Revolution (1868-1870) para organizar as operárias nova-iorquinas. Fazem-se conferências, abrem-se salões políticos, luta-se por novas formas de família, onde o divórcio acabe com anos de servidão e hipocrisia. Lê-se muito e discutem-se ideias e ideais.
São as mulheres em França com esse emblemático jornal La Fronde, que teve enorme repercussão e proporcionou novos horizontes na caminhada para uma sociedade igualitária. No Reino Unido surgiram diversas publicações que denunciavam a tirania da Igreja e do Estado. Lutava-se contra a prostituição. A própria escritora Charlotte Brontë, autora de As Mulherzinhas participa numa manifestação feminista. Os jornais escritos por mulheres surgiram por todo o lado, alguns mesmo com apoio de homens mais esclarecidos. Na Alemanha, na então Checoslováquia, na Polónia, Holanda, Suíça, as mulheres movimentam-se de forma extraordinária. Para o jornal da famosa feminista alemã Clara Zetkin (1857-1933) escrevem jovens russas, austríacas e até a finlandesa Hilja Parssinen. As mulheres viviam em efervescência pelas suas causas. Era preciso recuperar o tempo perdido a todo o custo.

 

 

 

«”Se, na Europa, as feministas beneficiam, na primeira metade do século XIX, do espírito de revolução e de dissidência religiosa, o feminismo dos Estados Unidos é inicialmente marcado pelo espírito pioneiro. As Daughters of Liberty (uma das mais importantes sociedades patrióticas dos EUA aberta às mulheres) da Revolução americana como Abigail Adams, são teóricas isoladas (...) Todavia a partir do final do século XIX, os feminismos dos dois mundos ocidentais começam a aproximar-se.”»
(Anne-Marie Kappelli in História das Mulheres, vol. V, p. 545)

 

As mulheres com maior sentido de cidadania, no séc. XIX, começaram por pedir o direito à educação, isto é ao ensino oficial, fora do lar e com acesso a cursos superiores. A pouco e pouco foram-lhe abertas as portas das Universidades. Mas havia um direito fundamental mais abrangente que todas as mulheres aspiravam – o direito ao voto. A palavra sufrágio deu origem ao termo suffragettes em França, que foi utilizado no Reino Unido e EUA e que em Portugal, deu origem à palavra sufragista, que ainda hoje tem uma conotação demolidora, como teve no tempo das primeiras lutas das sufragistas em Inglaterra, caricaturadas como mulheres horrendas e complexadas que nenhum homem deseja. Hoje sabemos que isso nada tinha de verdade.

 

 

 

 

A FAMÍLIA PANKHURST

 

São muitas as inglesas que têm no Reino Unido estátuas mais ou menos monumentais, relembrando os seus feitos, desde a espectacular Boadiceia, que nos remotos tempos das lutas contra os romanos resistiu até à morte com bravura, até Emmeline Pankhurst, que passou a vida a exigir o voto para as mulheres e leis mais igualitárias. Foi presa vezes sem conto, por perturbar a vitoriana paz pública. Tem uma estátua em Westminster, em Londres e é considerada uma das 100 mulheres mais importantes do século XX, na Grã-Bretanha. Vamos conhecer esta mulher singular.
Emmeline Goulden nasceu, em 14 de Julho de 1858, em Manchester numa família com um forte sentido de justiça social. O pai, Robert Goulden, advogado tinha simpatias pelas ideias radicais e um gosto especial pelo teatro amador que escrevia e encenava em casa com os filhos. A mãe, Sophie Crane era uma feminista apaixonada. «Eu tinha 14 anos quando participei no meu primeiro meeting sufragista». De regresso da escola encontrou a mãe que ia para esse meeting. Seguiram ambas. «Os discursos interessaram-me logo e fiquei a ouvir Miss Lydia Becker que era a editora do Women’s Suffrage Journal. Passei a ir ouvi-las todas as semanas. «Saí do meeting com a consciência de uma sufragista», conta Emmeline Pankhurst na sua autobiografia com o título My Own Life.
Aos quinze anos por sugestão dos pais vai estudar para Paris onde as suffragettes também faziam os seus comícios de rua, não esquecendo que anos antes Olímpia de Gouges ousara escrever a Declaração dos Direitos da Mulher, em 1791 e no ano seguinte, a inglesa Mary Wollstonecraft publicara Reivindicação dos Direitos das Mulheres. Na Grã-Bretanha um político com visão de futuro, John Stuart Mill, em 1866 apresentou uma Petição ao Parlamento pelo direito ao sufrágio feminino, mas a petição foi rejeitada. O seu estudo com o título The Subjection of Women, em 1869 foi traduzido em todas as línguas europeias e tornou-se a referência para as correntes do liberalismo político que se avizinhava.
Nunca deixando de militar nas causas sociais Emmeline, quando o primeiro ministro Earl Grey fez aprovar a Poor Law Commission de apoio às famílias pobres, Emmeline Pankhurst ficou como responsável oficial do cumprimento da lei. Nessa condição visitou muitos bairros pobres e sabia bem como a pobreza era muita no seu país. Emmeline casou, em 1879, com 21 anos,com o brilhante advogado Richard Pankhurst, que tinha quase o dobro da sua idade, mas que comungava das mesmas ideias da jovem. Ele foi pioneiro na escrita de legislação garantindo à mulher a independência das suas rendas ou ordenado e a favor do voto das mulheres solteiras nas eleições locais.
Em seis anos, o casal Pankhurst teve 4 filhos. O casal teve ao todo cinco filhos mas sobreviveram apenas quatro raparigas. Os Punkhurst fazia parte do Independent Labour Party e Richard acabou por ser eleito para a Câmara dos Comuns, escassos meses antes de uma doença súbita o vitimar, em 1898. As filhas mais velhas já adolescentes apoiaram vivamente a mãe.
Em 1903 Emmeline, fundou com as filhas Christabel e Sylvia a WSPU - Women’s Social and Political Union que desenvolveu um trabalho assinalável. Em 1907 Emmeline vai residir para Londres e só em 1912 é que a sua luta pelo direito ao voto se intensifica, apoiada pela filha Christabel. Em 1907 mais de 100 mulheres membros da WSPU passaram pela prisão onde muitas vezes eram insultadas e pontapeadas. Uma irmã de Emmeline, Mary, membro da WSPU em Brighton, foi encarcerada na Holloway Prison, em 1910 tendo morrido pouco depois.
As sufragistas criticavam duramente os políticos e estes andavam de cabeça perdida porque levaram tempo a perceber que com uma simples lei acabavam com a agitação. Mas como é sabido as mentalidades é o que mais tempo demora a mudar!
No ano de 1912, Emmeline foi presa 12 vezes, apesar de ser uma respeitável viúva de 54 anos. Em 1917 Emmeline e Christabel fundam o Women’s Party onde exigiam «para trabalho igual, salário igual» e benefícios para as mulheres que tinham filhos. No fim da I Grande Guerra (1914-1918) Emmeline visitou o Canadá e os EUA. Regressou em 1925. E, ironia do destino, poucos meses depois da sua morte, em 1928, as mulheres puderam finalmente votar em Inglaterra, sem restrições. Morreu com 70 anos.

CHRISTABEL PANKHURST


Christabel (1890-1958), a filha mais velha de Emmeline, seguiu as pisadas da mãe na luta pela emancipação das mulheres e foi uma sufragista carismática. Estudou Direito e era adepta de movimentações de rua para chamar a atenção para as justíssimas reivindicações femininas. E pensava: «se as coisas não vão a bem vão a mal».
E é sabido que Christabel e as suas companheiras provocavam distúrbios de toda a ordem para serem ouvidas. Na sua autobiografia, com o título What I Remenmber relata como faziam as acções de quase vandalismo, e de alguma loucura, como acorrentarem-se às grades do Palácio de Buckingham, para serem ouvidas. Acabavam sempre encarceradas. Na prisão faziam greve de fome e adoeciam dadas as precárias condições higiénicas. Saiu uma lei, que ficou conhecida como Cat and Mouse Act, que não era mais que um perigoso jogo do gato e do rato. Que se passava assim: primeiro: as sufragistas radicais eram presas por desacatos, depois na prisão recusavam-se a comer e a seguir adoeciam. Então a opinião pública forçava e os políticos mandavam-nas libertar. Postas em liberdade ou em hospitais para se curarem e se alimentarem à força, eram de novo encarceradas até cumprirem as sentenças! Uma corrente infernal.
Christabel esteve sempre do lado da mãe, até ao seu falecimento, depois aderiu à Igreja Metodista e foi residir para os EUA.

 

 

 

 

Testemunho da prisioneira do Cat and Mouse Act, Annie Kenney, em Abril de 1912:
«Tinha como visitas a carcereira, o governador, o médico, o padre e o magistrado do Tribunal. Diziam-me para comer e beber, mas eu recusei. A carcereira e o médico ficaram meus amigos. O médico usava de toda a simpatia para me convencer a comer fruta. Eu nada comia.
“Tenho que estar liberta dentro de três dias, doutor ou então morro-lhe nos braços!” E o bom médico não queria que eu morresse ali. Ao fim de três dias as grades abriram-se para mim. A senhora Brackenbury levou-me para uma determinada casa a que chamavam «Castelo do Rato».(...) Quando estava recuperada de saúde era novamente encarcerada.»
(Memories of a Militant, de Annie Kenney)

 

 

 

 

Em 1897 a inglesa Millicent Garrett Fawcett fundou a National Union of Womens’s Suffrage. Baseava a sua luta pelo voto numa justa argumentação. Era paciente e esperava resultados. Se as mulheres pagavam impostos como os homens deviam poder votar como eles. Em 1903 com a criação da WSPU por Emmeline Pankhurst, Fawcett percebe que os progressos da sua missão eram demasiado lentos e que era preciso agir de outra forma. Em 1905 Christabel Pankhurst e Annie Kenney interromperam um comício em Manchester, onde dois políticos da ala liberal discursavam. Eram eles, Winston Churchil e Sir Edward Grey. Elas gritaram pedindo direito ao voto. Os homens calaram-se e a polícia levou-as, porque perturbavam a ordem e como se recusavam a pagar a multa eram encarceradas. Deste modo mostravam as injustiças do sistema. Os políticos estavam bastante confusos sobre a melhor atitude a tomar contra estas mulheres, que lhes perturbavam o pequeno-almoço e os derbies. E a família real inglesa, com a rainha Vitória (até 1901) como soberana, era contra o voto das mulheres, daí que também em frente de Buckingham Palace as manifestações tivessem lugar. Nestas lutas de rua o mais trágico acontecimento foi em Junho de 1913 quando a feminista Emily Wilding Davison numa corrida de cavalos se atirou para debaixo das patas do cavalo do rei, tendo acabado por morrer dos ferimentos. A WSPU organizou um espectacular funeral e as sufragistas fizeram dela a sua primeira mártir.

SYLVIA PANKHURST


Sylvia (1882-1960) era diferente de Christabel e sempre acompanhara o pai, quando ainda criança a levava a fazer campanha pelo Partido Trabalhista Independente. Sylvia era uma pacifista e jamais aderiu às campanhas violentas da WSPU da mãe e irmã. Sylvia estudou no Royal College of Arts, era escritora e artista e foi ela quem desenhou e escolheu as cores dos uniformes que usavam as mulheres da WSPU. Púrpura, verde e branco. Púrpura representava a dignidade, branco a pureza e verde a esperança no futuro. Em 1914 Sylvia (1882-1960) sai da WSPU. A organização, dada a situação de guerra parou as suas actividades para darem apoio aos soldados feridos na 1ª Grande Guerra, enquanto que Sylvia com outras mulheres, conseguiram angariar dinheiro para abrir hospitais para bebés em Londres. Entusiasmada com a Revolução russa de 1917, partiu e foi conhecer pessoalmente Lenine. As ideias pró-comunistas vão entusiasmá-la. Em 1930 vai apoiar os espanhóis na Guerra Civil. Sylvia também ajudou refugiados judeus a fugir da Alemanha nazi e na campanha de Itália, na Etiópia, manifesta-se contra a invasão. Em Itália conheceu o italiano socialista Silvio Corio e, coerente com as suas ideias, pois era contra o casamento, teve solteira o filho Richard, que nasceu em 1927. Sylvia Pankhurst seria convidada pelo governo etíope para residir naquele país. Ali fundou diversos jornais, onde desenvolveu uma intensa campanha anti-racista. Viveu na Etiópia onde morreu em 1960 e teve honras de funeral de Estado, tal era a consideração que os etíopes lhe dedicavam.
Em finais de 2001 decorria uma campanha de angariação de fundos para erigirem uma estátua a Sylvia. O próprio filho esteve envolvido nessa homenagem.
Emmeline Pankhurst em 1912, numa das suas palestras disse:
«Nós as mulheres sufragistas temos uma grande missão – a maior missão que o mundo jamais teve. A de libertar metade da humanidade, e através dessa libertação salvar a outra metade

 

 

 

A versão inicial deste texto foi publicada na Revista Máxima de Março de 2002.
A presente versão, revista pela autora, foi inserida no Portal O Leme em 03-03-2005.

 

 

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30
Dez 11

Aprendendo a Perdoar ...

 

 

 

 

Aprendendo a Perdoar

Perdoar alivia, diminui o sofrimento e
melhora a qualidade de vida.

 

Perdoar é caminhar através da dor. 
É aprender a conviver com o imperfeito e aceitar o outro como ele é: 
um ser humano e não divino, alguém que pode pisar na bola.
Pode não cumprir o que se espera dele.
Para perdoar é fundamental enxergar o outro como um todo.
É preciso separar o erro que foi cometido daquilo que é maior naquela pessoa.
Ele cometeu um erro, nao é o erro.
  

A capacidade de perdoar nao é um talento nato,
é uma coisa que você desenvolve ao longo da vida.
Quanto mais madura a pessoa é, mais capacidade ela tem de perdoar.
As pessoas amadurecidas toleram mais, entendem mais o que é 
um relacionamento, o que pode esperar da outra pessoa.
Quem nunca perdoa com certeza está sofrendo.
Deve ter uma série de situações do passado que não conseguiu resolver.
Com o tempo, foi ficando dura, inflexível. É preciso se exercitar
para manter a capacidade de perdoar.

O perdão é importante para o bem-estar mental, sim.
O Perdão tem a ver com qualidade de vida, com estabilidade emocional.
Tem gente que não perdoa e continua remoendo a situação por muito tempo,
mesmo quando o outro já mudou de vida, ou nem está mais aqui.
Essas pessoas colocam no outro a culpa por toda a sua infelicidade.
Isso ocorre muito: a pessoa cria um algoz, um sequestrador,
alguém que é a causa do seu sofrimento.
Se conseguir perdoar sai do cativeiro.
  

Existem passos para chegar ao perdão.
Um dos exercícios mais importantes é se colocar no lugar do outro.
No caso de uma traição por exemplo, a mulher pode tentar se colocar 
no lugar do homem e ver o que aconteceu, pela perspectiva dele.
Pode ser que tenha sido um deslize, um impulso,
uma outra necessidade que lhe foi suprida.
O que aconteceu pode ter a ver com a história anterior dele 
com outras relações amorosas,  com desejos inconscientes,
coisas que às vezes nem o outro entende.
Outra coisa importante nesse exercício é perceber 
como o outro está te vendo. Com certeza você está se sentindo
traída, mas é possível que ele também esteja.
Entender isso pode ajudar no processo.
  

Às vezes a pessoa não perdoa porque, quando olha o outro, só enxerga dor.
Esse é o problema. 
Se tudo que ela enxerga no outro é dor, é porque a dor é dela.
A atitude do outro pode ter reavivado essa dor, mas o sentimento
sempre esteve ali. Existem várias pessoas que puderam perdoar
porque localizaram a origem daquela mágoa.
Daí entenderam como essa dor chegou e se instalou com tanta força.
  

Não, não é necessário perdoar sempre.
As religiões defendem isso. Mas existe também um compromisso com a vida.
A autopreservação é o mais importante.
Quem perdoa o tempo todo, sem parar, pode provocar um estado
de humilhação prejudicial à sua auto-estima.
Antes de mais nada, qualquer pessoa tem que se respeitar como ser humano.
Existem coisas impordoáveis, e elas são diferentes para cada pessoa.
É preciso respeitar esses limites.
  

O perdão pode ser só interno ou precisa ser colocado para fora.
Existem situações em que é preciso externar o perdão.
Se você não diz que perdoou, o outro pode continuar se sentindo culpado,
e fica difícil retasbelecer um vínculo. Em outras ocasiões quando não existe
chance de reconciliação, o perdão não precisa ser externado.
Na hora que perdoa, sente um alívio que tem a ver com ela, não com o outro.
É como se tomasse um banho.
E aí pode tocar a sua vida de um jeito melhor.
   

 Luiz Cuschnir

°   Psicoterapeuta   °

Autor do livro: Bastidores do Amor

( Editora Alegro )
 

 

 

 

Fonte: www.encantosepaixoes.com.br


Voz do vento ....

publicado por Voz do vento às 19:35 | comentar | favorito
22
Set 11

Deixe a Sua Luz Própria Brilhar ...

 


“Nosso medo mais profundo não é o de sermos inadequados, nosso medo é de que
sejamos poderosos além da medida”, diz Marianne Williamson em A Return to Love.
É a nossa luz, não as nossas trevas, o que mais nos assusta. Perguntamos a nós mesmos: “Quem sou eu para ser brilhante, exuberante, talentoso, fabuloso?” Na verdade, quem você não poderia ser? Você é filho de Deus. Sua actuação contida não ajuda o mundo. Não há nada que justifique o ato de se encolher para que as pessoas à sua volta não se sintam inseguras. Você foi criado para manifestar a glória de Deus que está dentro de você. Não apenas dentro de alguns de nós; ela está em todos; e, quando deixamos nossa luz própria brilhar, inconscientemente permitimos a outras pessoas que façam a mesma coisa. Como estamos livres do nosso medo, nossa presença libera automaticamente os outros.

Vivemos uma nova era; é um tempo de abertura, recuperação e crescimento. Não é tranquilo, mas requer a rendição – a rendição do nosso ego e dos nossos antigos padrões. Como disse, certa vez, Charles Dubois: “O importante é você ser capaz de, a qualquer momento, sacrificar o que você é por aquilo que você pode se tornar”. A única coisa que nos impede de ser completos e autênticos é o medo. Nosso medo nos diz que não podemos realizar nossos sonhos. Nosso medo nos diz para não assumirmos riscos. Impede-nos de aproveitar nossos tesouros mais valiosos. Nosso medo nos mantém vivendo no centro do espectro luminoso em vez de incorporarmos toda a gama de cores. O medo nos mantém entorpecidos, bloqueia nossa exuberância e emoção de viver. Com medo, criamos situações na vida para provar a nós mesmos que as limitações que impomos a nós mesmos são pertinentes. Para superar o medo, temos de encará-lo e substituí-lo por amor; só então estaremos prontos para incorporá-lo. E ao conseguir incorporar o medo, temos a opção de não mais ficar com medo. O amor nos permite cortar esse cordão. Precisamos reconhecer nossos dons e nossos talentos. Devemos aprender a apreciar e honrar tudo aquilo que fazemos bem. Temos que encontrar nossa excepcionalidade. Muitas pessoas não são capazes de se apropriar do seu sucesso, da sua felicidade, da sua saúde, da sua beleza e da sua própria divindade. Têm medo de perceber que são poderosas, bem-sucedidas, sensuais e criativas. O medo que sentem impede-as de explorar essas partes de si mesmas. Porém, para nos amarmos de verdade, temos de incorporar tudo o que somos, não só o lado sombrio mas a luz também. E aprender a reconhecer nossos próprios talentos nos permite apreciar e amar os talentos únicos de todos os demais. Espere um momento para acalmar sua mente. Respire profundamente diversas vezes e, bem devagar, leia a lista a seguir. Depois de olhar as palavras, diga a si mesmo: “Eu sou_______”, para todas. Por exemplo: Eu sou saudável; Eu sou bonito; Eu sou brilhante; Eu sou talentoso; Eu sou rico. Escreva num papel todas as palavras que não o deixam à vontade. Inclua aquelas que representam coisas que você admira em outra pessoa mas que não incorpora a você mesmo. Satisfeito, seguro, amado, inspirador, sensual, radiante, delicioso, arrebatado, animado, alegre, sexy, magnânimo, vivo, realizado, vigoroso, ousado, flexível, responsável, completo, saudável, talentoso, capaz, sábio, honrado, santo, valioso, envolvente, divino, poderoso, livre, engraçado, culto, fluente, iluminado, sonhador, equilibrado, brilhante, bem-sucedido, valoroso, aberto, piedoso, forte, criativo, pacificador, justo, famoso, disciplinado, feliz, bonito, desejável, bem-aventurado, entusiasta, corajoso, precioso, afortunado, maduro, artístico, vulnerável, consciencioso, fiel, magnífico, cósmico, atraente, concentrado, carinhoso, romântico, afectuoso, sortudo, positivo, grato, gentil, sossegado, delicado, querido, extravagante, decidido, malicioso, terno, disposto, oportuno, irresistível, generoso, calmo, despreocupado, condescendente, paciente, não crítico, bom, atencioso, místico, leal, ligado, articulado, espontâneo, organizado, razoável, humorístico, grato, contente, adorado, brincalhão, polido, útil, pontual, engraçado, compreensivo, seguro de si, dedicado, optimista, radical, inteligente, digno de confiança, activo, glamoroso, intrépido, vivo, ardente, objectivo, inovador, acalentador, superstar, maravilhoso, líder, sólido, campeão, rico, seleccionador, simples, genuíno, dado, afirmativo, enfeitado, fértil, produtivo, audacioso, sensível. Você tem todas essas qualidades. Tudo o que tem a fazer para manifestá-las é revelá-las, apropriar-se delas e incorporar cada uma. Se conseguir perceber em que ponto da vida manifestou uma determinada característica, ou em que situações consegue se imaginar expressando-a, você conseguirá se apropriar dela. Você precisa estar disposto a dizer: “Eu sou isso”. O próximo passo é encontrar o benefício correspondente a essa característica. Diferentemente do lado sombrio, o dom costuma ser óbvio, mas muitos precisam enfrentar seu medo e a própria resistência. Outros desenvolveram sofisticados mecanismos de defesa para reforçar a convicção de que não têm talento ou de que não são criativos como determinadas pessoas. E é de importância vital estar tão  comprometido com a incorporação do positivo quanto do negativo. Sentir a dor de incorporar coisas que você rejeitou é essencial para esse processo. Nem todos os aspectos rejeitados despertam emoções tão fortes, mas, quando você se deparar com um desse tipo, deve ficar com ele até conseguir quebrar o poder que esse traço tem sobre você. O ato de repetir uma palavra inúmeras vezes tem a capacidade de desencadear uma variedade de respostas. Você pode sentir raiva, resignação, medo, vergonha, culpa, alegria, excitação ou um sem-número de emoções. Não existe uma forma correcta e exclusiva de sentir, mas o importante é conservar o sentimento. Não importa como você se sinta, não fuja, porque, ao se comprometer com o processo de recuperar os aspectos rejeitados, você está dizendo ao Universo que está pronto para ser inteiro. Uma vez tendo recuperado nossas projecções positivas, provamos da paz interior – a paz profunda que nos mostra que somos perfeitos exactamente do jeito que somos. A paz se inicia quando deixamos de lado a pretensão de ser alguma outra coisa diferente do nosso verdadeiro eu. A maioria das pessoas nem sequer percebe que pretende ser menos do que realmente é. De alguma forma, nós nos convencemos de que o que somos não é o bastante. Deixe que o mundo interior se manifeste e ele lhe mostrará o caminho da liberdade – liberdade para ser sexy, desejável, talentoso, saudável e bem-sucedido Quando você não reconhece todo o seu potencial, você não permite ao Universo que ele

lhe dê seus talentos divinos. Sua alma anseia por usar todo o seu potencial, e só você pode criar condições para que isso aconteça. Ou você escolhe abrir o coração e incorporar todo o seu ser, ou continua a viver com a ilusão de quem você é hoje. E o perdão é o passo mais importante na trilha do amor-próprio. Devemos nos ver com a inocência das crianças e aceitar nossas falhas e dúvidas com amor e compaixão. Precisamos deixar de lado os julgamentos severos e entrar em acordo com os erros que cometemos. Temos de saber que somos dignos de perdão e que esse dom divino nos ensina que errar faz parte do ser humano. O perdão vem do coração, não do ego, e é uma escolha. A qualquer momento, podemos renunciar aos nossos ressentimentos e juízos e perdoar a nós e aos outros. Ao recuperar nossas projecções e encontrar nossos benefícios, tornamo-nos capazes de ter piedade por nós mesmos, e fica natural ter compaixão por quem guardávamos ressentimento. Quando percebemos em nós aquilo que odiávamos nos outros, podemos assumir a responsabilidade pelo que existe entre nós e eles. Rilke escreveu que: “talvez todos os dragões da nossa vida sejam princesas que estão esperando nos ver de repente, lindos e corajosos. Talvez todas as coisas terríveis, no fundo, sejam algo que necessita do nosso amor”. O amor que não inclui a aceitação total de você mesmo é incompleto. As pessoas são educadas para procurar o amor de que precisam fora de si mesmas. Mas, quando deixamos de ter a necessidade de amor do mundo exterior, o único caminho para nos consolar é nos voltarmos para dentro, a fim de encontrar aquilo pelo qual lutamos para conseguir de outros e dá-lo a nós mesmos. Todos nós merecemos isso. Devemos deixar que o Universo interior, nossa mãe e nosso pai divino, nos ame e nos acalente. Procure à sua volta a raiva armazenada. Se você está com medo de descobrir o seu ódio, lembre-se de que a sua energia está enterrada junto com ele. A raiva só é um sentimento negativo quando é reprimida ou quando se lida com ela de forma errada. Se você tiver piedade de si mesmo, conseguirá facilmente deixar que todos os seus aspectos, seu amor e sua raiva, coexistam em você. Toda vez que julgo a mim ou aos outros, sei que estou me prendendo a interpretações negativas de uma característica ou de um acontecimento. Nesses momentos, é essencial que eu expresse minhas emoções de uma maneira saudável. Muitas vezes, leva algum tempo para conseguirmos ver alguns de nossos traços. Mesmo quando temos o conhecimento e os instrumentos para incorporar todo o nosso ser, há ocasiões em que não estamos prontos para perceber algo doloroso a respeito de nós mesmos. A verdade é que a recuperação que você procura nos seus relacionamentos não virá de outras pessoas; tem que partir, em primeiro lugar, de você. Virá da comunhão entre todas as qualidades que vivem em você. A desesperança nasce do abismo entre Deus e o ser. Ao lembrar que formamos uma unidade com todos, reanimamos Deus dentro de nós. Nossa divindade e nossa paixão estão entrelaçadas; assim, quando despertamos uma, fazemos o mesmo com a outra. Aprendemos que a paixão é destinada a coisas externas, a outras pessoas, a outros lugares. Está na hora de desencadear a paixão por si mesmo. E descobrir o amor por tudo o que você é não deixa de ser uma tarefa árdua. Deveria ser fácil e natural, mas para a maioria das pessoas é um dos trabalhos mais difíceis de enfrentar. Se você tem trabalhado essa área por muito tempo e ainda não foi capaz de amar e incorporar tudo o que você é, não desanime. Esse é o nosso maior compromisso, aqueles que fomos destinados a cumprir.

 

EXERCÍCIOS

1. Esse exercício é planejado para identificar e liberar energia emocional nociva. Nosso

objectivo será o perdão. Nossa intenção é liberar qualquer emoção que o esteja bloqueando - raiva, ressentimento, remorso ou culpa -, sentimentos que o impedem de perdoar a si mesmo ou aos outros.

Escrever um diário é um bom instrumento para ajudá-lo a processar suas emoções. Vai encorajar tudo o que vier à sua mente a fluir para o papel. Isso permite que as emoções nocivas que estão no corpo e na mente se expressem livremente. Assim que assumirmos

esse ser nocivo e deixarmos que ele viva sem julgá-lo, ele será liberado.

Para começar, tire tudo o que estiver em seu colo ou em seu caminho. Mantenha perto de você apenas seu diário e uma caneta. Se quiser, ponha uma música suave e acenda algumas velas ou incenso para relaxar. Agora, feche os olhos. Use a respiração para acalmar a mente e render-se ao processo. Respire cinco vezes, lenta e profundamente. Com os olhos fechados, imagine que está num elevador e aperte o botão que o levará ao quinto andar. Quando a porta se abrir, você verá que está num lindo jardim. Ao passear os olhos pela vegetação e pelas flores, você notará uma linda cadeira, num lugar perfeito para sentar-se e relaxar. Assim que estiver sentado confortavelmente nessa cadeira, respire outra vez, bem fundo e devagar. Agora faça a você mesmo as perguntas que vêm a seguir e deixe que as respostas lhe ocorram. Então, abra os olhos e escreva-as. Repita o processo com cada uma das quatro perguntas, sempre fechando os olhos e respirando algumas vezes, profunda e vagarosamente, para poder limpar a mente e ouvir as respostas do seu coração.

 

 

 

 

Texto da autoria de Debbie Ford "O LADO SOMBRIO DOS BUSCADORES DA LUZ"

 

Voz do vento ....

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23
Ago 11

A nossa Essência - a nossa chancela ...

 

Crianças, seja em que família for, serão seguramente -não principalmente - um problema e uma tarefa. Para que nos signifiquem alegria nós as teremos de querer e amar. Fazer da casa o ninho, não a jaula, começará antes daquele primeiro toque e olhar sobre um filho que acaba de nascer. A infância é o chão sobre o qual caminharemos o resto de nossos dias. Se for esburacado demais vamos tropeçar mais, cair com mais facilidade e quebrar a cara - o que pode até ser saudável, pois nos dará chance de reconstruirmos nosso rosto. Quem sabe um rosto mais autêntico. Mas às vezes ficaremos paralisados. Boa parte do tempo andamos meio às cegas, avançando por erro e tentativa, tacteando entre os desafios de cada dia. Sobre essa terra firme ou areia traiçoeira teremos de erguer a nossa casa pessoal feita em parte desses materiais brutos. Nem tudo pode ser programado. Os cálculos têm resultados imprevistos. Misturamos em nós possibilidade de sonhar e necessidade de rastejar, medo e fervor. Tudo se complica porque trazemos nosso equipamento psíquico. Nascemos do jeito que somos: algo em nós é imutável, nossa essência são paredes difíceis de escalar, fortes demais para admitir aberturas. Essa batalha será a de toda a nossa existência. As ferramentas para executarmos a tarefa de viver podem ser precárias. Isso quer dizer: algumas pessoas nascem mais frágeis que outras. Um bebé pode ser mais tristonho do que seu irmão mais vital. Não é uma sentença, mas um aviso da madrasta Natureza. O meu diminuto jardim me ensina diariamente que há plantas que nascem fortes, outras mal-formadas; algumas são atingidas por doença ou fatalidade em plena juventude; outras na velhice retorcida ainda conseguem dar flor. Essa mesma condição é a nossa, com uma diferença dramática: a gente pode pensar. Pode exercer uma relativa liberdade. Dentro de certos limites, podemos intervir. Por isso, mais uma vez, somos responsáveis, também por nós.

Somos no mínimo co-responsáveis pelo que fazemos com a bagagem que nos deram para esse trajecto entre nascer e morrer. Carregamos muito peso inútil. Largamos no caminho objectos que poderiam ser preciosos e recolhemos inutilidades. Corremos sem parar até aquele fim temido, raramente nos sentamos para olhar em torno, avaliar o caminho, e modificar ou manter nosso projecto pessoal. Ou nem tínhamos desejos pessoais. Nos diluímos nas águas da sorte ou da vontade alheia. Ficamos ténues demais para reagir. Somos os que se encolhem nos cantos ou sentam na beirada da poltrona nos salões da vida. Cada desperdício de um destino, um indivíduo que se proíbe de se desenvolver naturalmente conforme suas capacidades ou até além delas, me parece tão trágico e tão importante quanto uma guerra. Pois é a derrota de um ser humano - que vale tanto quanto milhares. Não devíamos escrever artigos e fazer passeatas apenas contra a guerra, a violência, a corrupção e a pobreza, mas proclamar a importância do que semearam em nós, indivíduos. De como o devemos cuidar no tempo que nos foi dado para essa jardinagem singular. O primeiro amor, aquele entre pais e filhos, vai determinar nossa expectativa de todos os amores que teremos. Nossa vivência inicial vai marcar muitas de nossas vivências futuras. Por isso, ter filhos e criá-los é cada dia gerar e pari-los outra vez, sem descanso. Todo amor tem ou é crise, todo amor exige paciência, bom humor, tolerância e firmeza em doses sempre incertas. Não há receitas nem escola para se ensinar a amar. Uma arena de combates destrutivos me prepara tão mal para ser uma pessoa inteira quanto o sossego artificial dos problemas ignorados. Lutas podem ser positivas, competição faz crescer; amar é impor e aceitar limites. A relação familiar ocorre entre personalidades diferentes ou até antagónicas, predeterminadas a viverem longo tempo entre quatro paredes de uma mesma casa (sem possibilidade de divórcio se forem pais e filhos), reunidos num caldeirão fervente de desencontros e desconcertos:"Sempre senti que minha mãe não sabia bem o que fazer comigo!" "Meu filho desde bebé parecia sempre desconfortável, até nos meus braços.""Nunca entendi o que realmente meu pai queria de mim, era sempre um estranho." "Qualquer coisa química, de pele, não funcionava entre minha mãe e eu, a gente não gostava de se abraçar." "Vivemos sempre em universos diferentes e distantes um do outro." "Nunca consegui agradar à minha mãe, ela me criticava o tempo todo, e, mesmo agora que sou adulta e ela bem idosa, continuamos no mesmo tom." "Meu pai parecia irritado só de me olhar. Me cobrava tudo. Por mais que eu me esforçasse, sempre me sentia seu devedor." Esse grupo familiar que não escolhemos e nos define tanto pode ser um porto confiável de onde partimos e ao qual podemos retornar, ainda que em pensamento. Aquele lugar que será sempre o meu lugar, mesmo que eu já não viva nele. Mas é necessário cortar com o que ele eventualmente tem de sufocante: pois pode ser também jaula, voragem, fundo de poço. Se ficarmos demais presos, teremos de nos puxar pelos próprios cabelos para outro espaço onde mesmo com susto e incertezas a gente possa respirar e decidir o que fazer agora. Não podemos alterar o passado. Dramas familiares podem ser raízes venenosas por baixo da terra do convívio ou da alma. A lei do silêncio, do segredo obsessivo, pode constituir grave perturbação. Mas podemos mudar nossa postura em relação a tudo isso, ainda que em longos e dolorosos processos, que significarão a diferença entre vida e morte. Posso me libertar Posso me reprogramar para discernir o que é para mim, neste momento, o "melhor" - ou o possível. Meu conceito de mundo inibe minhas decisões e me consome e faz encolher, ou me força a enfrentar alternativas. Nessa hora entrarão em jogo a minha bagagem inata, o que eu tiver construído em mim, os recursos aos quais posso apelar - e minha confiança de que posso realizar isso. Não comandamos o destino das pessoas amadas, nem ao menos podemos sofrer em lugar delas, mas ter filhos é ser gravemente responsável. Não apenas por comida, escola, saúde, mas pela personalidade desses filhos: mais complicado do que garantir uma sobrevivência física saudável. Não significa que nós os formamos ou deformamos como deuses omnipotentes. Ao contrário, parte do drama de paternidade e maternidade é não podermos viver por eles nem os preservar de seus destinos. Fazer suas opções. Mas seguramente nossa maneira de ser, de viver e de pensar quando ainda eram pequenos, quando ainda pareciam "nossos", vai influir em tudo isso. Não defendo os pais vítimas, que "por amor aos filhos" desistem de sua própria vida. Não admiro a mãe sacrificial que anula sua personalidade com a mesma alegação, para no fundo culpabilizar os filhos e lhes cobrar o que lhe "devem" e até o que "não devem". Mas será sobre nós, nossa esperança ou pessimismo, nosso afecto ou frieza, que os filhos darão os primeiros de seus muitos passos. E farão isso com seus filhos futuramente. Serão tão fundamentais para eles quanto os pais de nossos pais foram na geração anterior. Atrás e à frente de cada casal humano estende-se uma longa cadeia de erros e acertos geradores de humanidade. Nascemos com toda a carga de nossa genética física e psíquica. Mas não somos apenas isso. Somos em parte resultado do que foram nossos pais. Mas não somos apenas isso. A sociedade em que vivemos tem muitos olhos e braços, que nos vigiam e interferem em nossa realidade. Um deles chama-se opinião alheia. Não a de algumas pessoas amadas e respeitadas, mas essa entidade informe, omnipresente, quase omnipotente, do "o que eles vão pensar".Sem pedir licença, entra em nossa casa e nossa consciência, limitando, podando. Fora das paredes domésticas, nossa inserção em uma cultura tem uma força inaudita. Para superá-la precisamos de discernimento, não propriamente um dote da juventude. Até chegarmos à maturidade somos muito mais vulneráveis a essa pressão que, vindo de fora, nos vara e lá se estabelece. Adolescente numa cidade do interior onde o comportamento era ditado por essa criatura sem rosto - e de tantos rostos -, muito me apoiou o que se ensinava em minha casa: a opinião alheia realmente não interessava. Haveria poucas pessoas às quais, por respeito e afecto, eu quereria prestar contas - seriam meus referenciais em muita coisa. Muito do que nos legaram pode ser reprogramado: somos fruto mas não escravos, o olhar primordial que nos saudou não é necessariamente uma sentença de morte. Podemos - tarefa ingrata - fazer nossos acréscimos, escrever uma errata" sobre o texto daquele prefácio de nós. Mas quem nos dará sugestões, quem nos pode ajudar - se somos também pré-formados, pré-fabricados e condicionados? Quem vai desatar esses fios, onde começamos nós e termina a influência de tantos? Por isso somos pioneiros, inquietos, naturalmente insatisfeitos. Não condenados: somos livres para muitas decisões. A partir de quando pude ter algum discernimento, o que fiz para continuar sendo - ou melhorando - isto que agora sou? Como fui me tornando um indivíduo que cultiva liberdade mas também respeito e ternura pelo outro? Como me posicionei em relação a essa entidade anónima e poderosa que se chama os outros, que pode ser amável e cruel? Nossa visão imprecisa se define mais com o amadurecimento e a reflexão. Forma-se o que chamamos personalidade, opinião própria, atitude. De mil maneiras mostraremos o lugar que pretendemos ocupar: pela escolha das nossas roupas, da profissão, do parceiro, de tudo. Sobretudo no inconsciente eu me comportarei conforme a confiança, a suspeita, o entusiasmo ou o cepticismo que me caracterizam. Ao insistir com aqueles jovens: "Vocês são melhores do que pensam. São mais inteligentes e mais capazes do que pensam, mais, inclusive, do que nós adultos - pais e professores, sem querer os fazemos acreditar que são." Ensinamos aos nossos filhos que são belos e bons, que são príncipes do espírito, fazemos com que se sintam uns coitados, uns estorvos, motivo de preocupação e desgaste, de brigas e de arrependimento, lançados numa aventura fadada ao fracasso? Criamos almas suba Atenas se podíamos criar almas livres? A pergunta pode parecer cínica tendo em vista a complexidade de nossas estruturas sociais e de oportunidades de desenvolvimento, mas é preciso explicar. Sugerindo que nossos filhos deviam sentir-se príncipes e princesas, é óbvio que não penso em luxo ou posição social, muito menos arrogância, atributo dos medíocres. Auto-estima é o que me vem à mente. Visão positiva, não cor-de-rosa ou irreal, significando confiança. Capacidade de alegria, busca de felicidade, crenças. O que de melhor posso fazer, como ser inteiro e feliz, dentro de minhas possibilidades - que geralmente extrapolam aquilo em que acreditamos ou nos fazem crer. Auto-estima faz lembrar nos o que dizia Eurico Veríssimo: "Eu me amo mas não me admiro." Tem a ver com superar o confortável espírito de rebanho: formar e sustentar opiniões próprias. Não com viver desde vergonhosamente à margem, mas enfrentar o risco de algum isolamento. Não vender a alma a qualquer preço por qualquer companhia, mas seleccionar os amados eleitos, os amigos leais, os mestres e modelos sensatos. Até mesmo a profissão mais adequada, a que nos dê mais prazer, se é que podemos fazer essa escolha: temos de pegar qualquer actividade quando se trata de sobreviver. Falar é fácil... Eu sei. Mudanças produzem ansiedade. Tentar sair do emprego em que me pagam mal ou estou infeliz; enfrentar pai ou mãe opressivos; romper um relacionamento amoroso que me diminui ou esmaga; evitar um convívio em que um se anula para que o outro tripudie, num processo de servidão que gera ressentimento e culpa. Sair do estabelecido e habitual, mesmo ruim, é sempre perturbador. O desejo de ser mais livre é forte, o medo de sair da situação conhecida, por pior que ela seja, pode ser maior ainda. Para nos reorganizarmos precisamos nos desmontar, refazer esse enigma"Mas a família não tem mais essa importância que você lhe atribui", objectarão. "A gente é muito mais livre, os compromissos são mais frouxos. Tudo mudou." Não: quase tudo mudou. A essência permanece a mesma: a nossa essência. Vertiginosamente no século passado a sociedade mudou, a família mudou. Transformou-se a cultura, evoluíram tecnologia e ciências, tudo avança em uma velocidade inimaginável há 50 anos. Porém as emoções humanas não mudaram. Nem ao menos somos originais. Nossos desejos básicos há-de ser os mesmos: segurança, afecto, liberdade, parceria; sentir-me integrado na sociedade ou na família, ser importante para meu grupo ou ao menos para uma pessoa - aquela que é o meu amor. Não preciso ser um rei para ser importante, mas devo me sentir apreciado. Isso me determinará tanto quanto o primeiro olhar que incidiu sobre mim. Devo me considerar capaz e merecedor, sem megalomania, sem alienação. Dentro do que está aí para que eu o escolha, o modifique, o faça meu. Não tem a ver com dinheiro, posição social, nem com soberba, mas com o modo como somos avaliados - por nos e pelos que amamos. Minhas acções e desistências nascem desse primeiro conceito. Não importa se sou operário, doméstica, motorista, camponês ou alto executivo, actriz vitoriosa ou obscura balconista: gosto de mim na medida em que acredito na minha dignidade, quero me expandir conforme meu valor. E também segundo acho que vale a pena esse salto, esse crescimento, essa entrega. Depende de minha confiança. Isso tudo não se instalou em nós através de palavras ensaiadas para ocasiões especiais ou crises. Estrutura-se subliminarmente no convívio diário, paira no ambiente, brilha na pele. Volto à família: um ambiente duro em casa não prepara para enfrentar a dureza da vida, como alguns preconizam. Ao contrário: para saber defender-me no terreno violento em que vivemos preciso ter uma sólida raiz de afectos. Esse é o alimento mais importante que nos podem dar desde o berço. Ele nutre minha alma, e é com ela que conquistarei o meu lugar: o meu lugar na minha casa, no meu casamento, na minha família, na minha sala de aula, no meu escritório, na minha fábrica, na minha rua. Mas tem de ser acima de tudo isso o meu lugar diante de mim mesmo. Que não seja subalterno.

 

Se achar que não valho nada, serei nada. Deixarei que outros falem, decidam, vivam por mim. Porém, se acreditar que apesar dos naturais limites e do medo todo eu mereço uma dose de coisas positivas, vou lutar por isso. Vou até permitir que os outros me amem. Cestos, silêncios, palavras: criaturas vivas que na sombra do inconsciente armam laços e desarmam vidas. Com elas construímos pontes em cima das águas turvas ou cavamos o fosso dos mal-entendidos. Uma boa parcela dos sofrimentos entre pessoas nasce do desencontro e da incomunicabilidade. "Eu sempre tive certeza de que nossos pais preferiam você." "Mas como! Eu é que sempre tive certeza de que gostavam muito mais de você." "Você nunca disse que me amava, eu até achava que não era seu filho, que era filho adoptado!" "Mas como! Eu te cuidei, te protegi, te ensinei, te dei tudo o que podia... me consumi trabalhando mais do que devia para que não te faltasse nada... lavei suas roupas, cuidei de você nas doenças..." "Mas aquela vez você disse... você fez... você parecia..." "Mas não era nada disso! Você não entendeu direito... eu não soube me expressar bem." Se a ferida for demais séria, diálogos ou explicações como esses não vão curar o que está gravado a fogo. Não basta uma noite de Natal ou um almoço em família para desfazê-lo. Alguém me disse: "Mas é assim mesmo, a gente não se entende. Somos todos uns pobres diabos, todos complicados, todos inseguros e infelizes: como passar algo de bom para os filhos?" Não concordo. Não acho que sejamos pobres diabos, nem que todos somos infelizes. Somos complexos, isso sim: intrigantes, vulneráveis e passíveis de engano e erro. Somos também maravilhosas máquinas de afecto e ideias, de sonho, de produção da arte que transporta para além do trivial. Capazes de instaurar o mais simples quotidiano que dá segurança e aconchego. Porém o amor - como o desamor - é uma tarefa trabalhosa. Que nos produz e nos recria a cada hora. Uma personalidade é um jogo de armar de emoções enoveladas, com peças difíceis de ajustar. Sempre me disseram que eu era feia", contou-me alguém, e me convenci de que não merecia ser apreciada, ser escolhida - em resumo, ser feliz." Outra pessoa me disse: "Eu era gordinha, mas meu pai sempre ressaltava que eu tinha olhos bonitos, era inteligente, era amada. Sem dizer expressamente, ele me ensinou que o físico deve ser cuidado mas não é tudo, nem deve determinar o meu destino. Hoje, se alguém não me amasse porque não estou dentro dos padrões da moda, ele não me atrairia pelo seu modo de pensar." A família nos fornece os primeiros critérios que podemos seguir ou infringir. Transgredi-los pode ser a salvação em muitos dos casos, se nos esmagarem; mas que difícil, quase heróica tarefa. Porém ou nos libertamos até onde for possível, ou estarão ali atrás da porta a qualquer momento, mãos na cintura, mostrando a cara e pronunciando sua sentença. Que não será liberdade nem absolvição. Ensinaram-me desde cedo que minha liberdade era essencial, que se ligava à minha dignidade, e que eu seria responsável por minhas escolhas. Mais: eu sabia que mesmo se tudo desse errado alguém sempre estaria ali para mim. Esse se tornou para mim o conceito básico de família: aquele grupo, ou aquela pessoa que, mesmo se não me compreende e às vezes nem aprova, me respeitará e amará como sou - ou como consigo ser. Em qualquer estágio esse sentimento básico de aprovação faz falta: sim, eu mereço viver bem. Mais tarde ainda pode-se desenvolver e reforçar, com experiências positivas, esforço pessoal, e uma reeducação sentimental, o nível de nossa auto-estima. Autoconhecimento, um dos objectivos da terapia, apura a visão e leva a entender melhor, a conviver com feridas, a sobrenadar mesmo quando a onda é forte e feia. Sentir-se valorizado por alguém, amigo, amor, por um grupo, pode ser definitivo. Mas nem tudo se resolve assim. Algo elementar pode ter sido mais deletério do que podíamos suportar. Feridos de morte no início, passaremos o tempo espreitando para os lados: quem agora vai me ferir, de onde virá o próximo golpe, a próxima traição? Crescendo, amadurecendo e envelhecendo: com que olhar nos contemplamos? Paramos eventualmente para olhar e questionar? Nossa maneira de ver e viver reflecte - e repete - aquela com que fomos vistos quando éramos somente reflexo no espelho, ou vamos formando uma postura própria com todo o esforço e dor que isso possa exigir? Sendo contraditórios, somamos hesitação e medo com audácia e fervor. Podemos nos esconder no quarto escuro ou virar a cara para o sol, alternar as duas posturas, gastar e consumir, amealhar e multiplicar. Somos tudo isso. Nossa amnistia ou nossa aniquilação. Não é só culpa dos outros se ficamos truncados. Em cada estágio podemos colocar algum traço, algum ponto, alguma cor no projecto de quem pretendemos ser. Podemos ser obrigados a usar disfarces, mas no centro de nós mesmos ressoa o nome que nos dermos: a nossa chancela.

 

Texto da autoria de Lya Luft " Perdas & Ganhos"

 

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23
Jul 11

Terapia para colegas hostis ...

 

 


Gerir egos e feitios no local de trabalho nunca é uma tarefa fácil e, regra geral, também não é agradável. Todos temos aquele colega de trabalho com um feitio um pouco mais complicado e muitas vezes hostil, que prioriza a intriga, o boato ou a crítica no lugar de priorizar o exercício das suas funções. Pois bem, ao fim de décadas a teorizar sobre gestão e coesão de equipas, os especialistas na gestão de pessoas consideram que, também para lidar com colegas de trabalho difíceis é preciso uma boa dose de talento. Eis as regas de ouro para escapar às garras daquele colega perigoso!

Há os que falam demasiado, os que não falam por ai além, mas também não sabem ouvir. Há os que espalham boatos e criam intrigas, os que têm de ter sempre a última palavra sobre todos os temas, os que criticam tudo o que não seja trabalho de sua autoria, os que dão ‘graxa’ ao chefe à descoberta (e à encoberta também), os que acham que nada se faz na sua ausência, os que fazem tudo para ver o circo pegar fogo e, os mais perigosos, os que assumem como missão de carreira tirar todos os obstáculos que os separam do poder do seu caminho. Em época de conjunturas económicas adversas, onde o fantasma do despedimento anda à solta, dizem os especialistas que o ambiente empresarial tende a hostilizar-se, a competitividade entre colegas tende a aumentar e as pequenas “ facadinhas nas costas” também. É aqui que os seus colegas se revelam e que você tem de estar preparado para lidar com a sua pior faceta.

Quanto melhor você se conhecer, mais seguro e confiante for e souber passar uma imagem real de si e da sua competência, maior a probabilidade de escapar ileso às hostilidades dos colegas menos bem-intencionados, e mais preparado estará para lidar de forma positiva com o seu “feitio difícil”. Esta é, para os gurus de recursos humanos, a regra-chave para triunfar num universo profissional hostil. Conheça os seus limites e pratique, até onde lhe for possível, a tolerância.

A segunda regra de ouro, não menos importante, é identificar os colegas problemáticos. Sabendo quem são e percebendo a postura que assumem no quotidiano laboral, poderá antecipar eventuais problemas que possam criar e estar preparado para gerir positivamente a situação.


Sorria sempre e seja simpático mesmo com os colegas mais hostis. A diferença de atitudes pode amenizar o ambiente e a cooperação profissional. E não esqueça que o respeito é fundamental. É importante que respeite todos os seus colegas por igual, mesmo aqueles com quem tem um relacionamento menos afável. Este respeito profissional será, eventualmente, retribuído

Para ultrapassar situações de relacionamento profissional complexo é também importante fomentar a comunicação. Uma conversa honesta, séria e franca, nunca de cabeça quente, pode resolver inúmeros problemas. Procure distanciar-se da situação o suficiente para a analisá-la a frio e perceber se o problema que tem com o seu colega não passa também por si.

Pode, por exemplo, procurar perceber se os outros colegas da equipa também têm problemas semelhantes com o elemento em causa. Descubra onde está o problema antes de tomar atitudes mais drásticas. Agir apenas com emoção, nestes casos, é um erro a evitar.

Aconteça o que acontecer, mantenha sempre uma postura e uma abordagem profissional ao problema. Se mantiver o seu profissionalismo intacto dificilmente alguém poderá lesá-lo na sua carreira. Se não conseguir resolver a situação, lembre-se que muitas vezes o silêncio é de ouro e o melhor aliado. Assegure apenas a relação essencial para o seu trabalho.


In Expresso


 


 

 

Voz do vento ...

publicado por Voz do vento às 21:23 | comentar | favorito
14
Jul 11

Crianças Índigo Ou Transição Planetária ...

Os índigos são em sua realidade nua e crua Espíritos que vem de outros mundos e/ou dimensões para encarnar aqui na Terra com o propósito de trazer uma grande revolução para a humanidade terrestre.
São mais evoluídos do que a maioria dos seres humanos daqui, mas NÃO SÃO seres puros como muita gente vem acreditando. Eles são o próximo estágio na evolução. São contestadores, não gostam de autoridade, preferem fazer as coisas de seu jeito, são práticos, gostam de destruir o que está pronto para refazer de seu próprio jeito. Possuem uma carga energética forte, são intensos, tudo é muito grande e muito forte para eles, a dor é muita dor, a raiva é muita raiva e o amor é muito amor.
As características que os índigos trazem vêm ao encontro do que o nosso planeta necessita nesse momento: uma grande reforma. Da estrutura familiar a escolar, dos relacionamentos amigáveis as empresas, tudo passará por mudanças estruturais. As formas e formalidades que conhecemos hoje mudarão completamente.
O padrão de governo irá mudar de autoridade para liderança. Lembrem-se de que toda reforma trás alguns transtornos, a poeira sobe, a bagunça acontece para que algum tempo depois uma estrutura melhor e mais bonita aconteça. Não será diferente por aqui. Podemos dizer que os índigos são os grandes empreiteiros desse processo.
Os índigos vieram para derrubar as barreiras desse autoritarismo, vieram abrir as portas para os que ainda virão a governar o nosso planeta, o que já se rotula como “cristais” que são o próximo passo na evolução após os índigos.
Muitos acreditam que os índigos não trazem cargas cármicas e isso não é verdade, eles não são a pureza do Espírito ainda, as crianças cristais é que trarão essa aura mais pura sendo elas as crianças plenas de amor, que não conhecerão a raiva e a violência. Algumas poucas começaram a encarnar neste momento para abrir caminho para as que virão, assim como fizeram os adultos índigo de hoje, abriram espaço para as crianças índigo de hoje.
Os índigos SE BEM ENCAMINHADOS NA EDUCAÇÃO farão a transição para cristal aqui na Terra mesmo.
As crianças índigos chegam aqui na Terra sem entenderem nosso comportamento, nossas estruturas e principalmente nossos valores de BEM e MAL, de CERTO e ERRADO, para eles não existe diferença entre prática e teoria, de onde eles vêm à hipocrisia não existe, logo eles não entendem quando o pai diz que violência não é bom, mas grita com ele. Ele irá reproduzir o que foi feito e não o que foi falado. Se assistirem desenhos que o bem agride o mal ou que é necessário matar para vencer é o que eles vão entender como certo, pois É O QUE ELES ESTÃO VENDO NA PRÁTICA.
O conceito moral e espiritual de bem é muito mais que isso, todos os grandes líderes espirituais e grandes mestres iluminados que passaram por aqui e que nós (digo toda a humanidade) acreditamos em suas acções e palavras e os seguimos até hoje, nos mostraram que o bem é AMOR e que o amor não agride, mas COMPREENDE, espera, acalma e acima de tudo é capaz de domesticar até o mais feroz dos animais.
O que essas crianças vêem e lêem é muito importante. Por isso repetimos que o amor e a compreensão é a melhor forma de educação. Precisamos encaixar essas crianças nos padrões corretos de entendimento para que o plano de evolução do planeta terra funcione. Se os índigos não forem para o caminho do amor e da iluminação eles irão para o caminho da dor e escuridão e o que foi planejado para eles e para toda a nossa evolução não dará certo.
SEMPRE LEMBRANDO de que NEM ÍNDIGO NEM CRISTAL são superiores ou inferiores a ninguém.
Arregacemos nossas mangas e ensinemos a essas crianças conceitos verdadeiros para transformar de verdade nosso planeta num lugar onde a tranquilidade, o amor e a luz sejam constantes e reais, essa é a nossa grande oportunidade. Vamos ser adultos responsáveis, educadores e colaboradores do novo mundo.
Muita luz a todos.
Pelo Espírito Pierre, canalizado por Regina e descodificado (transcrito) por Simone.

 

 

 

 

 

 

Transcrito e em partilha por Voz do Vento...

 

 

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23
Jun 11

Sê antes uma Luz na escuridão

 

A pequena alma e o Sol (Um conto longo mas absolutamente maravilhoso)

 


Era uma vez, em tempo nenhum, uma Pequena Alma que disse a Deus:
- Eu sei quem sou!
E Deus disse:
- Que bom! Quem és tu?
E a Pequena Alma gritou: - Eu sou Luz
E Deus sorriu.
- É isso mesmo! - exclamou Deus - Tu és Luz!
A Pequena Alma ficou muito contente, porque tinha descoberto aquilo que todas as almas do Reino deveriam descobrir. - Uauu, isto é mesmo bom! - disse a Pequena Alma.
Mas, passado pouco tempo, saber quem era já não lhe chegava. A pequena Alma sentia-se agitada por dentro, e agora queria ser quem era. Então foi ter com Deus (o que não é má ideia para qualquer alma que queira ser Quem Realmente É) e disse:
- Olá Deus! Agora que sei Quem Sou, posso sê-lo?
E Deus disse:
- Quer dizer que queres ser Quem já És?
- Bem, uma coisa é saber Quem Sou, e outra coisa é sê-lo mesmo. Quero sentir como é ser a Luz! - respondeu a pequena Alma.
- Mas tu já és Luz - repetiu Deus, sorrindo outra vez.
- Sim, mas quero senti-lo! - gritou a Pequena Alma.
- Bem, acho que já era de esperar. Tu sempre foste aventureira - disse Deus com uma risada. Depois a sua expressão mudou.
- Há só uma coisa...
O quê? - perguntou a Pequena Alma.
- Bem, não há nada para além da Luz. Porque eu não criei nada para além daquilo que tu és; por isso, não vai ser fácil experimentares-te como Quem És, porque não há nada que tu não sejas.
- Hã? - disse a Pequena Alma, que já estava um pouco confusa.
- Pensa assim: tu és como uma vela ao Sol. Estás lá sem dúvida. Tu e mais milhões, ziliões de outras velas que constituem o Sol. E o Sol não seria o Sol sem vocês. "Não seria um sol sem uma das suas velas... e isso não seria de todo o Sol, pois não brilharia tanto. E no entanto, como podes conhecer-te como a Luz quando estás no meio da Luz - eis a questão".
- Bem, tu és Deus. Pensa em alguma coisa! - disse a Pequena Alma mais animada.

Deus sorriu novamente.
- Já pensei. Já que não podes ver-te como a Luz quando estás na Luz, vamos rodear-te de escuridão - disse Deus. - O que é a escuridão? perguntou a Pequena Alma.
- É aquilo que tu não és - replicou Deus.
- Eu vou ter medo do escuro? - choramingou a Pequena Alma.
- Só se o escolheres. Na verdade não há nada de que devas ter medo, a não ser que assim o decidas. Porque estamos a inventar tudo. Estamos a fingir.
- Ah! - disse a Pequena Alma, sentindo-se logo melhor.

Depois Deus explicou que, para se experimentar o que quer que seja, tem de aparecer exactamente o oposto.
- É uma grande dádiva, porque sem ela não poderíamos saber como nada é - disse Deus - Não poderíamos conhecer o Quente sem o Frio, o Alto sem o Baixo, o Rápido sem o Lento. Não poderíamos conhecer a Esquerda sem a Direita, o Aqui sem o Ali, o Agora sem o Depois. E por isso, - continuou Deus -quando estiveres rodeada de escuridão, não levantes o punho nem a voz para amaldiçoar a escuridão.

"Sê antes uma Luz na escuridão, e não fiques furiosa com ela. Então saberás Quem Realmente És, e os outros também o saberão. Deixa que a tua Luz brilhe tanto que todos saibam como és especial!"
- Então posso deixar que os outros vejam que sou especial? - perguntou a Pequena Alma.
- Claro! - Deus riu-se. - Claro que podes! Mas lembra-te de que "especial" não quer dizer "melhor"! Todos são especiais, cada qual à sua maneira! Só que muitos esqueceram-se disso. Esses apenas vão ver que podem ser especiais quando tu vires que podes ser especial!
- Uau - disse a Pequena Alma, dançando e saltando e rindo e pulando. - Posso ser tão especial quanto quiser! - Sim, e podes começar agora mesmo - disse Deus, também dançando e saltando e rindo e pulando juntamente com a Pequena Alma - Que parte de especial é que queres ser?
- Que parte de especial? - repetiu a Pequena Alma. - Não estou a perceber.
- Bem, - explicou Deus - ser a Luz é ser especial, e ser especial tem muitas partes. É especial ser bondoso. É especial ser delicado. É especial ser criativo. É especial ser paciente. Conheces alguma outra maneira de ser especial?
A Pequena Alma ficou em silêncio por um momento.
- Conheço imensas maneiras de ser especial! - exclamou a Pequena Alma - É especial ser prestável. É especial ser generoso. É especial ser simpático. É especial ser atencioso com os outros.
- Sim! - concordou Deus - E tu podes ser todas essas coisas, ou qualquer parte de especial que queiras ser, em qualquer momento. É isso que significa ser a Luz.
- Eu sei o que quero ser, eu sei o que quero ser! - proclamou a Pequena Alma com grande entusiasmo. - Quero ser a parte de especial chamada "perdão". Não é ser especial alguém que perdoa?
- Ah, sim, isso é muito especial, assegurou Deus à Pequena Alma.
- Está bem. É isso que eu quero ser. Quero ser alguém que perdoa. Quero experimentar-me assim - disse a Pequena Alma. - Bom, mas há uma coisa que devias saber - disse Deus.

A Pequena Alma já começava a ficar um bocadinho impaciente. Parecia haver sempre alguma complicação.
- O que é? - suspirou a Pequena Alma.
- Não há ninguém a quem perdoar.
- Ninguém? A Pequena Alma nem queria acreditar no que tinha ouvido.
- Ninguém! - repetiu Deus. Tudo o que Eu fiz é perfeito. Não há uma única alma em toda a Criação menos perfeita do que tu. Olha à tua volta.

Foi então que a Pequena Alma reparou na multidão que se tinha aproximado. Outras almas tinham vindo de todos os lados - de todo o Reino - porque tinham ouvido dizer que a Pequena Alma estava a ter uma conversa extraordinária com Deus, e todas queriam ouvir o que eles estavam a dizer.
Olhando para todas as outras almas ali reunidas, a Pequena Alma teve de concordar. Nenhuma parecia menos maravilhosa, ou menos perfeita do que ela. Eram de tal forma maravilhosas, e a sua Luz brilhava tanto, que a Pequena Alma mal podia olhar para elas.
- Então, perdoar quem? - perguntou Deus.
- Bem, isto não vai ter piada nenhuma! - resmungou a Pequena Alma - Eu queria experimentar-me como Aquela que Perdoa. Queria saber como é ser essa parte de especial.
E a Pequena Alma aprendeu o que é sentir-se triste.
Mas, nesse instante, uma Alma Amiga destacou-se da multidão e disse:
- Não te preocupes, Pequena Alma, eu vou ajudar-te - disse a Alma Amiga.
- Vais? - a Pequena Alma animou-se. - Mas o que é que tu podes fazer?
- Ora, posso dar-te alguém a quem perdoares!
- Podes?
- Claro! - disse a Alma Amiga alegremente. - Posso entrar na tua próxima vida física e fazer qualquer coisa para tu perdoares.
- Mas porquê? Porque é que farias isso? - perguntou a Pequena Alma. - Tu, que és um ser tão absolutamente perfeito! Tu, que vibras a uma velocidade tão rápida a ponto de criar uma Luz de tal forma brilhante que mal posso olhar para ti! O que é que te levaria a abrandar a tua vibração para uma velocidade tal que tornasse a tua Luz brilhante numa luz escura e baça? O que é que te levaria a ti, que danças sobre as estrelas e te moves pelo Reino à velocidade do pensamento, a entrar na minha vida e a tornares-te tão pesada a ponto de fazeres algo de mal?
- É simples - disse a Alma Amiga. - Faço-o porque te amo.
A Pequena Alma pareceu surpreendida com a resposta.
- Não fiques tão espantada - disse a Alma Amiga - tu fizeste o mesmo por mim. Não te lembras? Ah, nós já dançámos juntas, tu e eu, muitas vezes. Dançámos ao longo das eternidades e através de todas as épocas. Brincámos juntas através de todo o tempo e em muitos sítios. Só que tu não te lembras. Já fomos ambas o Todo. Fomos o Alto e o Baixo, a Esquerda e a Direita. Fomos o Aqui e o Ali, o Agora e o Depois. Fomos o Masculino e o Feminino, o Bom e o Mau - fomos ambas a vítima e o vilão. Encontrámo-nos muitas vezes, tu e eu; cada uma trazendo à outra a oportunidade exacta e perfeita para Expressar e Experimentar Quem Realmente Somos.
- E assim, - a Alma Amiga explicou mais um bocadinho - eu vou entrar na tua próxima vida física e ser a "má" desta vez. Vou fazer alguma coisa terrível, e então tu podes experimentar-te como Aquela Que Perdoa.
- Mas o que é que vais fazer que seja assim tão terrível? - perguntou a Pequena Alma, um pouco nervosa. - Oh, havemos de pensar nalguma coisa - respondeu a Alma Amiga, piscando o olho.
Então a Alma Amiga pareceu ficar séria, disse numa voz mais calma:
- Mas tens razão acerca de uma coisa, sabes?
- Sobre o quê? - perguntou a Pequena Alma.
- Eu vou ter de abrandar a minha vibração e tornar-me muito pesada para fazer esta coisa não-muito-boa. Vou ter de fingir ser uma coisa muito diferente de mim. E por isso, só te peço um favor em troca.
- Oh, qualquer coisa, o que tu quiseres! - exclamou a Pequena Alma, e começou a dançar e a cantar: - Eu vou poder perdoar, eu vou poder perdoar!
Então a Pequena Alma viu que a Alma Amiga estava muito quieta.
- O que é? - perguntou a Pequena Alma. - O que é que eu posso fazer por ti? És um anjo por estares disposta a fazer isto por mim!
- Claro que esta Alma Amiga é um anjo! - interrompeu Deus, - são todas! Lembra-te sempre: Não te enviei senão anjos. E então a Pequena Alma quis mais do que nunca satisfazer o pedido da Alma Amiga.
- O que é que posso fazer por ti? - perguntou novamente a Pequena Alma.
- No momento em que eu te atacar e atingir, - respondeu a Alma Amiga - no momento em que eu te fizer a pior coisa que possas imaginar, nesse preciso momento...
- Sim? - interrompeu a Pequena Alma - Sim?
A Alma Amiga ficou ainda mais quieta.
- Lembra-te de Quem Realmente Sou.
- Oh, não me hei-de esquecer! - gritou a Pequena Alma - Prometo! Lembrar-me-ei sempre de ti tal como te vejo aqui e agora.
- Que bom, - disse a Alma Amiga - porque, sabes, eu vou estar a fingir tanto, que eu própria me vou esquecer. E se tu não te lembrares de mim tal como eu sou realmente, eu posso também não me lembrar durante muito tempo. E se eu me esquecer de Quem Sou, tu podes esquecer-te de Quem És, e ficaremos as duas perdidas. Então, vamos precisar que venha outra alma para nos lembrar às duas Quem Somos.
- Não vamos, não! - prometeu outra vez a Pequena Alma. - Eu vou lembrar-me de ti! E vou agradecer-te por esta dádiva - a oportunidade que me dás de me experimentar como Quem Eu Sou.

E assim o acordo foi feito. E a Pequena Alma avançou para uma nova vida, entusiasmada por ser a Luz, que era muito especial, e entusiasmada por ser aquela parte especial a que se chama Perdão.
E a Pequena Alma esperou ansiosamente pela oportunidade de se experimentar como Perdão, e por agradecer a qualquer outra alma que o tornasse possível.
E, em todos os momentos dessa nova vida, sempre que uma nova alma aparecia em cena, quer essa nova alma trouxesse alegria ou tristeza - principalmente se trouxesse tristeza - a Pequena Alma pensava no que Deus lhe tinha dito.
Lembra-te sempre - Deus aqui tinha sorrido -, não te enviei senão anjos

 

Voz do vento ...

 

 

publicado por Voz do vento às 19:59 | comentar | favorito
sinto-me: A procurar a Luz na escuridão
música: Celtic Woman - A New Journey - You Raise Me Up
07
Abr 11

Celtic Woman | A New Journey | You Raise Me Up

 

 

Couldn't find any words to describe how much this song touched me!

http://www.celticwoman.com/

 

Voz do vento...

 

 

 

 

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Descobrir Quem Somos | A Última Fronteira da Ciência.

http://files.cristaiscelestes-novaera.webnode.com/system_preview_detail_200000080-e9330ea2d6/0011.png

 

 

A Última Fronteira da Ciência...


Descobrir Quem Somos:


Quem discrimina os outros diminui, quem super valoriza os outros diminui a si mesmo. A vida humana é belíssima, mas brevíssima. Cada um de nós vive num pequeno parêntese de tempo. Envolvemo-nos em tantas actividades sociais que não percebemos o mistério que cerca a existência.
Por ser tão breve a vida, deveríamos vivê-la com sabedoria para sermos cada vez mais pais, educadores e profissionais inteligentes, jovens mais sábios, amigos mais afectivos. Muitos vivem apenas porque estão vivos. Vivem sem objectivos, sem metas, sem ideais, sem sonhos. Não sabem como lidar com sua fragilidade e lágrimas. Sabem lidar com os aplausos, mas desesperam-se diante das vaias. Recebem diplomas na escola, mas não sabem ousar, criar, correr riscos calculados e cultivar o que amam. Você já procurou esquecer tudo ao seu redor e olhar para dentro de si? Eu estudo a mente humana há anos, e cada vez mais sinto que a
ciência sabe muito pouco sobre quem somos. Ter capacidade de pensar e se emocionar é fenómenos difíceis de entender. A última fronteira da ciência é saber quem somos. É desvendar a natureza da energia psíquica e os segredos da nossa inteligência. Nossa espécie tem consciência da grandeza da inteligência de cada ser humano? Pouquíssima! Que sociedade é essa em que alguns são super valorizados e a maioria é relegada ao rol dos anónimos? Muitos podem não ter fama e status social, mas para a ciência todos somos igualmente complexos e
dignos. Afinal de contas, todos somos grandes artistas no teatro da vida. Toda vez que confecciona uma ideia você é um grande artista. A Rainha da Inglaterra não tem mais valor e nem mais complexidade intelectual do que um mendigo nas ruas de uma cidade; pareça ou não absurda, esta é uma verdade científica. Um cientista da NASA não tem mais segredos psíquicos do que um miserável faminto do 3º mundo. Respeitar e tomar algumas pessoas como modelo é saudável. Superdimensioná-las é doentio, bloqueia nossa inteligência e liberdade. Cada ser humano tem uma história magnífica, uma mente fantástica e um potencial intelectual grandioso, mas frequentemente represado. Podemos e devemos ser autores da nossa história. A teoria de Darwin explica alguns fenómenos biológicos, mas é simplista para explicar o campo da energia psíquica. Ela é superficial para explicar a formação da consciência e de como os pensamentos se organizam, vivem o caos e se reorganizam. Pensar não é uma opção do Homo Sapiens, pensar é inevitável. O maior desafio do ser humano e dominar seu mundo intelectual. A complexidade da mente humana revela que ela é obra-prima de um Criador fascinante. E a emoção? Quem pode entendê-la ou controlá-la plenamente? Há muitos
miseráveis no território da emoção andando em carros luxuosos, usando jóias caras, roupas de marca e saindo nas colunas sociais. Os verdadeiramente ricos fazem muito do pouco, extraem prazer das coisas simples. Os ricos não são os que têm posses, mas os que alargam as fronteiras da sua emoção e têm autocontrolo. Mas é possível ter pleno autocontrolo? Não! Nenhum ser humano domina plenamente sua emoção. Desista de ser uma pessoa completamente equilibrada. A energia emocional é sempre flutuante, mas não deve haver exagero. Uma emoção doente é instável, mal-humorada, negativista, desprotegida, ansiosa.
Qualquer problema a invade, fere. Uma emoção saudável é estável, motivada, protegida, alegre, tranquila e capaz de superar os inevitáveis períodos de ansiedade. Seu maior desafio é cuidar e liderar seu próprio ser. O território dos pensamentos e da sua emoção é seu tesouro. se quiserem viver dias felizes, cuide dele mais do que de seus bens.

 

trecho do livro "Seja Líder de Si Mesmo - O Maior
Desafio do Ser Humano
Autor: Augusto Cury"

 

Voz do vento...

 

publicado por Voz do vento às 09:13 | comentar | favorito
19
Mar 11

Parábolas - Veja sempre o copo meio cheio

 

Vai notar os efeitos positivos que esta atitude vai ter na sua vida...

 

 

O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.

– Qual é o gosto? – perguntou o Mestre.
– Ruim – disse o aprendiz.

O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.

Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago, então o velho disse:


– Beba um pouco dessa água.

Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:


– Qual é o gosto?
– Bom! – disse o rapaz.
– Você sente o gosto do sal? – Perguntou o Mestre.
– Não – disse o jovem.

O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou sua mão e disse:


A dor na vida de uma pessoa é inevitável. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Então, quando você sofrer, a única coisa que você deve fazer é aumentar a percepção das coisas boas que você tem na vida.

Deixe de ser um copo. Torne-se um lago.

 

 

 

 

Voz do vento...


 

publicado por Voz do vento às 23:51 | comentar | favorito
14
Mar 11

Karma e Medo | por Cristina Candeias

 

 

Karma e Medo

por Cristina Candeias


Todo o homem, quando nasce, já tem marcado o tipo de viagem que vem fazer à Terra.
Assim, a Alma guarda memória de tudo aquilo que já viveu no passado. Como se tem guardado tudo na memória, tudo o que já se viveu, assim, temos medos enraizados, cristalizados, alguns como pedras, que são sempre as consequências das nossas dores sucessivas.
As palavras ainda não estão prontas para explicar o novo Homem. O novo Homem, que nasce, sempre, com o propósito de evoluir é fruto de experiências e experiências que viveu.


Karma e Dharma são termos originais, da língua clássica da Índia, tendo a evolução espiritual como partida, defende que a alma precisa de passar, por muitas experiências para cumprir o seu aprendizado na Terra.


É muito importante perceber e entender o karma, pois, habitualmente, é visto como algo de mau, que persegue o Ser toda a vida.
Assim, como uma rosa é bela, mas também tem espinhos, karma não são só espinhos das nossas culpas, dos nossos erros, dos nossos fardos, das nossas dores.
Karma é o somatório de tudo que a Alma fez na sua evolução espiritual. É todo o conhecimento adquirido, através de vidas e vidas sucessivas.

Karma só se torna negativo quando é um padrão que se repete, um hábito constante, enraizado, cristalizado, que o ser persiste em manter e repetir. Vivemos assustados, pois os medos não nos deixam ter paz.


Os medos, que criamos e alimentamos, nascem do nosso pensamento; por isso, podem e devem ser mudados. O medo é o maior fantasma, pois paralisa.
A família, as condições de cada um, onde nascemos, vão determinar o tamanho dos nossos medos. Na família, na infância, a ausência de amor, pais rígidos, autoritários, exigentes, que manipulam o Ser, quer através da violência física ou psicológica, vão criar os fantasmas dentro de nós.
Hoje, a vida é a grande oportunidade que todo o ser humano tem para transformar o Karma em Dharma. Nós não queremos continuar a sofrer. O homem quer paz, quer viver tranquilo e seguro, sem medo… Querer é poder! Temos de transformar o medo em segurança.


Pense:
De que tem medo? Quais os seus medos? Imagine que está afastar os seus medos, que levam aos fracassos sucessivos.
Os medos são, sempre, a consequência de falta de amor-próprio e falta de estima.

Karma não é só o resultado das nossas provações, dos nossos fardos, dos nossos erros. Karma é o somatório da vivência da nossa Alma.
Compreender o Karma e conhecer o nosso Dharma é o percurso de todo o homem inteligente, de todo aquele que se põe em causa, que se questiona.
Um dia, todos nós temos de chegar a Buda, o caminhar da violência para não-violência, a pacificação total.
Tudo na vida se aprende, só temos de ter consciência de tudo que somos, das nossas dores, nossos medos/fracassos.
Quero ajudá-lo a vencer e entender os seus medos que estão marcados dentro da sua Alma.
Os medos têm de ser encarados e vencidos.


Crie uma nova realidade, livre-se dos medos novos e velhos, comece por perdoar a todos que lhe trouxeram dores, pois todas as pessoas que o magoaram, prejudicaram e traíram são, sempre, os nossos mestres internos, aqueles que nos ajudam a mudar a nossa realidade.
Cada ser é único, cada ser é irrepetível. O problema do medo surge quando existe a falta de confiança, de amor, de auto estima, em suma o desamor.

Quando aceitamos o medo, libertamos a aceitação, que está sempre dentro de nós.
A libertação está sempre dentro de nós. O sucesso está dentro de nós - querer é poder!


O medo é um sentimento que resulta pelo receio de errar, é um estado de alerta permanente pelo facto de o Ser se sentir ameaçado. Medo provoca descargas de adrenalina, aceleração cardíaca, atenção desmedida por tudo que ocorre ao seu redor, em suma, o nunca ter paz!

A vida é a grande oportunidade para a transformação dos medos em força, em energia positiva.
A vida é maravilhosa quando não se tem medo de nada.
Só vence quem não tem medo de errar!
Ayrton Sena disse um dia: "o medo faz parte da vida, eu aprendi a viver com ele e vencê-lo diariamente".

Cada vez que temos a coragem de enfrentar o medo, ganhamos força e confiança. O Ser tem de querer ter essa coragem para fazer aquilo que acha que não consegue.
No dia em que conseguir enfrentar os seus medos, eles são transformados em confiança, fé e coragem. Nesse dia, transforma o fracasso em sucesso, medo em coragem, a tristeza em alegria. A vida vale a pena! Queira vencer os seus medos, pois nesse dia tornar-se-á um vencedor.

 

 

Eis o desafio diário que cada ser terá que enfrentar, ultrapassar-se a si próprio.

 

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publicado por Voz do vento às 12:32 | comentar | favorito
música: Chris DeBurgh - Lady In Red
09
Jan 11

O vento que sopra nas flores...

 

Uma história tibetana de cura.

Há vários anos atrás, em Seattle, Washington, vivia um refugiado tibetano de 52 anos de idade.

"Tenzin", é como vou chamá-lo, foi diagnosticado como portador de uma forma de linfoma das mais fáceis de curar.

Foi internado num hospital e recebeu a primeira dose de quimioterapia. Mas durante o tratamento este homem, normalmente gentil, tornou-se agressivo e irritado; arrancou a agulha intravenosa de seu braço e negou-se a cooperar. Gritou com as enfermeiras e discutiu com todos ao seu redor. Os médicos e enfermeiros ficaram desconcertados.

Posteriormente, a mulher de Tenzin explicou ao pessoal do hospital que Tenzin tinha sido prisioneiro político dos chineses durante 17 anos. A sua primeira esposa tinha sido morta e ele próprio foi repetidamente torturado e brutalizado durante o tempo em que esteve preso.

As normas e regulamentos do hospital, juntamente com a quimioterapia, fizeram Tenzin recordar todo o sofrimento tinha passado nas mãos dos chineses.


"Eu sei que vocês querem ajudá-lo," explicou ela , "mas ele se sente torturado pelo tratamento, que faz com que ele se sinta da mesma maneira que os chineses o fizeram sentir. Ele prefere morrer do que viver com o ódio que ele está sentindo agora e, de acordo as nossas crenças, é muito mau albergar tamanho ódio no coração na hora da morte. Tenzin precisa de rezar e limpar o seu coração."

O médico deu alta a Tenzin e encarregou uma equipa da clínica de repouso de visitá-lo em casa. Eu era a enfermeira encarregada de cuidar dele e entrei em contacto com um representante da Amnistia Internacional para lhe pedir conselho. Ele disse-me que a única forma de sanar o trauma da tortura era falar sobre a questão. "Esta pessoa perdeu a sua confiança na humanidade e sente que a esperança é impossível." Mas quando eu encorajei Tenzin a falar sobre suas experiências, ele ergueu a mão e pediu-me para parar.

Ele disse-me, "Eu preciso de aprender a amar de novo se quiser curar minha alma. A sua tarefa não é fazer perguntas, é ensinar-me a amar novamente."

Respirei profundamente e perguntei, "E como eu posso fazê-lo amar de novo?" Tenzin respondeu prontamente, "Sente-se, tome o meu chá e coma os meus biscoitos." O chá tibetano é um chá preto forte, coberto com manteiga de iaque e sal. Não é fácil de bebê-lo, mas foi o que eu fiz.

Durante várias semanas, Tenzin, sua mulher e eu nos sentámo-nos juntos e tomamos chá. Também conversávamos com os médicos para encontrar formas de tratar as dores físicas. Mas era sua dor espiritual que deveria ser diminuída. Cada vez que eu chegava, via Tenzin sentado na cama, de pernas cruzadas, recitando preces. A sua mulher ia pendurando mais e mais 'thankas', bandeirolas budistas coloridas, nas paredes.

 

Rapidamente o quarto ficou semelhante a um colorido templo religioso. Quando a Primavera chegou, eu perguntei o que os tibetanos faziam quando estavam doentes na Primavera. Ele abriu um grande sorriso e disse, "Sentamo-nos e aspiramos o vento que sopra nas flores." Eu pensei que ele estava falando poeticamente, mas suas suas palavras eram literais.

Tenzin explicou-me que os tibetanos o fazem para serem pulverizados com o pólen das flores, levado pela brisa. Acreditam que esse pólen é um potente medicamento. Num primeiro momento, encontrar flores em quantidade suficiente parecia-me um pouco difícil, mas um amigo sugeriu que visitássemos algumas floriculturas locais. Eu telefonei para o gerente de uma floricultura e expliquei-lhe a situação.

Sua reação inicial foi "Você quer o quê???" Mas quando eu expliquei melhor o meu pedido, ele concordou.

No fim-de-semana seguinte fui buscar Tenzin, a sua mulher e suas provisões para a tarde: chá preto, manteiga, sal, xícaras, biscoitos, almofadas e livros de orações. Deixei-os na floricultura e combinei ir buscá-los às 17 horas. No fim-de-semana seguinte, visitámos uma outra floricultura. E mais outra no terceiro fim-de-semana.

Na quarta semana, eu comecei a receber convites das floriculturas para Tenzin e sua mulher voltarem novamente. Um dos gerentes disse, "Nós temos uma nova remessa de nicotianas e lindas fuchsias. Ah, sim! E temos belas dafnias. Eu sei que eles vão adorar o perfume das dafnias! E eu quase me esqueci! Temos uns novos bancos de jardim que Tenzin e sua esposa vão adorar!" No mesmo dia, outra floricultura ligou dizendo que eles tinham recebido cata-ventos coloridos para Tenzin saber em que direcção o vento soprava.

 

Em breve as floriculturas competiam pelas visitas de Tenzin. As pessoas começaram a preocupar-se com o casal tibetano.

Os empregados arrumavam os móveis de frente para o vento. Outros traziam água quente para o chá. Alguns fregueses regulares deixavam seus carrinhos de compras próximos do casal. E quando, no final do verão, Tenzin voltou ao médico para fazer novos exames e determinar o desenvolvimento da doença, não se encontrou nenhuma evidência de cancro. O médico ficou espantado e disse à Tenzin que não conseguia explicar aquilo.

Tenzin levantou o dedo e disse, "Eu sei porque o cancro desapareceu: não podia continuar a viver num corpo tão cheio de amor. Quando eu comecei a sentir a compaixão das pessoas da clínica, dos empregados das floriculturas, e de todas essas pessoas que queriam saber de mim, comecei a mudar por dentro. Agora, eu me sinto afortunado por ter tido a oportunidade de ser curado dessa forma. Doutor, por favor, não acredite que a medicina é a única cura. Às vezes, a compaixão também pode curar um cancro.

O Vento Que Sopra nas Flores
Uma História Tibetana De Cura
Lee Paton

 

 

publicado por Voz do vento às 23:34 | comentar | favorito
sinto-me: Maravilha Interior

Como reeducar a atitude mental...

 

 

 Conta uma popular lenda do Oriente, que um jovem chegou à beira de um oásis junto a um povoado e aproximando-se de um velho perguntou-lhe:


- "Que tipo de pessoa vive neste lugar ?
- "Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem ?" -perguntou por sua vez o ancião.
- "Oh, um grupo de egoístas e malvados. - replicou o rapaz - Estou satisfeito de haver saído de lá."
A isso o velho replicou:
- "A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui."

No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião perguntou-lhe:


- "Que tipo de pessoa vive por aqui ?"
O velho respondeu com a mesma pergunta:
- Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem ?
O rapaz respondeu:
- "Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste por ter de deixá-las".
- "O mesmo encontrará por aqui"- respondeu o ancião.

Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho :


- "Como é possível dar respostas tão diferente à mesma pergunta?
Ao que o velho respondeu :
- "Cada um carrega no seu coração o meio ambiente em que vive.

Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui.


Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui porque, na verdade, a nossa atitude mental é a única coisa na nossa vida sobre a qual podemos manter controle absoluto".

Infunda em si mesmo a idéia do sucesso.


O primeiro requisito essencial a todo homem para encontrar uma vida digna de ser vivida, é ter uma atitude mental positiva.

 

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publicado por Voz do vento às 23:22 | comentar | favorito
25
Dez 10

A Melhor mensagem de Natal ...

 

 

 

 

 

 

"A Melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio
de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida"

Voz do vento ...

publicado por Voz do vento às 12:34 | comentar | favorito
sinto-me: em Harmonia com Universo
23
Nov 10

O equilíbrio de nossas vidas depende apenas de nós | Por Eunice Ferrari

 

 

O equilíbrio de nossas vidas depende apenas de nós

Por Eunice Ferrari


Vários estudos científicos, especialmente os relacionados à física quântica nos afirmam que estamos a viver em um mar de energias e exactamente por esse motivo estamos todos conectados. O espaço que nos parece vazio, na realidade, está repleto de energias. Estamos a entrar na Era de Aquário e isso nos obriga a reflectir sobre novas descobertas e novas maneiras de lidar com a saúde e a doença. O trabalho de desenvolvimento e expansão de nossas consciências é absolutamente necessário para podermos compreender e promover através de um esforço diário a união entre psique e corpo, espírito e matéria, homem e Universo.·
Se nos encontramos todos conectados uns aos outros neste mar de energias, não há como haver separação neste nosso imenso Universo. Há uma pergunta que sempre me intriga e que lanço a todos, que é: será que o peixe percebe a existência da água? Cada célula de nosso corpo está em uníssono com cada estrela ou planeta do Universo. Pertencemos todos a um único sistema com dinâmicas e movimentos idênticos. Tudo funciona como uma grandiosa orquestra, onde cada nota tocada ressoa ao restante do sistema. Como dizia o grande filósofo Platão:"É esse o grande erro de nosso tempo. Os médicos mantêm separada a alma do corpo".·
Sendo assim será importante fazermos uma profunda reflexão sobre os motivos que existem por trás do desequilíbrio que estamos imersos, sobre a verdade irrefutável que é a unidade da vida. Em todos os tratados ocultos, e especialmente em um deles denominado “As Cartas dos Mahatmas”, encontramos a seguinte frase: "É um dos postulados fundamentais do esoterismo o de que matéria e espírito são uma mesma coisa, não se distinguindo senão por suas respectivas manifestações e pelas percepções limitadas que são as do nosso mundo sensível".

E hoje, através dos postulados da física quântica podemos comprovar algumas citações ocultas de muitos milhares de anos atrás. É importante que paremos para reflectir profundamente sobre o desequilíbrio que todos vivemos e sua relação com nossa negação a essa divina unidade que somos. Há uma necessidade real e efectiva desse reconhecimento. Há grande necessidade de avaliarmos a importância que temos dado à forma exterior e ao mundo objectivo, comandados apenas por nossos sentidos inferiores e nossa percepção mundana. Se assim continuarmos, perderemos a chance de entrar com o pé direito na nova era, de desenvolver a sensibilidade necessária para nos conectarmos de forma consciente aos mundos subtis e superiores, além de desenvolvermos ilimitadamente nosso amor e corações.

Precisamos reflectir sobre a necessidade de nos abrirmos para uma nova percepção de mundo e do ser humano, de que somos todos participantes do mesmo Universo. Se continuarmos condicionados a antigos valores não conseguiremos perceber a importância de darmos um passo à frente em nosso processo evolutivo. A melhor maneira que possuímos para comprovar essa conexão é a prática da meditação. Dessa forma, abrindo os canais sensíveis poderemos observar cuidadosa e diariamente os efeitos da emoção e dos nossos processos psíquicos sobre nossos corpos, nosso equilíbrio e nossas vidas em geral.·
Hoje nos deparamos diariamente com pessoas de nosso convívio ou mesmo familiares, passando por processos depressivos e males da ansiedade como a síndrome do pânico, o transtorno obsessivo compulsivo, a bipolaridade e outros tantos desequilíbrios que podem acometer a qualquer um de nós. Todos nós reconhecemos os estragos que esses processos causam em suas vítimas. E que os traumas, que vivemos há muito tempo atrás, permanecem registados em nossas psiques e células, enquanto os reprimimos inconscientemente.

Existe um excelente livro da conhecida ocultista Alice A. Bailey, A Cura Esotérica, onde ela faz a seguinte citação:


"Todas as doenças são efeito da desarmonia entre forma e vida. O que une forma e vida (...) é a alma no homem e o si humano. Quando é falho o alinhamento entre estes dois factores, alma e forma, vida e expressão, sujeito e objecto, insinua-se a doença"


Nesta etapa de nosso processo evolutivo como almas humanas que somos precisamos nos aperceber até onde nossa ignorância (no sentido de ignorar) nos levou. Parar para reflectir sobre todo processo de doença e desequilíbrio que todos vivemos diariamente. Quase todos nós experimentamos, em algum momento de nossas vidas, essa sensação de desequilíbrio. E é exactamente por isso que devemos decidir fazer alguma coisa por nós mesmos e por nossas vidas. Esta é a era da consciência e por isso da auto responsabilidade. Responsabilizar-se pelo resultado de nossas vidas é nossa maior tarefa neste momento evolutivo. Aprender e nos apropriar da certeza de que somos seres unificados e que tudo em nosso mundo e ao nosso redor funciona a partir da energia, seja esta condensada (com baixa vibração) ou volatilizada (com alta vibração). E a partir dessa tomada de consciência começar a recuperar um estado natural e de direito, de maior saúde, bem-estar, equilíbrio e felicidade.·
Infelizmente, ainda precisamos aprender através da dor, de crises e sofrimentos individuais e colectivos. Mas certamente acabaremos por perceber que cometemos alguns erros e que eles estão se revertendo contra nós mesmos e contra o nosso planeta. É inegável que existe algo que não funciona mais da maneira como funcionava antigamente e que estamos recebendo um chamado para que através de uma nova consciência possamos construir uma nova realidade. Se pararmos para reflectir perceberemos a insatisfação cristalizada em nossos corações. A mudança e a reconstrução de uma nova vida a partir da expansão de nossa consciência depende de cada um de nós. Precisamos apenas decidir dar esse passo adiante. Nos responsabilizar por nossas atitudes, palavras, pensamentos e sentimentos e elevar definitiva e totalmente a vibração das energias em nossas vidas, nossas relações e nosso planeta. Reflicta e decida-se. Que tal começar já?·


Eunice Ferrari

www.euniceferrari.net
E-mail: eunice.ferrari@sapo.pt

 

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sinto-me: em Harmonia com Universo
21
Ago 10

Conquistando o Impossível...

Voz do vento...

publicado por Voz do vento às 23:51 | comentar | favorito
sinto-me: Poderosa
música: Conquistando o Impossível - Jamile
16
Ago 10

I Love Living Life | I 'm Happy

 He was born without arms nor legs. However, God is using Nick Vujicic to share the gospel around the world...

 

 

 

 

I have no arms or legs temporarily in the world - earth. I do not need, I need wind to fly kite by the grace of God. But I am able to fly, do not give up on God because God did not give up.What makes someone special?

Powerful message and wonderful

Nick Vujicic and his attitude serve as a great examples of the celebration of life over limitations.

The human spirit can handle much more than we realize.

"I LOVE LIVING LIFE. I AM HAPPY."


Think you've got it bad?
Need some encouragement?
Fallen down?
Can't find the STRENGTH to get back up?
Watch this video. It will help. Then share it with others.
 

"If I fail, I try again, and again, and again..."

If YOU fail, are YOU going to try again?
It matters how you're going to FINISH...
Are you going to finish STRONG?
We are put in situations to build our character... not destroy us.
The tensions in our life are there to strengthen our convictions... not to run over us.
Nick is thankful for what he HAS.
He's not bitter for what he does NOT have.
I have never met a bitter person who was thankful
I have never met a thankful person who was bitter.
In life you have a choice: Bitter or BETTER?

 

NEVER GIVE UP ... GOD BLESS NICK VUJICIC.

 

Voz do vento ...

 

http://LifeWithoutLimbs.org

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04
Ago 10

A Felicidade Existe ...

 

Regressai ao passado. Procurai ver o que já viveste até ao momento. Procurai conseguir ver-vos desde o principio da vossa idade de consciência. E os que já atingiram a idade madura sentirão saudades do muito que já ficou para trás, mesmo quando tem a mente cheia de recordações más.

 

Aqueles que foram mais felizes e tiveram na sua juventude até à idade madura etapas de vida cheias de paz, de felicidade e de amor e que ainda as mantenham hoje, de qualquer forma sentirão saudades.  E é neste momento que deveis recordar daqueles que não tem a mesma felicidade que vós, aqueles que tem na mente as recordações dos horrores a que estão sujeitos.

 

Pensai quanto sofrimento existe em tudo neste planeta. E vós, vós que sofreis, vós que lamentais o vosso sofrimento, comparai-me ao sofrimento dos outros, daqueles que dormem na rua, apanhando chuva, frio, os que não tem um amparo, uma palavra amiga, os que não tem um caldinho quente para aquecer o interior, os que nem sequer podem enganar a fome das crianças. As criancinhas de ventre inchado, de pele colada aos ossos, essas crianças que tanto sofrem sem nunca terem feito nada de mal. Vós, mães e pais, que tendes os vossos filhos, que tendem a felicidade de poder alimenta-los, de os ver sorrir, de os ver gritar, chorando, rindo, e que vos incomodais com esse chorar, esse gritar, que daís sapatadas por esse motivo, olhai, quando a televisão mostra as outras crianças, comparai às vossas.  E serve de recordação para estimular a vossa mente, para recordar que deveis pensar também nos outros. Experimentai pensar mais nos outros do que em vós: E assim será mais fácil avaliar o que tendes, comparando com os outros, que nada têm.

 

E é nestes minutos que vós deveis pensar bem como tem sido o vosso comportamento junto dos vossos familiares, amigos, companheiros de trabalho, simples desconhecidos.

 

A felicidade existe ! O importante é, ao encontra-la, não perde-la. Quem não a encontrou, deve procura-la. Respeitar o próximo em todos os sentidos da palavra.

 

Francisco M'gonhé da Silva

1887-1959

 

 

Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho. Mahatma Gandhi

 

Voz do vento ...


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15
Jun 10

As desculpas...

 

 

 

As desculpas serão as nossas verdadeiras amigas ou melhor as inimigas do nosso sucesso.

Retira-nos o poder. Deixam-nos impotentes e vitimizados pelas circunstancias. São um convite aberto à culpa, apontando o dedo a alguém, em vez de nós próprios.

Desculpas o que significa? É um olhar com indulgência e um deixar passar a “coisa”, é um perdoar.

Elas impedem-nos de tomar responsabilidades pelas nossas vidas e de ver a realidade presente. São e não poderemos de afirmar uma tentativa de nos “desculparmos”por não actuarmos como os seres humanos responsáveis, poderosos e criativos que somos.

 

As desculpas tornam-se num acto socialmente aceite para sair de qualquer situação. Elas gritam-nos aos nossos ouvidos, murmuraram na nossa consciência:



 

 


- “Não é a minha culpa”…

- “Não pude evitar!”…

- “Os meus filhos precisam de mim!”…

-“ Não faz parte do meu trabalho”…

 

 

- “Não posso fazer tudo!”…

- “É grande demais”, “estou esgotado”…

- “Já estou demasiado ocupado!”…

- “Não sou suficiente esperto!”…

- “Eu cumpri a minha parte, mas eles não cumpriram a deles”…

- “As pessoas à minha volta são irresponsáveis”…

-“ Alguém devia tratar desta situação senão vai tudo a abaixo!”…

- “Estou com dor de cabeça!”…

- “O sistema está podre.

 

É muito familiar este reportório, certamente que sim. As desculpas somente transferem todo o nosso poder pessoal para as circunstâncias exteriores e tiram as capacidades de criar resultados. Sabotam os nossos sonhos para o futuro, empurram-nos repetidamente para o mesmo caminho do passado. Infiltra-nos nos desejos mais profundos e nos planos mais bem delineados e impedem-nos de obter uma vida que possamos amar.


Na verdade, todas as desculpas utilizadas são justificadas se não fossem não era possível utiliza-las. Apenas diríamos algo como “Agora, vou dar uma desculpa para não ter de ser, ou fazer ou para o ter o que desejo na minha vida”.

À primeira vista, parecem mais do que desculpas, parecem mais porque podemos provar as limitações à que estamos a constatar.

No entanto, se olharmos mais profundamente e se estivermos dispostos a olhar para além dos nossos “não posso”. Veremos que se trata de uma forma de desculpa, um “não posso” mesmo que seja justificado, não deixa de ser uma desculpa.


Muito provavelmente será necessário desistir de alguma coisa para realizar a tal desejada tarefa. Sacrificar parte do nosso tempo livre ou arranjar coragem para pedir ajuda a alguém.

Talvez, tenhamos de nos responsabilizar pela nossa própria educação em vez de procurar apoio em companheiros. A questão é que, se estivermos verdadeiramente empenhados em chegar ao nosso destino, vemos mesmo ter de desistir de todas as desculpas, justificados ou não.

 

Só então seremos senhores do nosso destino.

 

Se quiser viver uma vida para além do que imagina, para além dos seus sonhos, vai ter que assumir este nível de responsabilidade. Se transformar a sua vida numa “zona livre de desculpas” ultrapassará muito mais rapidamente quaisquer obstáculos que lhe apareçam à frente e produzirá “mil vezes mais resultados " do que consegue agora.

Uma poderosa ajuda vem de viver dentro de uma intenção poderosa. É a qualidade das escolhas que fazemos todos os dias que determina a criação do melhor ano da nossa vida.

Podemos sempre escolher cada momento se vamos continuar na rua que tem buracos no passeio ou se optamos por outra completamente diferente.

 

Deixar que as nossas desculpas, expectativas negativas, diálogo interior destrutivo e comportamentos derrotistas ditem as nossas opções e provavelmente a escolha mais vulgar que podemos fazer.


Se tomarmos agora a tomar uma série de opções extraordinárias poderá transformar a possibilidade de viver o melhor ano da sua vida numa realidade predominante.

 

in Debbie Ford

 

Voz do vento...

 

 

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música: Imagine - Pan Pipes Flute - John Lennon
30
Mai 10

Para Viver um Grande Amor

É preciso abrir todas as portas que fecham o coração.
Quebrar barreiras construídas ao longo do tempo,
Por amores do passado que foram em vão
É preciso muita renúncia em ser e mudança no pensar.
É preciso não esquecer que ninguém vem perfeito para nós!
É preciso ver o outro com os olhos da alma e se deixar cativar!
É preciso renunciar ao que não agrada ao seu amor...
Para que se moldem um ao outro como se molda uma escultura,
Aparando as arestas que podem machucar.
É como lapidar um diamante bruto...para fazê-lo brilhar!
E quando decidir que chegou a sua hora de amar,
Lembre-se que é preciso haver identificação de almas!
De gostos, de gestos, de pele...
No modo de sentir e de pensar!
É preciso ver a luz iluminar a aura,
Dando uma chance para que o amor te encontre
Na suavidade morna de uma noite calma...
É preciso se entregar de corpo e alma!
É preciso ter dentro do coração um sonho
Que se acalenta no desejo de: amar e ser amada!
É preciso conhecer no outro o ser tão procurado!
É preciso conquistar e se deixar seduzir...
Entrar no jogo da sedução e deixar fluir!
Amar com emoção para se saber sentir
A sensação do momento em que o amor te devora!
E quando você estiver vivendo no clímax dessa paixão,
Que sinta que essa foi a melhor de suas escolhas!
Que foi seu grande desafio... e o passo mais acertado
De todos os caminhos de sua vida trilhados!
Mas se assim não for...
Que nunca te arrependas pelo amor dado!
Faz parte da vida arriscar-se por um sonho...
Porque se não fosse assim, nunca teríamos sonhado!
Mas, antes de tudo, que você saiba que tem aliado.
Ele se chama TEMPO... seu melhor amigo.
Só ele pode dar todas as certezas do amanhã...
A certeza que... realmente você amou.
A certeza que... realmente você foi amada."

 

Carlos Drummond de Andrade

http://ana.amaro.zip.net/images/NciXgkW8SGvWetK.gif

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11
Abr 10

A Vida Não Usa Borrachas

 

A vida não usa borrachas nem escreve a lápis, com linha fácil de apagar.
Não há lugar para emendar, voltar atrás, retirar o que se fez, retocar aqui e ali. Há lugar, sim, para ser criativo, improvisar, começar de novo a partir do ponto em que se está, aproveitar as linhas já escritas e dar-lhes um novo contorno.

Fazemos escolhas e frequentemente pensamos se estas escolhas foram as correctas. "E se" tivesse sido de outra forma? Como seria hoje o "desenho" da minha vida? Mas não há tempo para fantasias, não há lugar para deambulações da imaginação. Enquanto isso, a vida corre debaixo do nosso nariz, continuamente fluindo, como um rio, que nos leva sabe-se lá para onde, de encontro a sabe-se lá o quê.

E se permanecemos agarrados aos ramos das árvores que ficam em terra, gastamos energia num apego que nos mantém reféns de um passado que não nos leva a lado algum, senão ao mesmo. Se aceitamos largar-nos e mergulhar nas águas por vezes calmas, por vezes turbulentas da vida, corremos o risco de arranhar a perna, apanhar um resfriado, ir de encontro a um pedregulho... mas caso contrário não chegaríamos a uma nova paisagem, não encontraríamos um novo lugar para existir.

A vida não usa borrachas, porque não há palavras que se apaguem, gestos que se esqueçam, sentimentos que se lavem de uma alma que regista ponto por ponto do nosso percurso. É por isto que cada momento é tão sagrado, tão único e ao mesmo tempo tão cheio de possibilidades. Porque independentemente do que passou, a alma permanece e, num renascimento eterno, ganha forças para recriar uma nova aventura.

A vida não usa borrachas, e talvez esse seja o maior presente que nos pode dar a vida. De outra maneira, que importância daríamos a este momento, a esta pessoa que está ao lado, a este riso ou a esta lágrima, se tudo fosse tão facilmente apagado como uma marca na areia, pelo vento?

As borrachas são os artifícios da mente, tentativas de fugir à responsabilidade de cada acto que é nosso. Porque tudo o que se escreve é eterno. E se o homem conseguisse viver com esse cuidado, essa atenção que vem do amor e da vontade de nada ferir e de tudo fazer pelo melhor, haveriam lá guerras ou fomes, enganos ou manipulações.

A vida não usa borrachas, e um dia os escritos da vida regressam para nos abençoar ou atormentar. E nesse momento, há uma lucidez que impregna o cérebro e o coração: "E se eu escrevesse algo de diferente, desta vez?".

 

By Susana Belo

 

www.roteirodaalma.com

 

In Voz do vento...

 

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07
Abr 10

Amplie sua visão da vida

 

Louise L. Hay
Amplie sua visão da vida
Você já tem todas as respostas

 

 

Dentro de cada um de nós é um centro de sabedoria muito mais profunda e maior do que nós estamos cientes. A Meditação é projectada para nos ajudar a conectarmos a este centro e ampliar nossa compreensão da vida. Quando estamos dispostos a abrir nossa consciência para novas ideias e novas maneiras de pensar sobre questões difíceis, então nossas vidas mudam para melhor. A única meta que eu tenho é crescer continuamente para entender mais sobre a vida e como ela funciona. O que eu preciso saber, acreditar, e por exemplo, fazer com que a minha vida fluía o mais facilmente possível.


Dentro de cada um de nós reside a capacidade de contacto com a nossa fonte, e aí reside a paz que estamos todos procurando no conhecimento interior que nos dá força nestes tempos escuros. Quando podemos ver o quadro mais amplo da vida, percebemos o quão insignificante são os nossos problemas. Nós deveremos entender o ditado: "Não se preocupe com as pequenas coisas, mas é tudo as pequenas coisas."

Cada vez que dizemos: "Eu não sei", estamos fechando as portas para a nossa própria fonte infinita de sabedoria. Dentro de nós estão as respostas a todas as perguntas que você jamais vai solicitar. Nós sabemos do passado, presente e futuro. Entre nós são médiuns talentosos, e se uma pessoa pode fazer algo, todos nós podemos fazê-lo. Nós todos temos o potencial para ver mais, saber mais, entender mais, e imaginar o maior retrato da vida. Lembre-se, no vasto infinito da vida, tudo é perfeito, inteiro, completo e ...  e você também. by Louise L. Hay

 

Tenho pautado neste Blog pela partilha de palavras, de histórias e de passagens de vida, e este momento, não o poderia deixar de o fazer pautado com o objectivo primordial do Blog.   O texto surge no momento e do qual não poderia deixar de assinalar o dia que o insiro. Na verdade, em todos nós reside as respostas de todas as perguntas sobre o nosso passado, o nosso presente e a projecção que pretendemos para o futuro. Reside em nós o potencial de excelência. Atingi o meu ponto áureo ao confrontar com o passado e ou com as pessoas que pertencem ao meu passado pelas situações, pelos acontecimentos menos bons, pelas perdas que eventualmente surgiram com os actos menos adequados, nada servirá de desculpas, não foram bem encaminhadas por incapacidade e a ruptura ocorreu em todos os aspectos de uma vida sendo que reflectiu em inúmeras vidas dependentes. O que fazer, o quê, quando e como? Eis as questões a colocar? E a resposta é que já tenho todas as respostas dentro de mim.

 

 

http://oqueavidanosreserva.files.wordpress.com/2009/04/destino_mar1.jpg

 

Voz do vento...

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sinto-me: Inspiração
27
Mar 10

A Oitava Revelação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Primeira introspecção... A MASSA CRÍTICA

 

 

Um novo despertar espiritual está ocorrendo na cultura humana, um despertar trazido por uma massa crítica de indivíduos que experimentam as suas vidas como um desdobramento espiritual, uma viagem na qual somos guiados por coincidências misteriosas.

 

 

A Segunda Revelação... O LONGO AGORA

 

Este despertar representa a criação de uma visão nova e mais completa, que substitui um de quinhentos anos de idade, a preocupação com a sobrevivência e o conforto secular. Embora esta preocupação tecnológica for um passo importante, nosso despertar para as coincidências da vida está nos abrindo para o verdadeiro propósito da vida humana neste planeta, e da verdadeira natureza do nosso universo.



A Terceira Revelação... UMA QUESTÃO DE ENERGIA

Temos agora a experiência que nós não vivemos num universo material, mas em um universo de energia dinâmica. Tudo é um campo de energia sagrada que podemos sentir e intuir. Além disso, nós humanos podemos projectar nossa energia focalizando nossa atenção na direcção desejada... onde vai a atenção, os fluxos de energia... influenciando outros sistemas de energia e aumentando o ritmo de coincidências nas nossas vidas.


A Quarta Revelação... A LUTA DE PODER

Demasiadas vezes os seres humanos foram da grande fonte de energia e sentem-se fracos e inseguros. Para ganhar energia, tendemos a manipular ou obrigar os outros a dar-nos a atenção e, assim, energia. Quando conseguimos dominar os outros desta forma, nos sentimos mais poderosos, mas eles ficam enfraquecidos e, muitas vezes revidar. A competição pela energia humana é a causa de todos os conflitos entre as pessoas.


A Quinta Revelação... A MENSAGEM DOS MÍSTICOS

A insegurança e a violência terminam quando experimentamos novamente uma ligação interior com a energia divina, uma ligação descrita pelos místicos de todas as tradições. A sensação de leveza - boiar - juntamente com a sensação constante de amor são medidas desta ligação. Se estas medidas estiverem presentes, a ligação é real. Se não, é apenas fingida.


A Sexta Revelação... COMPENSAÇÃO DO PASSADO

Quanto mais se permanecer ligado, mais estamos conscientes desses momentos em que perdemos a ligação, geralmente quando estamos sob stress. Nestes tempos, podemos ver nossa própria maneira particular de roubar energia dos outros. Uma vez que nossas manipulações são trazidas à consciência pessoal, a nossa ligação torna-se mais constante e podemos descobrir o nosso caminho de crescimento na vida, e nossa missão espiritual - a forma pessoal como podemos contribuir para o mundo.


A Sétima Revelação... ENTRANDO NA CORRENTE

Conhecer nossa missão pessoal aumenta ainda mais o fluxo de coincidências misteriosas enquanto somos guiados em direcção ao nosso destino. Primeiro, temos uma questão, depois sonhos, devaneios e intuições que nos conduzem as respostas, que normalmente são dados sincronizadamente pela sabedoria de outro ser humano.


A Oitava Revelação... A ÉTICA INTERPESSOAL

Podemos aumentar a frequência de coincidências orientadoras enaltecendo cada pessoa que entra em nossas vidas. Cuidados devem ser tomados para não perdermos a nossa ligação interior nos relacionamentos amorosos. Enaltecer os outros é especialmente eficaz em grupos onde cada membro pode sentir a energia de todos os outros. Com crianças, é extremamente importante para a sua segurança e crescimento. Ao ver a beleza em cada rosto, nós os outros com o seu eu mais sábio e aumentar as chances de ouvir uma mensagem sincronizada.


A Nona Revelação... EMERGENTES DA CULTURA

Como todos nós evoluímos para uma maior realização de nossas missões espirituais, os meios tecnológicos de sobrevivência vão ser totalmente automatizados como concentração humana em vez de crescimento sincronizado. Tal crescimento vai mover os humanos para estados mais elevados de energia, transformando nosso corpo numa forma espiritual e unindo esta dimensão de existência com a dimensão pós-vida, encerrando o ciclo de nascimento e morte.


A Décima Revelação... REALIZAÇÃO DA VISÃO

A Décima Revelação é a compreensão de que toda a história os seres humanos lutaram inconscientemente para implementar esta espiritualidade vivida na Terra. Cada um de nós vem aqui em missão, e como nós puxar consciência deste entendimento, podemos lembrar uma visão completa do que pretendíamos atingir com as nossas vidas. Além disso, podemos lembrar uma visão de mundo comum de como vamos todos trabalhar juntos para criar uma nova cultura espiritual. Sabemos que nosso desafio é reter esta visão com intenção e oração diária.


A Décima - Primeira Revelação... PRORROGAÇÃO DE CAMPOS DE ORAÇÃO

A Oitava Revelação é o método preciso através do qual nós retemos a visão. Durante séculos, as escrituras religiosas, poemas e filosofias apontaram para um poder latente da mente dentro de todos nós que misteriosamente contribui para afectar o que ocorre no futuro. Tem sido chamado de poder da fé, pensamento positivo, e o poder da oração. Estamos agora a tomar o poder a sério o suficiente para trazer um conhecimento mais completo do que à consciência pública. Estamos descobrindo que este poder da oração é um campo de intenção, que se move para fora de nós e pode ser alargado e reforçado, especialmente quando nos relacionamos com os outros em uma visão comum. Este é o poder através do qual nós retemos a visão de um mundo espiritual e construir a energia em nós e nos outros para tornar esta visão uma realidade.

 

© James Redfield 2010 - All Rights Reserved

 

Voz do vento ...


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sinto-me: na procura no Agora
música: Procuro Um Sinal De Ti - Irmãos Verdades
05
Mar 10

Eliminação da desordem – “Clearing Your Clutter”

 

 

Eliminação da desordem – “Clearing Your Clutter”


by Louise L. Hay


Quanto tempo faz que você limpou seu armário? A maioria de nós acumula os  armários com roupas e apetrechos que existia em nossas vidas em um ponto ou outro, e muitos desses itens foram totalmente esquecidos. Em nossa sociedade, o vestuário é moda, portanto, tem um reinado temporário em nossas vidas. Nós adicionamos uma coisa depois da outra, e depois reclamam que não há mais espaço nos armários. Acrescentamos nós, mas nós nos esquecemos de como subtrair somamos.

Nossos armários podem ser considerados símbolos de nossas mentes. Um armário desordenado poderia significar uma mente desordenada. Essa mesma teoria pode ser aplicada a gavetas da nossa cómoda (ou até mesmo às gavetas da nossa mesa) - o mais especial está na gaveta do topo, e muitas vezes na gaveta do fundo.


Recentemente, mudei, e este foi um momento maravilhoso para limpar os armários. Um bom exercício é para limpar um armário e ao fazê-lo, dizer para si mesmo: Estou a limpar os armários de minha mente.
Tire tudo do armário. Analise cada peça e pergunte: "Será que esta peça ainda é útil?" Ou, "Tenho utilizado esta peça nos últimos seis meses ou anos?" Eu tenho que manter essa peça já gasta, porque tenho medo de não ser capaz de substituí-la? "

A fim de dar espaço para o novo (se é a roupa nova ou novos pensamentos e ideias), que deve liberar os antigos e os desgastados. Isto é verdade para itens físicos, bem como ideias mentais.


Eu ao remexer no meu armário a cada seis meses ou mais, e qualquer coisa que eu sei que não vou usar novamente ou é vendido ou enviado para as lojas do thrift, ou dou-lhes distância. Não é mais útil para mim e está ocupando espaço precioso. A blusa que eu estava apaixonado há três anos atrás, agora é uma cor que eu não gosto. Eu quero mantê-la em torno da possibilidade de que eu possa precisar um dia? Not at all! Estou bem consciente de que sempre vou poder comprar uma camisola nova quando eu precisar.


Eu cresci durante a depressão dos anos 1930 em extrema pobreza. Então após muitos anos pode perceber e aceitar que eu era a única pessoa responsável no meu mundo para a minha falta de prosperidade.

 


Veja como você está sentindo quando você estiver limpar os armários, esta semana. Você está fazendo isso com alegria e expectativa do espaço que você está permitindo que em sua vida, ou você está preso no sistema mental de "não ter" escárnio e descrença em que a abundância do Universo está disponível para todos, incluindo você?

Afirmar: o oceano da vida é pródigo com abundância. Sempre que eu precisar de alguma coisa, eu sei que vai ser prestado.

 

 

 

 

The Ocean of Life is lavish with abundance. Whenever I need anything, I know that it will be provided. (Original)

 

 

 

 

Voz do vento...

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11
Fev 10

Amei-te e por te amar...

 

 

 

 

 

Amei-te e por te amar
Só a ti eu não via...
Eras o céu e o mar,
Eras a noite e o dia...
Só quando te perdi
É que eu te conheci...

Quando te tinha diante
Do meu olhar submerso
Não eras minha amante...
Eras o Universo...
Agora que te não tenho,
És só do teu tamanho.

Estavas-me longe na alma,
Por isso eu não te via...
Presença em mim tão calma,
Que eu a não sentia.
Só quando meu ser te perdeu
Vi que não eras eu.

Não sei o que eras. Creio
Que o meu modo de olhar,
Meu sentir meu anseio
Meu jeito de pensar...
Eras minha alma, fora
Do Lugar e da Hora...

Hoje eu busco-te e choro
Por te poder achar
Não sequer te memoro
Como te tive a amar...
Nem foste um sonho meu...
Porque te choro eu?

Não sei... Perdi-te, e és hoje
Real no [...] real...
Como a hora que foge,
Foges e tudo é igual
A si-próprio e é tão triste
O que vejo que existe.

Em que és [...] fictício,
Em que tempo parado
Foste o (...) cilício
Que quando em fé fechado
Não sentia e hoje sinto
Que acordo e não me minto...

[...] tuas mãos, contudo,
Sinto nas minhas mãos,
Nosso olhar fixo e mudo
Quantos momentos vãos
Pra além de nós viveu
Nem nosso, teu ou meu...

Quantas vezes sentimos
Alma nosso contacto
Quantas vezes seguimos
Pelo caminho abstrato
Que vai entre alma e alma...
Horas de inquieta calma!

E hoje pergunto em mim
Quem foi que amei, beijei
Com quem perdi o fim
Aos sonhos que sonhei...
Procuro-te e nem vejo
O meu próprio desejo...

Que foi real em nós?
Que houve em nós de sonho?
De que Nós fomos de que voz
O duplo eco risonho
Que unidade tivemos?
O que foi que perdemos?

Nós não sonhamos. Eras
Real e eu era real.
Tuas mãos - tão sinceras...
Meu gesto - tão leal...
Tu e eu lado a lado...
Isto... e isto acabado...

Como houve em nós amor
E deixou de o haver?
Sei que hoje é vaga dor
O que era então prazer...
Mas não sei que passou
Por nós e acordou...

Amamo-nos deveras?
Amamo-nos ainda?
Se penso vejo que eras
A mesma que és... E finda
Tudo o que foi o amor;
Assim quase sem dor.

Sem dor... Um pasmo vago
De ter havido amar...
Quase que me embriago
De mal poder pensar...
O que mudou e onde?
O que é que em nós se esconde?

Talvez sintas como eu
E não saibas senti-o...
Ser é ser nosso véu
Amar é encobri-o,
Hoje que te deixei
É que sei que te amei...

Somos a nossa bruma...
É pra dentro que vemos...
Caem-nos uma a uma
As compreensões que temos
E ficamos no frio
Do Universo vazio...

Que importa? Se o que foi
Entre nós foi amor, Se por te amar me dói
Já não te amar, e a dor
Tem um íntimo sentido,
Nada será perdido...

E além de nós, no Agora
Que não nos tem por véus
Viveremos a Hora
Virados para Deus
E n’'um (...) mudo
Compreenderemos tudo.

Fernando Pessoa

Voz do vento ...

publicado por Voz do vento às 22:36 | comentar | favorito
02
Fev 10

A maior Solidão é a do ser que não Ama

 

A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.

A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.

O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.

 

 

                                                                               

 

 

Vinícius de Moraes

Voz do vento...

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31
Jan 10

“ A Grande Riqueza dos Pobres”

 

 

 

 

 

Quem sabe se a sua vestimenta dizia o que a sua alma queria reflectir…

“ A Grande Riqueza dos Pobres”

 

 

O seu esforço foi apoiado por muitos

Ao ponto de conseguir triunfar pela via da paz.

…Aprendamos a orar como ele…

 

 

Meu Senhor...

 

 

...Ajuda-me a dizer a verdade diante dos fortes e a não dizer mentiras para ganhar o aplauso dos débeis

Se me dás fortuna, não me tires a razão.

Se me dás êxito, não me tires a humildade.

Se me dás humildade, não me tires a dignidade.

Ajuda-me sempre a ver a outra face da medalha,

não me deixes culpar de traição a outrem por não pensar  como eu.

Ensina-me a querer aos outros como a mim mesmo.

Não me deixes cair no orgulho se triunfo, nem no desespero se fracasso.

Mas antes recorda-me que o fracasso é a experiencia que precede o triunfo.

Ensina-me que perdoar é um sinal de grandeza e que a vingança é um sinal de franqueza.

Se me tiras o êxito, deixa-me forças para aprender com o fracasso.

Se eu ofender a alguém, dá-me energia para pedir desculpa e se alguém me ofende, dá-me energia para perdoar

Senhor...se eu me esquecer de ti, nunca te esqueças de mim!

                                                                                        मोहनदास करमचंद गाँधी

 

                                                                                  em hindu : Mahatma Gandhi

 


VIda  de Mahatma Gandhi

Porbandar, 1869-Nova Deli, 1948  

Político e líder independentista indiano. Procedente de uma família de comerciantes ricos, estuda Direito em Inglaterra. Após obter o título académico instala-se na África do Sul, dedicado aos negócios familiares. A discriminação de que são objecto os indianos desperta nele a consciência social e organiza um movimento para lutar contra as desigualdades.    

Em 1915 regressa ao seu país e funda o Congresso Nacional Indiano para lutar pela independência. Durante a Primeira Guerra Mundial interrompe as suas actividades políticas, mas em 1920, ao verificar que a Grã-Bretanha se nega a qualquer tipo de reforma, elabora um programa que preconiza a luta não violenta, a desobediência civil e o boicote aos produtos britânicos. Graças a este programa, o independentismo recupera enorme força. Encarcerado em 1922, é libertado dois anos depois mercê da enorme pressão popular e internacional. Até 1940 Gandhi está confrontado com a política colonialista da Grã-Bretanha, é encarcerado várias vezes e protagoniza diversas greves de fome.

 

Voz do vento...

 

 

 

publicado por Voz do vento às 23:03 | comentar | favorito
sinto-me: Vigilante
20
Jan 10

"A FELICIDADE ESTÁ NA JORNADA ..."

 

 

 

O filme: “O poder além da vida”, propõe uma reflexão interior, partindo do princípio de que a força de vontade, a fissura em determinado objectivo por mais inatingível que pareça, pode ser alcançado, basta acreditar e lutar sem fraquejar.
A força interior demonstrada através do personagem principal
(Nick Nolte), representa-se com nome de “Sócrates”, o suposto homem sábio, mais velho, que é a caricatura do próprio personagem "Dan Millman" (Scott Mechlowicz), porém mais experiente, como acredita-se que será no futuro.
O Sócrates, o EU MAIOR do personagem, faz ele acreditar no poder do pensamento e mostra-se decisivo para que o personagem ganhe o tão sonhado troféu.

O Filme tem muito a ver com o meu modo de ver o mundo e a maneira como as coisas acontecem e as diferentes proporções que estas tomam. Baseado em uma história real, "O PODER ALÉM DA VIDA" é sem dúvidas um dos melhores filmes que já assisti. Vale muito a pena!!!

ALGUMAS FRASES DO FILME:

“Todos lhe dizem o que fazer e o que é bom para você. Não querem que você encontre suas próprias respostas. Querem que você acredite nas respostas deles. Pare de escutar os outros e ouça o que tem no seu interior.”



“As pessoas temem o que há por dentro. Mas é o único lugar onde encontrarão respostas”.

“As pessoas não são o que elas pensam, acham que são e depois ficam desapontadas.”



“O hábito é um problema. Só precisa estar consciente de suas escolhas e ser responsável por seus actos.”

“Retire seu lixo mental. Ele atrapalha o que realmente importa: o aqui e agora.”

“Não existe tristeza na morte, há tristeza em quem não aproveita a vida."

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"Pode-se passar a vida toda sem nunca acordar."

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"A mente só serve para dar reflexo, reage a tudo, enche sua cabeça com milhões de pensamentos todos os dias, nenhum deles revela mais sobre você do que uma pinta no seu nariz."

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"As pessoas mais difíceis de serem amadas, normalmente são as que mais precisam de amor."

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"A FELICIDADE ESTÁ NA JORNADA E NÃO NO DESTINO."

 

 

 

publicado por Voz do vento às 22:30 | comentar | ver comentários (1) | favorito
12
Jan 10

PARE DE CORRER PARA COMEÇAR A VIVER

 

 

 

     Pergunte a qualquer pessoa do seu trabalho ou amigos se eles estão tranquilos ou se estão cheios de coisas para fazer. É raro encontrar alguém que responda que está tranquilo, sem muita coisa. Nossa sociedade está viciada em ficar ocupada. Estamos sempre ocupados a todo momento, cheios de coisas pendentes, correndo de um lado para o outro, abarrotados de e-mails para ler, etc.

 

     Estamos sobrevivendo tão freneticamente que não percebemos que estamos deixando de lado as coisas que realmente precisam ser vividas. Os anos passam, mas não conseguimos sair desse circulo vicioso da pressa, do urgente, do “prá ontem”.

     O problema é que nesse turbilhão de coisas, a maioria das pessoas não consegue alcançar aquilo que quer de verdade. O problema de raiz, é que elas não alcançam seus objectivos, porque não sabem de verdade o que querem alcançar. A falta de clareza gera uma série de opções e decisões erradas. Roda-se em círculos, fica-se paralisado e nunca consegue usar todo seu potencial na busca daquilo que você realmente deseja.

    É duro pensar nisso, mas é uma realidade. Lembro-me de um ano na minha vida, após o falecimento de um querido sócio, em que vivi exactamente o filme acima. Um ano perdido, sem sair do lugar, sem realizações, cheio de oportunidades que não deram em nada, muita esperança e pouca efectividade, muito trabalho e pouco resultado.

 

 

     No final daquele ano, uma amiga fez uma pergunta que me ajudou. Ela simplesmente disse: “você perdeu seu fogo, sua paixão. Você precisa reencontrá-la e quando achar fazer cada dia ser um pedaço dessa realidade. Pelo que você é apaixonado por fazer?” Eu não sabia a resposta na hora, mas pouco tempo depois encontrei.
     Você já parou para pensar sobre o que realmente gosta, pelo que realmente é apaixonado? Experimente fazer uma lista de 10 coisas pelas quais você é apaixonado, que gostaria de estar vivendo (mesmo que não tenha, mas pense em algo que gostaria de ter). Pode ser, por exemplo: passar tempo com sua família (filhos, pais, etc), viver uma vida de forma abundante e próspera financeiramente, ser reconhecido pela sua competência e talentos na sua profissão, viajar e se divertir com seus amigos, etc.

     Da sua lista de 10 coisas que ama fazer ou que gostaria de estar vivendo, faça o ranking das 3 mais desejadas. Se for viável, pense em alguma actividade que possa entrar na sua agenda nas próximas duas semanas e agende-se para fazer algo.
     Sua lista de paixões dá um sinal e ajuda a complementar a pergunta essencial que você deve fazer a si próprio, constantemente para ter mais tempo: O que é realmente importante na minha vida e como posso viver por isso nos próximos meses?

     Se você só ficar correndo, nunca vai conseguir parar e entender as coisas que realmente gosta. E vai sempre reclamar que o tempo passa rápido demais. Nesse caso, lembre-se que o tempo físico não mudou quase nada nos últimos séculos, mas que talvez você seja um “atleta do tempo” e nem percebeu.

     Pare, ande e pense como viver pelas suas verdadeiras paixões.

    Ou melhor, por que não reservar umas horas com o seu próprio EU. Marque uma reunião formal na sua agenda para estar consigo mesmo. E nesse momento seria um tempo que dedicava a fazer algo que o seu EU quisesse ou gostava. É uma óptima sugestão, deveria experimentar.

A vida passa rápido demais para quem vive a correr.

                                  

                                                                        In www.triadedotempo.com.br

Voz do vento em partilha de emoções ...

 

publicado por Voz do vento às 17:28 | comentar | favorito
sinto-me: I Gotta Feeling
música: I Gotta Feeling - Black Eyed Peas
09
Jan 10

Amizade...

 

 

 

 

 

A “amizade” escreve-se com letra Maiúscula

É um sentimento que não censura,

A verdade que se apura,

“Amizade” verdadeira que sempre perdura.

                         

                                ( jovem autor  de 14 anos)

 

Em partilha Voz do vento ...

publicado por Voz do vento às 14:47 | comentar | favorito
31
Dez 09

“VOEM JUNTOS...MAS JAMAIS ATADOS"...

 

 

 

 


 

Conta uma velha lenda dos índios Sioux, que uma vez chegaram até á tenda do velho bruxo da tribo, de mão na mão, touro Bravo, o mais valente e honrado dos jovens guerreiros, e Nuvem Azul, a filha do cacique e uma das mais formosas mulheres da tribo...

-Amamo-nos - Começou o jovem.
-E vamo-nos casar...disse ela, e queremo-nos tanto que temos medo...queremos um feitiço, um conjuro, ou um talismã...algo que nos garanta que podemos estar sempre juntos...que nos assegure que estaremos um ao lado do outro até encontrar a Morte.
-Por favor..., repetiram - há algo que possamos fazer?
O velho olhou-os e emocionou-se ao vê-los tão jovens...tão enamorados...e tão ansiosos esperando as suas palavras..
-Há algo...disse o velho, - mas não sei...é uma tarefa muito difícil e sacrificada...
-Nuvem Azul...disse o bruxo - vês o monte ao norte da nossa aldeia? deves escalá-lo só e sem armas para além de uma rede e tuas mãos...deverás caçar o falcão mais formoso e vigoroso do monte...se o apanhas, deves trazê-lo aqui com vida ao 3º dia após a lua cheia...compreendes-te?
-E tu, touro Bravo..,continuou o bruxo - deverás escalar a montanha do trono...quando chegues lá a cima, encontrarás a mais brava de todas as águias, e só com tuas mãos e uma rede, deverás apanhá-la sem a ferir e trazê-la ante mim, viva...no mesmo dia em que virá Nuvem Azul...
-Saiam agora!

Os jovens abraçaram-se com ternura e logo partiram para cumprir a missão encomendada...ela para norte e ele para sul.
No dia estabelecido frente á tenda do bruxo, os jovens esperavam com as bolsas que continham as aves solicitadas.
O velho pediu-lhes que com muito cuidado, as tirassem das bolsas..eram exemplares verdadeiramente formosos...
-E agora que faremos...- perguntou o jovem - matamo-los e bebemos a honra de seu sangue?
-Não - disse o velho
-Cozinhamo-los e comeremos o valor de sua carne? - propôs a jovem
Não,repetiu o velho,farão o que vos digo: segurem as aves e atem-nas entre si pelas patas com estas tiras de couro.. quando estejam atadas, soltem-nas e que voem livres....
O guerreiro e a jovem fizeram o que se lhes pedia e soltaram os pássaros...a águia e o falcão tentaram levantar voo mas só conseguiram rebolar pelo solo. Uns minutos depois, irritados por sua incapacidade, as aves começaram a picar-se e a ferir-se...

ESTE É O CONJURO

Jamais esqueçam o que viram...são vocês como a águia e o falcão...se se atam um ao outro, ainda que o façam por amor, não só viverão arrastando-se...como para além disso, mais tarde ou mais cedo, começarão a ferir-se um ao outro... Se querem que o vosso amor perdure..."VOEM JUNTOS...MAS JAMAIS ATADOS".

Voz do vento...

 

publicado por Voz do vento às 20:13 | comentar | favorito
sinto-me: Inspirado
25
Dez 09

E AINDA NÃO ENCONTREI O QUE PREGUEI

 

 


E AINDA NÃO ENCONTREI O QUE PREGUEI


 

Eu caminhei de um lado a outro…

Atravessei continentes…

Procurei nas aldeias distantes…

E também no centro das metrópoles…

 

Mas ainda não encontrei o que preguei…

 

Procurei no sorriso da criança…

Ou na consciência do adulto…

Em cada vulto… Um indulto…

Uma esperança…

 

Mas ainda não encontrei o que preguei…

 

Viajei… Naveguei…

E novamente solucei…

Pelo que não encontrei…

Uma paz em uníssono…

 

E ainda não encontrei o que preguei…

 

Voltei em silêncio…

Vi tantas guerras… Tanto calafrio…

Tanta morte anunciada em vida…

Vestida de Midas…

 

E ainda não encontrei o que preguei…

 

Vasculhei as cidades…

Vi tanta desigualdade…

Mesas cheias, frutas importadas…

Árvores coloridas, tão iluminadas…

Enquanto em tantas casas falta

O pão de cada dia…

Morrendo de fome tantos Josés e Marias…

 

E ainda não encontrei o que preguei…

 

Percorri todos os distritos…

Vi crianças pedindo esmolas…

Crianças sem escolas…

Rostos contritos… Pais aflitos…

 

E ainda não encontrei o que preguei…

 

Procurei por todas as ruas…

Vi tantas almas nuas…

Adolescentes drogados, abandonados…

Idosos nas calçadas jogados…

E ainda não encontrei o que preguei…

 

Fotografei cada coração…

No lugar da alegria e do perdão

Só enxerguei mágoa e tristeza…

Vi muita dureza e aspereza…

 

E ainda não encontrei o que preguei…

 

Ainda não encontrei o que procurei…

Um eco constante a cada ano…

Que ressoa aos meus ouvidos…

Vem-me o desânimo…

 

Os ideais de fraternidade…

Irmãos dêem-se as mãos…

Não fiquem na contramão do amor…

Semeando angústia e dor…

 

Porque o que preguei…

 

Foi à festa da libertação…

A igualdade entre os homens

Sem discriminação…

O direito à vida…

 

Toda gente por mim foi redimida!

 

Porque o que preguei…

 

Foi o direito a conscientização…

A luta para extinguir o mal…

E o desejo de um mundo ideal…

 

Porque o que preguei…

 

Foi o grito de protesto a opressão…

O dia a dia lutando com ardor…

Para a morte da miséria…

Para a ressurreição do amor…

 

Eu preguei a paz… O respeito… O amor…

 

E como nada disso

Entre os homens encontrei…

Continuo procurando o que preguei…


 

Carmen Cecília & Carmen Vervloet

 

Voz do vento ...

publicado por Voz do vento às 14:06 | comentar | favorito
sinto-me: Happy and in peace...
01
Dez 09

Nem tudo é fácil

                                                                                       in  Paul Boese

Nem tudo é fácil

É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!!

                                                      (autora Cecília Meireles)

publicado por Voz do vento às 22:22 | comentar | favorito
sinto-me:
música: ....
13
Nov 09

Ser sábio....

"Ser sábio não quer dizer ser perfeito, não falhar, não chorar e não ter momentos de fragilidade. Ser sábio é aprender a usar cada dor como uma oportunidade para aprender lições, cada erro como uma ocasião para corrigir rotas, cada fracasso como uma chance para ter mais coragem."

"Não tenha medo de olhar dentro de si e reconhecer que você não é o super-homem ou a super mulher, mas um ser humano normal que tem momentos vacilantes e reacções incoerentes."

"O perdedor erra e volta atrás, o vencedor erra e começa tudo de novo."

                                                                   (autor  Byron H Cordon G)

 

A verdade de pequenas palavras interiores, que nos permite atingir a plenitude da nossa essência como aprendizes na caminhada que é a VIDA. Cada gesto, cada atitude poderá fazer a diferença perante nós mesmos e perante os outros.

Parafraseando Voz do vento…

publicado por Voz do vento às 22:37 | comentar | favorito
09
Out 09

"Quando eu te falei em Amor"

 

 

Encerra na melodia a maior verdade de uma história que poderá ser a minha como a de qualquer um de nós.

 

Voz do vento...

publicado por Voz do vento às 21:40 | comentar | favorito
sinto-me: com Identidade ...
música: "Quando eu te falei em Amor" - Andre Sardet
02
Out 09

4 Maneiras de descobrir quem você é ?

 

Traga os seus sonhos para a vida, prosseguindo o que você está realmente apaixonada.

 

 

 

 

 

 

 

 

By Sandra Magsamen

4 Maneiras de descobrir quem você é:

Aqui não há grandes segredos para tornar seus sonhos realidade e fazer o que você está apaixonada. Mas há três ingredientes encontrados em cada sonho realizado. Eles são:·
* A crença em si mesmo e em seu sonho
* Uma dose de empilhamento da paixão e da imaginação
* Um monte de trabalho duro
Siga as seguintes etapas para perseguir o que você está apaixonada:

Passo 1: Identificar a sua paixão

Primeiro você deve articular e identificar o que você está apaixonada. Sonho que é que você quer fazer, para ter, dar, de ser. Você deve acreditar totalmente nesta paixão. Eu sei que isso soa como um acéfalo, mas você seria surpreendido por quantas pessoas me escrevem e dizem que o sonho de ter um negócio de cerâmica. E quando eu pedir mais detalhes, como que tipo de cerâmica? O que lhe parece? Onde eles vão vendê-lo? O que o torna excepcionalmente deles? Eles não têm ideia. Eles não têm sonhado seu sonho.

É essencial para visualizar, ver, definir, redefinir e ser específico sobre a sua paixão. Use sua imaginação e sonhar, sonhar, sonhar. Criar um diário de sonhos, e preenchê-lo com tantos detalhes e informações específicas sobre a sua paixão como você pode. Não se preocupe se você ainda não sabe o que suas paixões podem ser. Como você cria o seu jornal, sua verdadeira paixão começará a se revelar.

Pergunte a si mesmo estas perguntas e resposta em longas listas:
* O que eu amo?
* Quais são meus sonhos?
* Se eu pudesse fazer qualquer coisa, o que eu faria?
* O que me importa?
* O que eu devo acreditar?
* O que me traz alegria?
* O que eu acho bonito?
* Quem sou eu?
* Como eu quero passar o meu dia?
* Onde eu quero viver?
* Quem eu quero estar por perto?
Fique a conhecer a si mesmo, a honra a si mesmo, cuidar de si mesmo. Temas começarão a aparecer, e sua paixão surgirá sentir respeitada e cuidada, se você tomar o tempo para fazer amizade com ele.
* Certifique-se de jóias que você quer ser um designer de jóias. Encontrar toneladas de fotos ou desenho que você acha que é bonita.
* Cortar imagens de uma revista, se você quer construir sua casa de sonho e fazer um livro repleto de que sua casa vai ficar.
* Faça bolos, decora-los e comê-los, se você quer ser um designer de bolo de casamento. Pesquisar, criar e salvar as receitas, e fotografar cada bolo que você faz
* Escrever poemas, se você quer ser um poeta. Sonho onde você deseja publicar, o que a capa do seu primeiro livro se parece e veja-se, aquando da assinatura do livro.
* Se você quer começar uma organização sem fins lucrativos para crianças, em seguida, fazer um trabalho com crianças e descobrir o trabalho que você realmente quer fazer.
Use sua imaginação para criar um sonho que homenageia você, suas crenças, desejos e anseios de sua vida.

Etapa 2: Criar uma Declaração de Missão


Não se preocupe, sua declaração de missão pode mudar o seu sonho ou mudanças paixão e cresce. Isso não é gravada na pedra, você pode rever o plano de novo e de novo até que o sonho se torne realidade.
Criar o seu sonho é uma viagem que pode demorar um dia, uma semana, um mês, um ano ou uma vida. Uma vez que você é claro sobre o que você quer realizar, por escrito uma declaração de missão ajudará a definir, articular e solidificar a sua ambição e paixão.
A minha declaração sonho lê: "Meu sonho é muito simples para criar produtos e ideias partes que celebram as pessoas e os momentos que tornam a vida um dom".
Realmente sentar e escrever e reescrever uma declaração de missão até que ele reflecte o que está em seu coração. Esta actividade será tanto divertido e desafiador. Leve o seu tempo em começar a sua declaração para realmente reflectir o que está em seu coração. Esta actividade irá insistir para que ser específicos e para definir o seu sonho.

Passo 3: Escreva um plano passo-a-passo


Seja criativo e colocar a sua própria rotação sobre o trabalho. Use sua imaginação e fazer desta a sua própria. Divirta-se, explorar e abraçar as infinitas maneiras que existem para fazer a sua paixão em uma realidade.
Eu queria fazer e vender coisas que a vida das pessoas tocadas e corações. Então eu tive a primeira ...
* Aprenda a fazer cerâmica bem.
* Criar e desenvolver um olhar que era exclusividade minha e fazer uma colecção para oferecer.
* Procure por pontos de venda e aprender como mostra de artesanato e atacado trabalhou.
* Aprenda o suficiente sobre o negócio para entrar em meu primeiro show.
Se você precisa aprender uma habilidade ou compreender um modelo de negócio, ter uma aula, pedir emprestado um livro da biblioteca ou tornar-se um estagiário com um mestre.

Investigação da área de seu sonho, tanto quanto possível. Há um velho ditado que eu repito para mim mesmo em tempos de pesquisa e preparação: "Falha ao se preparar, prepare-se para falhar". Esta pequena frase lembra-me a fazer o trabalho que eu preciso fazer para movimentar o meu sonho para a frente.

Passo 4: Coloque seu plano em acção


Isso é onde o trabalho aparece, você tem de trabalhar através de seu plano. Ao longo do caminho, você estará aprendendo, adquirindo conhecimento, chegar aos mentores quando necessário e seguindo os passos do plano.
A única coisa que eu sei ao certo é que, como você trabalhar e crescer, assim será o seu plano. Muitas vezes, as pessoas cometem o erro de pensar que eles têm de parar seu trabalho, mudar a sua vida e começar de novo para tornar seu sonho realidade.
Meu conselho é para ter o seu plano e quebrá-lo em pequenos passos. Faça o que puder cada dia, o tempo de uso, mas conscientemente, para que ele se sente alegre, não apressado ou forçado.
Quando eu criei a minha empresa de cerâmica, eu trabalhava à noite e nos fins-de-semana, mantendo o meu trabalho a tempo completo por ano. Uma vez eu estava confiante que os planos de meu sonho estava trabalhando, eu estava, então, sem stress, capaz de se mover para o meu sonho de emprego em tempo integral.
Seu sonho vai levá-lo lugares que você nunca imagina quando ele toma o voo. Eu nunca sonhei com as oportunidades e as pessoas que eu iria encontrar ao longo do caminho que tem dado o meu sonho a respiração, a beleza e a vida que ela possui hoje.

Dicas para levar a sério


Algumas coisas a levar a sério ao longo de sua viagem de sonho:
* Matéria Seu sonho! Precisamos de sonhadores e sonhos que vai fazer deste mundo um lugar melhor. Tome a sério, alimentá-lo, acreditar nele e você mesmo.
* Dê-se permissão para ser você. Pare de censurar suas acções. Seja você, o único que existe.
* Lembre-se, só você pode ser você mesmo. Ninguém mais está qualificado para o trabalho. Pergunte-se: Se você não manifestar o seu sonho, quem o fará?
* Divirta-se, têm um senso de humor e ter um milhão de gargalhadas.
* Seja optimista. Abraçar uma atitude positiva, porque, como Henry Ford disse: "Se você pensa que pode ou pensa que não pode, você provavelmente está certo."
* Aproveite sua criança interior. Fazer algo novo, diferente e excitante. Olhe para a vida de um ponto de vista diferente. Sê curioso, pergunte a um trilião de perguntas e experimentar a alegria em olhar para as respostas.
* Faça novos amigos e prezamos a antiga (alguns são de prata e os outros são de ouro). Fazer e construir relacionamentos ao longo do caminho que são favoráveis e útil, para que você alcance seus objectivos.
* Deixe a criatividade ajudá-lo a resolver problemas, enfrentar desafios e tornar-se uma parte do tecido de sua vida diária.

Ser o seu sonho


Lembre-se destas nove coisas que você embarcar em sua viagem:
* Seja você: Não é apenas um de você. Você é um dom, um original, ninguém está qualificado para o emprego! Precisamos de você. Então, abraçar o mundo com seu próprio estilo genuíno, faz o seu caminho, mostra-nos uma maneira nova e deixar a sua marca no mundo.
* Acredite em si mesmo: Deixe de medo e deixar suas habilidades, talentos e ideias brilhar. Se você acredita em si mesmo, você vai fazer a coisa que você sonha fazer.
* Seja apaixonado: Vá para ele, viver a vida como é importante, colocar seu coração em tudo que fizer, sentir a vida, a vida gosto, ouvi-lo e celebrá-lo.
* Pertence: organizações, clubes e grupos cujas ideias, amizade e valores significam algo para você.
* Comece hoje: Cada dia é uma oportunidade de sonhar, de aprender algo ou descobrir algo ou algum lugar novo.
* Seja curioso: Tocar, sair em um membro, a pé uma nova maneira de trabalhar, tentar um novo alimento no jantar e continuar aprendendo e crescendo.
* Ofusque com seu sorriso e do riso. O riso é uma das férias instantâneas. Divirta-se, brincar e aproveitar a vida. Encher a sala com a luz do sol e aquele sorriso lindo, e lembre-se um sorriso é uma curva pouco que endireita tudo.
* Comporte-se como se fosse seu último dia no planeta. Viva o momento, comemorar você e as pessoas que você ama. Conecte, abraçar, dizer às pessoas que eles apreciam, dormir até tarde ou acordar cedo. Ver o sol nascer ou definir. Use os seus sentidos e gosto, ouvir e ver a beleza à sua volta.
* Torne-se o que você sonha ser. Definir metas, identificar o que interessa, o foco de onde você deseja ir e vá lá. Você está em lugar do condutor, você não é o passageiro quando se trata de seguir seus sonhos. Você está no comando, para fazer um desvio, pegue a estrada de volta, se perder ou decidir o seu sonho mudou. Só não se esqueça que você permanecer na viagem de sonho.

Texto Publicado http://www.oprah.com

publicado por Voz do vento às 22:08 | comentar | favorito
sinto-me: na descoberta...
01
Out 09

Governar a nossa vida

 

 

 

Ser donos da nossa vida...
Governar a nossa vida é ser consciente das questões e problemas que podemos controlar directamente e daqueles sobre os quais podemos influir indirectamente. Governar a nossa vida é convencer-nos de que somos os donos das nossas emoções; que podemos utilizar sempre a imaginação e criatividade que possuímos; que podemos vencer os temores; que podemos aprender a viver pela positiva...

Em suma, que podemos deixar de ser pessoas encurraladas para nos convertermos em pessoas que dirigem as próprias vidas.

 

Muitas vezes culpamos os outros, as circunstâncias, as adversidades, a vida pela nossa infelicidade. Porque não conseguimos comunicar as nossas emoções, porque deixamos que os outros controlem a nossa vida, porque nos deixamos levar em situações difíceis…No entanto, somos nós próprios os responsáveis pela nossa felicidade. Sabendo isto temos consciência que está nas nossas mãos invertermos o jogo. Isto é tomarmos as rédeas da nossa vida. Basta aprendermos a dominar o segredo das emoções e das relações humanas. Aprendermos a criar empatia com o outro e a ganhar a sua confiança.
Porque a felicidade aprende-se.

                                                                           in María Jesús Aláva Reyes

                                                  Trecho do livro "A ARTE DE ARRUINAR A SUA PRÓPRIA VIDA"

 

Voz do vento...

publicado por Voz do vento às 00:16 | comentar | favorito
sinto-me: a ver com olhos de "ver"
12
Set 09

SOIS LIVRES – co-responsavelmente...

 

 

A sua pessoa é livre para mudar. Mude o caminho que faz todos os dias. Olhe com atenção por onde passa. Repare na abóbada celeste. Olhe as pessoas que cruzam no seu caminho. Decida andar mais depressa ou mais devagar. Estabeleça uma certa rotina no seu dia-a-dia. Rompa com determinados hábitos antigos. É necessário que distinga entre rotina e estagnação. A rotina é necessária para que possamos organizar a nossa vida e ter tempo para desenvolver a criatividade e ampliar o auto-conhecimento. Na rotina pode-se ter liberdade de actuação, pois podemos fazer as mudanças necessárias em prol do crescimento pessoal sem que, seja preciso romper com tudo, apenas fazendo pequenos e importantes ajustes, ininterruptamente. Estagnação é viver na inércia, sem perspectiva de mudar, melhorar ou crescer em nenhum aspecto, seja no âmbito pessoal ou profissional. A única maneira de sair da estagnação é o rompimento drástico. A SUA PESSOA É LIVRE PARA ESCOLHER… Escolha aquilo que lhe possa fazer bem. Saiba que aceitar ou não uma situação faz parte do leque de escolhas que tem à mão. Então, sendo assim, opte pelo que lhe proporciona paz de espírito. Sempre temos escolhas! ... É necessário distinguir persistência de teimosia. Na persistência sempre existe uma meta pela qual lutamos para a alcançar. Na teimosia, simplesmente - não queremos abrir mão de algo; nem que seja de um sonho; mas apenas um sonho e não um projecto ou realidade. Para o projecto estabelecemos prioridades, metas bem definidas, empenho objectivo, disciplina e esforço contínuo na sua realização. Sonho é a fantasia e a ilusão de um desejo, sem a prática necessária para que possa acontecer. A SUA PESSOA É LIVRE PARA AMAR!... Primeiramente, ame as pessoas ampla e incondicionalmente, simplesmente, por seres humanos e almas em evolução. Inclua-se entre os seres humanos dignos de serem amados – mas, não esqueça: TODOS O SÃO!... Eleja as pessoas que lhe sejam especiais e comunique isso mesmo a elas sempre que possível. Discrimine o que cada pessoa presente na sua vida representa para a sua pessoa. Preste atenção no que cada uma delas pode oferecer-lhe e o que a sua pessoa lhes oferecerá, a cada uma delas. Nem sempre é o que esperamos, e vice-versa. É preciso distinguir as expectativas das possibilidades. O ser humano tem como tónica na sua relações ter expectativas – sempre esperam que os seus desejos sejam realizados. O que gera frustrações e decepções. Muitas vezes as expectativas são irreais – acima das possibilidades de realização; por isso, é importante estar atento às possibilidades. Estar atento às possibilidades é estar atento ao potencial do outro e da própria relação. Estar atento ao potencial do outro é conhecê-lo, é enxergá-lo como ele é realmente, e não como gostaríamos que ele fosse. Uma coisa é o que desejamos, outra coisa é o que é possível. Tudo isso é possível: somos livres para mudar, somos livres para fazer escolhas mais adequadas, somos livres para amar. Enfim, somos livres!

Evocando, como diz a sabedoria popular: Só há Liberdade com Responsabilidade,

Quando assumir responsabilidade sobre a própria vida – a sua pessoa então é verdadeiramente livre. Porquanto, a verdadeira liberdade implica auto-respeito, bem como respeito pelo outro também – pois, todos os seres humanos, o são! A verdadeira liberdade passa pela ética, na qual a sua pessoa se compromete com a sua verdade, aplicando-a na sua vida, sempre sem invalidar a verdade do outro. Ser verdadeiramente livre significa estar mais próximo de si e do outro enquanto seres humanos que somos, através de relacionamentos auto-responsáveis, autênticos e indulgentes.·
Quando temos comprometimento com a vida, com a ética e respeito, SOMOS LIVRES!·
Meditem sobre isto!·
Bem Hajam!
OM SHANTI!·
Lama Khetsung Gyaltsen
Carlos Amaral

O Autor:

 

 

 

Carlos Amaral, Venerável Lama Khetsung Gyaltsen

Mestre em Naturopatia;Especializado em Medicina Ortomolecular; Medicina Homeopática; Medicina Homotoxicológica; Medicina Ayurvédica e Tibetana;Doutorado em Religiões Comparadas e em Metafísica;Investigador em Psicologia Transpessoal & Regressão Memorial;Professor de Budismo, Meditação Tibetana, Raja-Yoga, Kryia-Yoga e Karma-Yoga; Autor e Palestrante.

 

publicado por Voz do vento às 09:37 | comentar | favorito
sinto-me: na pesquisa interior
05
Set 09

Resultado das nossas escolhas

Por que chegamos até aqui? Por que você é esta pessoa que hoje reflecte no espelho? Bem ou mal sucedida, realizada ou frustrada, com a casa cheia ou solitária? Tudo que você vê a sua volta é resultado de suas escolhas. Sim, somos responsáveis pelo que somos. Por mais que seja confortável colocar a “culpa” em alguém do lado de fora: “o Destino quis assim...”. Você vai mesmo entregar o poder sobre a sua vida para outra pessoa?

Mesmo que você acredite que “a vida” foi ingrata com você até então. Se o seu futuro será fruto do seu presente, do que você escolher exactamente agora, então você pode construir um belo amanhã, não? O passado ficou no ontem, já acabou, o futuro ainda não chegou, então o que existe é o AGORA. E o que você está fazendo? Está cultivando boas ou más sementes?

Se você quer chegar em algum lugar melhor, não adianta ficar esbracejando com os céus. A vida é matemática, se você ofertar coisas boas, receberá coisas boas. Como foi tão divulgado com “O Segredo”: que sinal você está emitindo para o Universo? É isso que ele trará de volta.

Pense o que você está fazendo com sua mente e com seu corpo. Como os está alimentando? Com bons pensamentos e uma alimentação adequada? Ou você está enchendo-os com toxinas e drogas, provenientes do desequilíbrio? Será que realmente você não consegue mudar?

São muitas questões de uma só vez. Tudo para que cada um de nós reflicta sobre como está usando o seu livre-arbítrio. Porque cada escolha que fazemos refletirá em quem nos tornaremos. E se, a vida, Deus, o Destino ou o que seja traz certas situações sobre as quais você não tem controle é justamente para possibilitar que você faça suas escolhas a partir desses momentos e cresça com eles. São presentes perfeitos para nossa evolução.

Pessoalmente, penso que tudo caminha para o Bem. E, por mais que as escolhas não sejam as mais acertadas, a princípio, a segunda chance sempre vem. Pode demorar, mas a gente aprende a lição. Se você seguir a sua Verdade, e ela sempre estará de acordo com o que for melhor para você, você sentirá que fez a escolha certa. Mesmo que outras pessoas interpretem como uma escolha errada.

Então, mãos à obra! Quem você quer ser? Que vida quer ter? Você está sendo sincero consigo mesmo? Essa é a chave. Se você se sintonizar com o melhor que há em você, fazer as mais difíceis escolhas fica muito mais fácil. No fundo, todos nós sabemos o que queremos e para onde devemos ir.

 

Voz do vento...

publicado por Voz do vento às 23:06 | comentar | favorito
29
Ago 09

Cidade dos Anjos - Linda Mensagem

 

PENSAMENTOS PARA PRATICAR TODO O ANO.

 

 

 

 

 

Voz do vento...

publicado por Voz do vento às 12:39 | comentar | favorito
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sinto-me: Inspiradora
música: Angel - Sarah Mclanchlan
27
Ago 09

Relacionamentos, uma visão espiritual

Está nas nossas mãos, abandonar conceitos antigos que nos faziam girar em torno do outro, das suas vontades, caprichos, manipulações e desejos. Enquanto não houver mudança, somos ainda eternos parasitas energéticos e emocionais numa procura constante e inconsciente de alguém que nos preencha tal como o drogado procura a sua droga.

Novas regras de relacionamento irão surgir, superadas pelas antigas tão falhadas.

Relacionamento amoroso é antes de mais connosco próprios. Para isso é importante saber quem sou ? de onde venho ? o que estou cá a fazer ? e haver espaço para auto conhecimento através da Astrologia, meditação ou qualquer tipo de actividade que mantenha o foco no próprio.

Tomar consciência do que carregamos dentro de nós. O outro é apenas um espelho das nossas sombras. As sombras brancas mostram o nosso potencial, o que de melhor trazemos mas que ainda nem sabemos, a sombra negra o que em nós precisa de cura, transformação, perdão e amor e que maior parte das vezes é inconsciente. Conseguir observar as características das pessoas que atraímos para a nossa vida é tomar consciência de quem somos e só aí poderemos saber livremente o que escolhemos vir a ser.

 

Assumir responsabilidade por todos os eventos que nos acontecem como uma segunda oportunidade que a Vida nos está a dar para que lidemos com eles de maneiras mais amorosas e criativas.

Perceber que tristeza, solidão, medo, angustia, revolta são nossas e precisam de ser honradas e limpas e não escondidas ou disfarçadas. Por outro lado, a alegria, o entusiasmo, o deslumbramento, a gratidão e a tolerância, devem existir primeiro dentro de nós e não as exigirmos de ninguém.

Relacionamentos serão o palco aberto da interacção amorosa, da expressão livre de afecto, do reconhecimento que o outro é igual a nós, que tem os mesmos dramas, inseguranças, medos e sonhos, do respeito pela liberdade dele ser como é e pela nossa liberdade de estar junto enquanto nos sentirmos bem. Humilhações, maus tratos, perdas, serão sinal de desconexão espiritual do próprio e muita falta de auto estima e valor próprio. Não haverá lugar para vitimização.

Reconhecer que a Vida não colocou amarras em ninguém e que até o casamento é uma criação do homem. Quando sentimos que a nossa história com alguém terminou devemos assumir isso e deixar o espaço e tempo que ocupámos com esse alguém, o mais limpo possível. Saber retirar as lições dessa aprendizagem.

Palavras ou esquemas mentais que envolvem manipulação, exigência, culpa, critica, orgulho, julgamento irão ser trocadas actos ou gestos de paciência, tolerância, amor, incentivo, carinho, respeito.

Vivencias de rejeição, abandono, culpa, projecções, crítica, julgamento, solidão, humilhação, traição, obsessão, cobrança são sinal de que o outro ainda é mais importante do que nós próprios. Que viramos parasitas sem perceber. Que saímos do nosso trilho e estamos a viver o trilho do outro.

 

Fidelidade ? Sim, claro ! mas primeiro a quem somos, ao que precisamos, aos nossos sonhos e principalmente a tudo o que nos faz pular o coração de alegria, entusiasmo e amor próprio. Fidelidade ao que e a quem nos faz sentir bem.

10º Liberdade, será uma palavra com novo significado. Um relacionamento será a partilha comum de dois seres que estão em pleno desenvolvimento da sua individualidade e da sua evolução espiritual. O outro será apenas alguém que nos acompanha, que nos incentiva a superar positivamente o que a Vida nos vai apresentando, que nos relembra a Luz que somos e que nos apoia nas escolhas que vamos fazendo a cada momento. A palavra companheiro/a será muito mais bonita do que marido ou esposa.

Estas regras são apenas alguns exemplos daquelas que acredito, irão fazer parte no futuro, de novas regras de conduta nos relacionamentos. Muitas mais haverá com certeza. E cada um adoptará para si próprio aquelas que mais lhe fizerem sentido e que mais paz lhe tragam a cada momento. Por enquanto e enquanto ainda esperamos essa Nova Era Relacional, comecemos aos poucos a interiorizar as mudanças que terão que acontecer para que todos comecemos a viver Verdadeiras Relações de Amor.

 

Este é apenas um humilde contributo.
Vera Correia

publicado por Voz do vento às 16:31 | comentar | favorito

O Ego e a Alma no nosso percurso

 

O Ego e a Alma no nosso percurso

Para facilitar percebermos o papel do ego, talvez seja mais fácil apenas definir o que é a alma e o que é o ego, e deixar cada um com a sua conclusão. Resumidamente, o ego é tudo o que nos obriga a esconder a nossa pureza, a nossa inocência, a nossa bondade, o amor que temos por nós e pelos outros, é o que nos impede de viver apenas o presente e de ver esse momento presente como um momento sagrado que é e não viver os medos do passado ou as ansiedades do futuro. É o que nos impede a vivencia da pura alegria e felicidade, do bem-estar incondicional e da aceitação total de todas as diferentes experiencias da matéria. O Ego é a reacção, a repetição, a não evolução, a não mudança, é o controle sobre tudo e sobre todos. É aquela parte de nós que resiste às mudanças, que não abdica da razão e que faz tudo para manter a sua zona de conforto e controle em plena segurança. Hemisfério esquerdo faz-nos identificar com o ego. Somos nós independentes dos outros sem qualquer elo energético, ilusoriamente auto-suficientes e independentes e como tal, desligados de tudo, de todos, do Todo. Todo o esforço é pouco para manter intacta a imagem e respectiva sensação de ser o melhor, para chamar à atenção. Há uma necessidade enorme do outro exterior pois é através dele que eu consigo ser grande. Tudo se passa à volta de manter um pedestal e torná-lo o mais alto possível. Mas esse pedestal tem senãos; é frágil e muito solitário. Ao ver-se e sentir-se cada vez mais sozinho, as emoções de solidão e medo começam a tomar conta. Medo que algo ou alguém possa abalar esse pequeno ser frágil no meio de um mundo gigante e aparentemente caótico. O instinto de defesa, segurança, protecção passam a ser desmedidos. Por termos consciência da fragilidade do nosso ser, colocamos máscaras que simulam uma falsa força, independência, autosustentação, segurança. Tudo e todos passam a ser uma ameaça vistos como pequenos reinos espalhados pelo mundo cada um a fazer de tudo para defender o seu castelo. Só o tempo o fará perceber o quanto esse castelo é solitário, frágil e em última instancia, ridículo. Visto de cima, todos estão num mesmo planeta. O ego insiste em criar fronteiras, defesas, a alma não vê as fronteiras e cuida de tudo e todos como se de um jardim comum se tratasse. controlar e manipular são as palavras de ordem do ego. Alma é isso que em nós sente, como diz Maria Flávia de Monsaraz, sente, intui, dá-nos a sensação de pertença à família humana, lembra-nos continuamente a importância de amar incondicionalmente, perdoar, de sentir. Faz-nos observar a magia que vem da fragilidade, da humildade e propõem-nos assumir a responsabilidade por tudo o que nos acontece. É ela que nos inspira a desistir, a ceder, a pedir desculpa, a abdicar de ter razão. A alma não tem problemas em se mostrar frágil, vulnerável, humilde. Ela sabe que sem estas características, ela se perde facilmente, e ela não se quer perder. É ela que sabe tão bem encolher os ombros quando desiste de lutar pois sabe que a luta apenas trás sofrimento. Dá-nos também a sensação da existência de algo maior do que nós, e dessa conclusão e respectivo sentimento, surge a reverência por esse algo superior.

A Alma faz-nos sentir bem quando queremos acreditar que tudo faz sentido mesmo que não aparente e quando tudo parece caótico. Ela sabe ler a linguagem do mundo como diz Paulo Coelho, e é nessa linguagem que a vida nos mostra o nosso percurso. Faz-nos acreditar e lembrar que a nossa vida tem um propósito divino. Vivemos o descanso, a paz, a aceitação, a tranquilidade de que, o que quer que estejamos a passar, faz parte de um projecto maior nem sempre entendido mas tantas vezes sentido. Sentimos que alguém está tomar conta de nós. Sentimos também claramente os laços que nos ligam uns aos outros e tomamos consciência do diferente papel que cada um tem na nossa vida. É ela que sabe ler nas entrelinhas e consegue a proeza de ler um olhar.

 

Por se manifestar no hemisfério direito ela dá-nos a capacidade de sermos criativos e de criarmos belas obras de arte que só uma alma consegue sentir, decifrar, compreender. É através da alma que manifestamos a humildade. Fluir e aceitar, são palavras de ordem.

 

Para mim o grande desafio da vida é a tomada de consciência destas duas energias em nós e de tudo o que elas nos fazem sentir. Seja a facilidade em sentir as energias e estados de espírito dos outros, seja a arrogância e incapacidade de nos fragilizarmos perante os outros, o desafio é reconhecer e aceitar as duas em nós e fazermos as pazes com elas. Mas para isso é preciso Despertar.

 

Falar em Despertar, implica que existe à partida um estado de adormecimento, um estado de não atento, de não consciente e logo de não escolha. É ainda o estado do ego. Quando Despertamos dá-se o acordar para a nossa verdadeira realidade divina, energética e espiritual. E não deixa de ser curioso que não existe povo, raça, ser humano que não sinta mais cedo ou mais tarde um apelo mais profundo por algo superior. Até os cépticos, não estão mais do que a fugir a algum tipo de memória de uma ligação complicada, dolorosa ou frustrada com o divino.

 

Diz-nos a sabedoria antiga que tudo o que chega a um limite, vira no seu contrário. Vivemos num mundo dual e por isso tanto a tristeza como a felicidade tem que coexistir. A verdadeira felicidade é o equilíbrio das duas e não a rejeição do negativo e a busca frenética pelo positivo que no fundo é o que vivemos nas sociedades ditas avançadas.

 

Acredito que começamos por viver numa escada descendente, em que nos distanciamos cada vez mais da nossa alma e do céu, em que o objectivo principal é sobreviver. É a sobrevivência do ego. É a luta, o confronto, a resistência em querer sempre mais seja a que custo for. Por ser simbolicamente uma escada descendente, ela aparentemente é fácil, mas também nos distância cada vez mais do divino. São as experiências da matéria, as vivencias emocionais mais densas. Por não ter ainda a experiência da sensibilidade, da humildade, da empatia, o relacionamento com a vida e especialmente com os outros é violento, agressivo e por isso é também o caminho das perdas, uma maneira subtil do céu nos dizer que não é por ali, que não é assim.

 

São as perdas que nos fazem parar, questionar e em casos extremos, olhar para o céu em busca de resposta e ajuda. Em busca da re-li-ga-ção.

Quando a identificação com a matéria e o ego é total ou exagerada ao ponto da pessoa perder o contacto com as suas emoções, com a sua capacidade de amar ou com a sua dificuldade em fragilizar, a Vida propõem-nos vivencias a que chamamos perdas mas que não são mais do que oportunidades disfarçadas de nos reconectarmos com a nossa essência divina e com as nossas emoções. O célebre ditado “Há males que vem por bem” é apenas a velha sabedoria a resumir este conceito.

 

Começa então a viver na escada ascendente, rumo a algo superior, mais íngreme, mais difícil mas muito mais recompensadora.

O Despertar não é mais do que a tomada de consciência de que todas as vivências que passamos fazem parte de uma evolução espiritual que está a acontecer em simultâneo com as nossas vidas terrenas. É a aceitação incondicional de tudo o que atraímos como fundamental na nossa evolução. É observar o observador, dar um passo atrás e vermo-nos a nós próprios e tomar consciência do papel que estamos a desempenhar. É a capacidade de observar que não somos vários, que somos um. Um porque partilhamos os mesmos medos, os mesmo anseios, as mesmas emoções.

 

Por exemplo: Na nossa vida terrena todos fazemos um percurso idêntico; nascemos, aprendemos, namoramos, casamos, temos filhos, trabalhamos, etc. No nosso percurso espiritual passa-se algo idêntico mas num nível interior; fazemos as experiências das várias emoções, sejam elas positivas ou negativas, fazemos a experiência do ego e normalmente mais tarde a da alma. A matéria só serve para ir buscar sensações, emoções que depois irão ser alquimizadas dentro de nós. Infelizmente não fomos ensinados a fazer esta ligação e acabamos envolvidos na matéria e a rejeitar todo o lado emocional, intuitivo e sensível.

 

Por isso o Despertar é a distancia que nos permite observar este fenómeno. Que nos permite tirar sempre uma lição das experiências vividas, que nos permite observar a tal evolução a acontecer. Despertar é também a consciência de que somos seres autónomos dentro do Todo, com a responsabilidade por nós próprios, que temos o poder da escolha, de agir de acordo com aquilo que somos e que acreditamos, do que sentimos, sem deixar que os outros ou a matéria nos desviem do nosso caminho, e, confiando que levar a cabo estas escolhas conscientes, é o caminho da abundância, mesmo que na matéria tudo indique o contrário.

Este Despertar pode acontecer por um trânsito astrológico, por uma perda, por influência de alguém que está na nossa vida, exactamente com esse propósito espiritual ou simplesmente por um apelo interior em buscar sentido para a Vida.

 

É um pouco como os jogos de playstation, quando estamos muito envolvidos com o jogo, trememos a sentir medo do “monstro” que aparece, ou podemos pular de alegria porque passamos de nível, mas quando o jogo acaba, aquele medo e aquela alegria não são a nossa realidade e nós sabemos bem separar isso. Neste caso, Despertar é voltar ao nosso “verdadeiro” eu que não é o boneco do jogo.

Quantos de nós já não sentiram vontade de fugir, desaparecer, evaporar quando os problemas apertam, as dificuldades aumentam, as perdas surgem? Muitas vezes as emoções que advêm destas situações são tão fortes que parecem insuportáveis. E são, embora a verdadeira dor tenha mais a ver com a resistência a estas mesmas situações do que aquilo que elas próprias provocam. A dor surge pela identificação do Ego com os problemas ou desafios. A Alma limita-se a aceitar tudo o que vem como aprendizado, proposta de evolução e ligação Kármica com a situação e todos os envolvidos. Ela limita-se a procurar o que está por trás do acontecimento, a lição, o Ego luta contra o acontecimento. E o acontecimento vai-se repetindo enquanto a aprendizagem por trás desse acontecimento não acontecer. E por isso nos vemos tantas e tantas vezes encalhados nas mesmas situações, com o mesmo tipo de pessoas. Assim que a aprendizagem é feita, é acompanhada da respectiva limpeza emocional ou seja, a densidade acumulada é transformada e o acontecimento exterior já não tem razão de existir e “magicamente” desaparece.

 

Não é muito difícil então de perceber qual a energia predominante no mundo, nos relacionamentos sociais, profissionais, políticos ou mesmo familiares. E também não é muito difícil de imaginar o que será este planeta quando todos conseguirmos vibrar pela alma ou que tipo de adultos teremos um dia se as nossas crianças forem educadas a saber identificar os seus egos, a honrarem as suas emoções e a assumir a responsabilidade por tudo o que lhes acontece sem jamais recorrer à culpa, ao julgamento ou à cobrança.

 

Quando despertamos custa-nos acreditar como andámos cegos durante tanto tempo, como escolhemos a violência em vez do amor em tantas situações, como todas as situações que passámos eram apenas testes à nossa capacidade de amar e por não sabermos ou acreditarmos nisto os fomos chumbando uns atrás dos outros.

 

Depois de alguns trânsitos fortes na nossa vida começamos a perceber que esta ligação à alma, este despertar para a nossa essência divina e a paz que daí advém, é a grande aventura da nossa vida e que sem isso, nada faz sentido. Mas para isso o Ego tem que morrer. Tem que se dar o Despertar. Numa época de grande consumismo, este é o maior legado que podemos deixar às nossas crianças de preferência através do exemplo próprio.

Fonte:

Vera Correia – Terapia da Alma

 

publicado por Voz do vento às 16:09 | comentar | favorito
24
Ago 09

Faça um upgrade à sua vida....

 

 

 

Começar de novo                       

É uma nova perspectiva. Porque vai provavelmente contrariar tudo o que aprendeu até agora. Imagine um dia cinzento. Acorda irritada e deprimida. Sem saber porquê. Suja a camisa com o café        

da manhã. Atrasa-se. A raiva apodera-se de si. Sai de casa. E chove impiedosamente. Há trânsito suficiente para a fazer desesperar. Um dia que podia ser normal, está a transformar-se numa espécie de inferno. Quem já não teve um dias destes? «Que mais me irá acontecer?», reclamamos.

É a protagonista. E a única causadora da cena. São as emoções que sentimos que ditam os acontecimentos do dia-a-dia. Da vida. Manifestou vibrações negativas – irritou-se, zangou-se,

enfureceu-se – e alimentou um ciclo. Lamento, mas o mais certo é que mais episódios irritantes se desenrolem durante o dia. E qual é a reacção normal? A culpa é do despertador, do tempo,

dos outros. Errado. Fazemos escolhas, ao nível do subconsciente, com base no que julgamos que somos, no que acreditamos e no que achamos que merecemos, e de acordo com o que nos

ensinaram ao longo da vida. Está na hora de olhar para si. Hoje, no presente, sem as lentes

do passado. De questionar todas as crenças e valores. De mudar. Atraia a vida que sempre desejou para si, com mente aberta e espírito livre. E 15 passos rumo à felicidade.

1. Reset

Hoje pode ser o primeiro dia da sua vida. O ponto de partida. Então comece. Do zero. A vida é uma projecção do que pensa sobre si. Intimamente. Secretamente. Primeiro passo: tenha a coragem de se questionar. Estabeleça um prazo. Durante um mês vai olhar para o momento presente. Como se não tivesse passado. Analise cada pensamento para perceber qual é a reacção emocional que este lhe provoca. Porque o que não lhe interessar hoje vai ter de ir para o lixo. É mesmo para esquecer. Imagine que vai fazer uma limpeza ao seu armário. Usa a roupa toda que tem no armário? E não tem peças que já nem sequer experimenta, porque já estão fora de moda ou porque simplesmente alguém lhe ofereceu? Veste-se como realmente gosta? Ou adoptou o estilo de alguém? Escolha o que a faz sentir bem e o que já não lhe servir, desfaça-se. Seja prática. Faça uma lista do que quer melhorar ou

mudar na sua vida. E passe a perguntar a si mesma porque reagiu a um acontecimento de determinada maneira. Já tem o papel e a caneta à mão?

2.Crenças

O que somos hoje é fruto do nosso passado. O autor explica que «uma crença é um pensamento no qual acreditamos e pensamos muitas vezes. É uma verdade ainda não questionada.» Desde a infância, passando pela adolescência, até à idade adulta somos programados mentalmente pelos nossos pais, professores e amigos. Pela sociedade em geral. Temos quadros de referência. Algumas dessas crenças são benéficas e protegem--nos. Outras não. E as que não são, limitam-nos porque temos medo de as questionar. Portanto, força. A segunda medida é duvidar da verdade das suas crenças. Porque tomamos decisões baseadas nas experiências do passado, numa realidade que já não existe – o presente nada tem a ver com o passado. Não pode ser comparado. Atreva-se a pôr em causa. Por exemplo Reserve cinco minutos por dia para esse registo.

3. Os erros

Carlos Anastácio aconselha-a a fazer a seguinte experiência: «Ponha-se confortável e relaxe. Retire todos os pensamentos que tem na mente e veja-se como sendo apenas o que é neste momento. Sinta a sua presença. O passado já passou e o futuro ainda não está feito. Como se sente?» O objectivo é que verifique o seu estado emocional. E se não for um estado de tranquilidade tem de o corrigir. Descobrir, compreender e alterar o que sente para aprender a gerir o seu estado emocional em cada momento. Medo? Culpa? Injustiça? Rancor? Ressentimento? Abandono? Humilhação? Insegurança? Rejeição? Estes estados psicológicos geralmente reflectem uma vivência passada que vai condicionar o presente, na percepção do que a rodeia e na tomada de decisões. E os erros têm a ver com esta projecção da mente, que adopta uma defesa e emite uma emoção negativa. Decidiria da mesma maneira se não tivesse receio?

4. Espelho meu

«Por que é que tem de ser assim?» Lembre-se desta pergunta, aponte e responda, tendo em conta as diferentes áreas da sua vida. Não é de um dia para o outro que vai mudar a forma como se «vê» a si e ao mundo, mas inicie o caminho da descoberta. Está nas suas mãos. «O mundo exterior espelha o mundo interior.» Logo, se melhorar o que sente, a qualidade de vida aumenta. Dica: não pode mudar o mundo, mas pode mudar a sua reacção ao mundo.

5. Escolha emocional

Decida o que quer sentir em relação a uma determinada situação. Existe em cada momento, uma outra escolha possível. Carlos Anastácio esclarece que «essa escolha não significa obrigatoriamente a mudança das circunstâncias que estamos a viver. Elas podem mudar ou não.» O autor refere-se a uma «escolha emocional». E quando se encontrar numa situação perturbadora, formule este pedido na sua mente: «Quero um outro modo de olhar para isto!» Uma perspectiva nova e pacificadora é o que vai obter em cada momento.

6. Pensamentos

Não existem pensamentos neutros. É impossível pensar sem sentir uma emoção ou vibração. Mas se não investir tempo nesse pensamento, provavelmente ele não se manifesta objectivamente. Agora se insistir é capaz de conseguir que o pensamento se torne realidade. Se pensar negativo, sente mal-estar e uma emoção negativa; se for um pensamento agradável, experiencia bem-estar e alegria. Conclusão: tem de ser menos condescendente com os pensamentos que permite na sua consciência. «Disso dependerá a sua paz», garante o autor.

7. A mudança

«Muitas pessoas ainda acreditam que as suas experiências de vida dependem de factores como sorte, azar, destino, conjuntura astral, movimento das marés, genética dos pais…», nota o autor. E recorda a primeira premissa para se obter mudanças na vida: a responsabilidade por tudo o que tem vivido, está a viver e irá viver no futuro é exclusivamente sua. O conselho de Carlos Anastácio é de que treine esta nova atitude para combater os hábitos que temos enraizados.

8. Lei da atracção

Há uma lei que «postula que aquilo em que pusermos a nossa atenção, energia e concentração, será atraído para a nossa vida». E em consequência desta lei, como que emitimos vibrações, positivas ou negativas, o universo corresponde com experiências semelhantes. Porque vibramos, quando pensamos, falamos, sonhamos. Há uma ressonância e um sincronismo perfeito.

9. Desejos sem não

Faça uma lista, concreta e precisa, do que realmente deseja – do que quer ser, ter e fazer, porque «a maioria das pessoas pensa constantemente naquilo que não quer e muito raramente no que quer». E tome nota: exclua a palavra «não» e outros termos de negação do seu vocabulário. O universo desconhece a negação e a mente suprime essa parte da instrução.

10. o «eu» interior

Atenção: concentre-se no que sente. Não pode afirmar que quer um emprego ideal e ouvir dentro de si uma voz que lhe diz que este é difícil de alcançar. Está a criar dúvida. A emitir uma vibração negativa. E a sabotar os seus desejos.

11. Os relacionamentos

Há também uma dinâmica mental inconsciente nos relacionamentos, onde o julgamento e a comparação são constantes. Porque criamos expectativas e atribuímos um papel ao outro. E mais ainda: relacionamo-nos para satisfazer as nossas necessidades físicas e psicológicas. O outro tem aquilo que nós julgamos que nos faz falta e por isso temos medo de o perder. Mas para o autor, amar não é possuir: «A única coisa que nos pode satisfazer é o amor que já está dentro de nós.» Lembre-se de que qualquer relacionamento gera emoções: positivas ou negativas. Analise a sua atitude.

12. A energia do medo

Somos o íman que atrai as circunstâncias da vida, porque tudo é energia. Segundo o autor, tudo o que conseguir visualizar na sua mente já existe no mundo – ainda que seja uma imagem subjectiva. Se ainda não está a viver o que quer no mundo objectivo é porque existe algo de que tem medo. Pergunte-se: «O que é que de pior me poderia acontecer se eu já fosse, tivesse ou fizesse o que quero?»

13. Estranha vantagem

Trace objectivos realistas. Desafiantes, mas atingíveis. Depois identifique na situação que está a querer mudar, quais as vantagens e desvantagens que tem neste momento. Pode parecer estranho, mas mesmo nas situações negativas existe uma vantagem, por muito subtil que seja. Enumere-as.

14. Ego. Para que te quero?

«Perdoo-te mas não me esqueço do que fizeste.» Será que perdoou? Aceite a ideia de que o ego tem por missão afirmar a individualidade, enquanto a mente prova a nossa inocência. É por isso que atribuímos a razão do nosso descontentamento a factores exteriores a nós próprios. À custa sempre do outro. Mas é em si que vai ter de encontrar as respostas.

15. Seja feliz

«Obrigue-se» a sentir paz e a perceber que a felicidade é um estado emocional. Não depende da propriedade das coisas. Esta é a última fase: alcançar um nível de consciência que permita mudar o que pode mudar e aceitar o que não pode. Instalação concluída com sucesso. Experimente.

Fonte:

 

   Voz do vento...

publicado por Voz do vento às 22:40 | comentar | favorito
sinto-me: Pesquisando...
14
Jul 09

Esporeira....

 

Azuis e pequeninas, as flores da esporeira se assemelham a pequenos golfinhos, presos a caules firmes e erectos.
As pessoas que nascem sob este signo são fortes, determinadas e dignas, fazem questão de ter seu valor reconhecido e repudiam a falsidade e a hipocrisia.

Realistas, sabem agir com serenidade e bom senso, mas nem por isso deixam de lado seus ideais e seus sentimentos mais elevados.·
São obstinadas, batalhadoras e dotadas de grande energia e força de vontade.

 


Voz do vento...

publicado por Voz do vento às 19:55 | comentar | favorito
12
Jul 09

Transforme sua vida

A vida exige de nós uma atitude proactiva. Somos agricultores que recebem apenas as sementes do amanhã, precisamos aprender a plantá-las, cultivá-las, colhê-las.

 

 

Muitas vezes a acomodação com a vida que temos significa que nos acostumamos com pouco. É a adaptação aos pequenos sofrimentos diários. É fechar os olhos para as mudanças possíveis com preguiça de correr riscos. É ficar na confortável e segura rotina que criamos em vez de partir em busca de algo mais. Quem foi contaminado pelo vírus da acomodação sempre deixa para amanhã o que poderia fazer hoje.

São pessoas que evitam agir porque não querem lidar com as consequências de seus actos. São pessoas que evitam decidir porque não querem perder o conforto nem a segurança que têm – mesmo que esse conforto e essa segurança sejam bastante limitados. Elas se recusam a encarar qualquer tipo de risco, embora tenham talento de sobra para alcançar seus objectivos e serem felizes. Para evitarem o trabalho que terão ao lidar com o sofrimento desconhecido, elas se adaptam ao sofrimento conhecido.

Mesmo que não estejam passando por circunstâncias favoráveis e se sintam mal, preferem que as coisas continuem como estão a alterar sua rotina. Assim, qualquer pequena transformação é evitada. Cria-se uma barreira intransponível às mudanças. Procurar um novo emprego? Nem pensar! Mesmo que a oferta seja melhor e as perspectivas mais promissoras, uma pessoa acomodada não aceita mudar de emprego porque já domina as tarefas que realiza e prefere a segurança de um trabalho medíocre a correr o risco de ser feliz em outra empresa.

Uma pessoa acomodada evita conversar com o companheiro sobre suas frustrações no relacionamento com medo de provocar uma crise afectiva. Uma pessoa acomodada prefere afastar-se de um amigo a criar coragem para conversar sobre algum aspecto que a incomoda. Existem também as pessoas que se acomodam afectivamente. Elas mantêm o casamento, mesmo que o amor já tenha acabado, apenas porque a separação e a busca de uma nova companhia são atitudes que demandam grande esforço. Vivem pensando:

– Para que procurar encrenca?

São míopes: diante de uma situação nova, só enxergam os problemas que poderão surgir e o trabalho que terão. Nunca se dão conta das janelas que se abrem quando deparamos com alguma coisa nova. São pessoas que pensam da seguinte forma:

– Por que me candidatar a um cargo público se isso só traz dor de cabeça?
– Por que tentar me aproximar da mulher que amo se ela não me dá bola?
– Por que estudar mais para conquistar um cargo melhor se isso não adianta nada?

Elas não percebem quanto a coragem de enfrentar esses desafios pode ser importante para sua realização. Estão distraídas, olhando a vida passar sem se dar conta do que está acontecendo ao redor. As coisas ocorrem bem debaixo de seus olhos, e elas desperdiçam seguidamente as oportunidades porque não têm coragem de ir para o tudo ou nada.

Essas pessoas precisam aprender a arriscar apesar da possibilidade de errar. Aprender a enfrentar um desafio mesmo que pareça duro demais. Aprender a reconquistar o amor do filho ainda que para isso precisem derramar muitas lágrimas. Aprender a se impor, embora sintam as mãos geladas devido à tensão e à insegurança. Não dá para permanecer em nosso casulo: uma lagarta precisa virar borboleta. Não acredite que, se ficar em seu casulo, você estará plenamente seguro.

Ninguém está 100% seguro na vida. Ninguém está livre de sentir dor. Ninguém pode garantir que uma mudança de emprego seja bem-sucedida. Mas, se você não se arriscar nem se expuser, jamais saberá o que poderia ter acontecido. Você poderia ter sido feliz no amor, mas não foi. Poderia ter construído uma carreira bem-sucedida, mas não construiu. Poderia ter feito amigos fantásticos, mas não fez. Poderia ter voado por jardins floridos e perfumados, mas não voou. E fará coro com Sueli Costa e Abel Silva cantando Jura secreta:

Só uma coisa me entristece
O beijo de amor que não roubei
A jura secreta que não fiz
A briga de amor que não causei
(... )
Só uma palavra me devora
Aquela que meu coração não diz
Só o que me cega, o que me faz infeliz
É o brilho do olhar que não sofri

Arriscar é, portanto, preciso. Acordar para o mundo é preciso. Encante-se com as portas que se abrem à frente a cada novidade que surge em sua vida. Não permita que a porta se feche antes que você tenha visto o que havia do outro lado. Não fique sentado esperando a morte chegar! As pessoas que ficam assim começam, depois de alguns anos, a sentir um enorme vazio no peito. Só então saem desse estado permanente de acomodação, acordam para o mundo e constatam, decepcionadas, que não criaram nada, não arriscaram nada, não aproveitaram nada. O problema é que isso costuma acontecer tarde demais...

Não deixe a acomodação tomar conta de sua vida para não provocar, no futuro, o seguinte comentário que alguém talvez faça sobre você: “Coitado, morreu aos 18 anos, mas só foi enterrado aos 60!” Por isso, dê a si mesmo a oportunidade de aproveitar a vida e nunca a despreze! Lembre-se: quem espera desespera. Se você perceber que está esperando a morte chegar, é hora de sair para o tudo ou nada e mostrar que seu coração ainda pulsa!


Roberto Shinyashiki é psiquiatra, palestrante e autor de 13 títulos, entre eles: Os Segredos dos Campeões, Tudo ou Nada, Heróis de Verdade, Amar Pode Dar Certo, O Sucesso é Ser Feliz e A Carícia Essencial - Acesse o site:
www.clubedoscampeoes.com.br


Voz do vento...

publicado por Voz do vento às 21:51 | comentar | ver comentários (2) | favorito
música: Transforme sua vida
06
Jul 09

Nós escrevemos o livro da nossa vida...

 

 

 


If you don't design your ownlife plan, chances are you'll fall into someone elses's plan. And guess what they have planned for you ? Not much( Jim Rohn)

 

publicado por Voz do vento às 13:21 | comentar | favorito
04
Jul 09

Yes we can...

 

 

Voz do vento...

publicado por Voz do vento às 17:16 | comentar | favorito
sinto-me: Fortalecida
música: Yes We Can - New Approaches

O futuro dependerá do que agora fizermos

Dori me
Interi mo, Adapare
Dori me
Ameno, Ameno
Lantire, Lantire mo
Dori me

Ameno, Omenare imperavi
Ameno, Dimere, dimere
Mantiro, Mantire mo
Ameno

Omenare, imperavi emulari
Ameno
Omenare, imperavi emulari

Ameno, Ameno dore
Ameno dori me
Ameno dori me

Ameno, Dom
Dori me, Reo
Ameno dori me
Ameno dori me

Dori me, Dom

 

Sinta minha dor
Absorve-me, Toma-me                 Sinta minha dor
Liberta-me, Liberta-me
Descubra-me , Descubra meus sinais
Sinta minha dor

Suaviza (esta dor), Conforta-mePerceba, perceba                   Mutilaram-me, Machucaram-me Liberta-me

Suaviza (esta dor), Conforta-me
Liberta-me
Suaviza (esta dor), Conforta-me

Liberta-me, Ameniza a dor      Ameniza minha dor                 Ameniza minha dor

Liberta-me, Senhor                      Alivia minha dor, Rei               Ameniza minha dor
Ameniza minha dor

Tira-me esta dor, Senhor

 


 

 

 

 

VALE A PENA LER...!

Entrei apressado e com muita fome no restaurante.

Escolhi uma mesa bem afastada do movimento, porque queria aproveitar os poucos minutos que dispunha naquele dia, para comer e resolver alguns problemas de programação num sistema que estava a desenvolver, além de planear a minha viagem de férias, coisa que há tempos que não sei o que são.

Pedi um filete de salmão com alcaparras em manteiga, uma salada e um sumo de laranja, afinal de contas fome é fome, mas regime é regime não é?

Abri o meu portátil e apanhei um susto com aquela voz baixinha atrás de mim:

- Senhor, não tem umas moedinhas?

- Não tenho, menino.

- Só uma moedinha para comprar um pão.

- Está bem, eu compro um.

Para variar, a minha caixa de entrada está cheia de e-mail’s.

Fico distraído a ver poesias, as formatações lindas, rindo com as piadas malucas.

Ah! Essa música leva-me até Londres e às boas lembranças de tempos áureos.

- Senhor, peça para colocar margarina e queijo.

Percebi nessa altura que o menino tinha ficado ali.

- Ok. Vou pedir, mas depois deixas-me trabalhar, estou muito ocupado, está bem?

Chega a minha refeição e com ela o meu mal-estar. Faço o pedido do menino, e o empregado pergunta-me se quero que mande o menino ir embora.

O peso na consciência, impedem-me de o dizer.

Digo que está tudo bem. Deixe-o ficar.

Que traga o pão e, mais uma refeição decente para ele.

Então sentou-se à minha frente e perguntou:

- Senhor o que está fazer?

- Estou a ler uns e-mail’s.

- O que são e-mail’s ?

- São mensagens electrónicas mandadas por pessoas via Internet (sabia que ele não ia entender nada, mas, a título de livrar-me de questionários desses, acrescentei):

- É como se fosse uma carta, só que vem através da Internet.

- Senhor você tem Internet?

- Tenho sim, é essencial no mundo de hoje.

- O que é Internet ?

- É um local no computador, onde podemos ver e ouvir muitas coisas, notícias, músicas, conhecer pessoas, ler, escrever, sonhar, trabalhar, aprender. Tem de tudo no mundo virtual.

- E o que é virtual?

Resolvo dar uma explicação simplificada, sabendo com certeza que ele pouco iria entender e deixar-me-ia almoçar, sem culpas.

- Virtual é um local que imaginamos, algo que não podemos tocar, apanhar, pegar... é lá que criamos um monte de coisas que gostaríamos de fazer.

Criamos as nossas fantasias, transformamos o mundo em quase como queríamos que fosse. 

- Que bom isso. Gostei!

- Menino, entendeste o significado da palavra virtual?

- Sim, também vivo nesse mundo virtual.

- Tens computador ?!!! - exclamei eu...

- Não, mas o meu mundo também é vivido dessa maneira...dessa maneira virtual.

A minha mãe fica todo dia fora, chega muito tarde, quase não a vejo, enquanto eu fico a cuidar do meu irmão pequeno que vive a chorar de fome e eu dou-lhe água para ele pensar que é sopa, a minha irmã mais velha sai todo dia também, diz que vai vender o corpo, mas não entendo, porque ela volta sempre com o corpo, o meu pai está na cadeia há muito tempo, mas imagino sempre a nossa família toda junta em casa, muita comida, muitos brinquedos de natal e eu a estudar na escola para vir um dia a ser médico.

Isto é virtual não é senhor???

Fechei o portátil mas não fui a tempo de impedir que umas lágrimas caíssem sobre o teclado.

Esperei que o menino acabasse de literalmente "devorar" o prato dele, paguei, e dei-lhe o troco, que me retribuiu com um dos mais belos e sinceros sorrisos que já recebi na vida e com um...

"Brigado senhor, você é muito simpático!".

Ali, naquele instante, tive a maior prova do virtualismo insensato em que vivemos todos os dias, enquanto a realidade cruel nos rodeia de verdade e fazemos de conta que não percebemos!  

 

 


O futuro dependerá do que agora fizermos.

Voz do vento…

publicado por Voz do vento às 14:43 | comentar | favorito
sinto-me:
música: Ameno - ERA
03
Jul 09

SINTO VERGONHA DE MIM

 

 

NUNCA ESTEVE TÃO ACTUAL!

 A poesia de Rui Barbosa (poeta brasileiro), apresentada a seguir,
 poderia ter sido escrita hoje, sem mudar uma palavra.

SINTO VERGONHA DE MIM
 
 Sinto vergonha de mim
 por ter sido educador de parte deste povo,
 por ter batalhado sempre pela justiça,
 por compactuar com a honestidade,
 por primar pela verdade
 e por ver este povo já chamado varonil
 enveredar pelo caminho da desonra.

  Sinto vergonha de mim
  por ter feito parte de uma era
 que lutou pela democracia,
  pela liberdade de ser
 e ter que entregar aos meus filhos,
 simples e abominavelmente,
 a derrota das virtudes pelos vícios,
 a ausência da sensatez
 no julgamento da verdade,
 a negligência com a família,
 célula-Mater da sociedade,
 a demasiada preocupação
 com o 'eu' feliz a qualquer custo,
 buscando a tal 'felicidade'
 em caminhos eivados de desrespeito
 para com o seu próximo.

 Tenho vergonha de mim
 pela passividade em ouvir,
 sem despejar meu verbo,
 a tantas desculpas ditadas
 pelo orgulho e vaidade,
 a tanta falta de humildade
 para reconhecer um erro cometido,
 a tantos 'floreios' para justificar
 actos criminosos,
 a tanta relutância
 em esquecer a antiga posição
 de sempre 'contestar',
 voltar atrás
 e mudar o futuro.
 
 Tenho vergonha de mim
 pois faço parte de um povo que não reconheço,
 enveredando por caminhos
 que não quero percorrer...

 Tenho vergonha da minha impotência,
 da minha falta de garra,
 das minhas desilusões
 e do meu cansaço.
 
 Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir o meu Hino

 e jamais usei a minha Bandeira
 para enxugar o meu suor
 ou enrolar o meu corpo
 na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
 
 Ao lado da vergonha de mim,
 tenho tanta pena de ti,
 povo deste mundo!
 
'De tanto ver triunfar as nulidades,
 de tanto ver prosperar a desonra,
 de tanto ver crescer a injustiça,
 de tanto ver agigantarem-se os poderes
 nas mãos dos maus,
 o homem chega a desanimar da virtude,
 A rir-se da honra,
 a ter vergonha de ser honesto'.
 
Voz do vento...

 

publicado por Voz do vento às 00:03 | comentar | ver comentários (1) | favorito
sinto-me: navegando no tempo
música: silêncio da noite
25
Mai 09

QUEM SOU EU NA REALIDADE?

 

 

Quando sonhamos acordados, vemos algo que só a nossa imaginação e olhar permitirá.    Rever momentos importantes que marcaram a nossa passagem. E o que pretendemos fazer no AGORA. Com o sorriso no rosto e no nosso interior, olhamos para o passado e o que vemos?

Quando nos chamam pelo nosso nome com saudade como fossemos alguém que marcou gerações e pessoas. Deixamos algo na nossa passagem. Conseguirmos ler a mente das pessoas com quem cruzamos e imaginá-las, aqui e agora, aonde estarão, de que forma a sua vida evoluiu.

Questionarmos no nosso interior, ouvimos num murmúrio do tempo,”aonde quer que estejas, com quem estiveres e como estiveres, estarás no meu pensamento”. Perdurarão para sempre.

Acreditar e voltar a acreditar em nós mesmos e nas profundezas reencontrarmos.

Imaginarmos que a passagem tem uma razão muito forte e queremos prosseguir, deixarmos as nossas amarras, entrarmos no navio branco, grande que nos levará algures. Não importa qual será o porto, será aonde nos chamem pelo nosso nome. Estarei viva, para voltar acreditar que só um ser único com características muito próprias. Um novo ser que tento encontrar-me, já não me encontro nas trevas, na escuridão, tenho imensas portas por abrir.

Lamentos do que ficou por fazer, das mágoas que ficaram por sarar e o sofrimento mundano por responder. Na experiência adquirida ao longo de três décadas e meia, nada foi na perfeição. E agora, o grito do momento do despertar, AGORA!

Não desistir é a palavra de ordem. Tudo na vida tem uma razão de ser da forma mais complexa como a vida nos encarna, permite-nos crescer como seres humanos, adquirindo experiências, nada importa, mesmo que o caminho não tenha sido o mais apropriado, quisemos segui-lo com a nossa convicção porque o momento é quem comandava as nossas emoções. Seguimos o nosso coração, as suas crenças e no decurso, surgiram obstáculos, certamente para nos despertar ou permitir ultrapassar, mas fez-nos crescer e após cada queda, emergir como Fénix.

Novo dia surge. Tornarmo-nos fortes, preparamo-nos para os nossos desafios e batalhas. O senso comum dita que por Amor, tudo fazemos, rompemos com crenças com todos os obstáculos, mesmos os imprevisíveis. Mas, será o nosso caminho? Fazer tudo por Amor a alguém e o nosso amor-próprio não contará? Não será peso suficiente para nos mover? Aqui reside a essência, o nosso EU! Palavra poderosa da qual não devemos esquecer. Estamos sempre rodeados por uma imensidão de pessoas mas ao mesmo tempo sentiremos, completamente sós na vastidão do mundo.

EU, hoje sou uma pessoa diferente. Diferente do ontem. No dia e hora em que tomo a consciência de que o único momento que existe é o meu Presente, o Eterno Agora, revela-se para mim uma nova realidade superior, divina, transcendente. Começo uma nova faceta da minha caminhada em direcção à expansão espiritual. Quem sou, uma guerreira em forma de mulher. Lutadora por excelência, vergo mas não quebro. Exploradora por iniciativa própria, curiosa da vida. EU, hoje vivo com a intensidade e aprendo a viver o único momento que existe o agora. O passado e o futuro são os apoios do meu ego. Nada importa. Iluminação significa elevar-me além do pensamento. Viver no AGORA.

EU, sou uma estudante da vida. Convicta que nada sei.  Manterei presente em mim, o respeito da minha pessoa, respeito pelo próximo e convicção da responsabilidade das minhas acções.

Ter presente que a vida nada tira, apenas muda a forma de estar. Sou uma viajante. Tenho um bilhete de ida e de volta. Na passagem por cada lugar, espero ter bem presente que deverei cuidar bem da minha bagagem. E que nessa “bagagem” nada falte no momento de embarcar no navio branco que aparecerá “na hora certa”. Ter presente a intensidade do aqui e agora para quando chegar ao fim da viagem, não arrepender-me de ter esquecido das minhas pedras valiosas.

Voz do vento ...

 

publicado por Voz do vento às 14:23 | comentar | favorito
música: QUEM SOU EU NA REALIDADE?
08
Abr 09

O que fazemos em vida, ecoará pela eternidade...

 

 

 

O que fazemos na vida ecoa na eternidade. É poderoso esta expressão o quanto nos toca e nos motivará para que possamos olhar para todas as contrariedades do nosso dia-a-dia.

Na nossa vida profissional que actualmente só ouvimos lamentos dos colegas e a tristeza dos que são, diariamente dispensados. A dor que acompanha - nos pela impotência de um simples jeito e utilizar as palavras de gratidão de termos tido a oportunidade de cruzarmos com eles, naquele momento. Admirar pela oportunidade de termos conhecido.

O que queremos deixar como legado para os que seguiram as nossas palavras. Como será se, hoje fosse o nosso último dia, será conseguiríamos avaliar o que deixamos, o nosso caminho possa encorajar os que ficaram por mais algum tempo.

No que faríamos e o que faríamos de diferente se hoje, fosse o nosso último dia.

Ficaríamos orgulhosos por não termos desistido do que acreditamos verdadeiramente, dos nossos sonhos, de termos trabalhado o suficiente pela nossa família, pelos nossos amigos quando sempre precisaram de nós, pelos nossos colegas de trabalho até pelo os desconhecidos que bateram à nossa porta. E perante os novos desafios que surgiram não termos acobardarmos e enfrentarmos as batalhas da nossa vida.

Qual a razão da nossa missão, caso não tenhamos feito esta reflexão até este momento, eis a altura de meditarmos, vivermos cada dia com a intensidade do último dia, sentirmos orgulhosos de nós próprios pela perseverança de batalharmos nos reveses da nossa vida epara tal é necessário a motivação, insistir porque a vida é uma sucessão de batalhas para o nosso crescimento pessoal.

Viver o nosso agora com a intensidade, amarmos verdadeiramente o nosso EU e todos aqueles com quem cruzarmos, por vezes surgem por uma etapa, uma cruzada, uma década, não importa, sabermos usar a gratidão pela sua passagem e com o que conseguimos transmitir.

Perservar a amizade e promovermos as nossas alianças positivas com todos os que nos rodeiam. Claro que não será fácil lidarmos com certas pessoas com quem cruzamos, com quem temos que dar satisfação pelo o nosso desempenho, ser  constamente criticados e menosprezamos. Mas teremos que ter a nobreza de dar a oportunidade de conhecermos e dar a conhecer-nos.

Voz do vento...

 

 

publicado por Voz do vento às 22:57 | comentar | favorito