01
Out 09

Governar a nossa vida

 

 

 

Ser donos da nossa vida...
Governar a nossa vida é ser consciente das questões e problemas que podemos controlar directamente e daqueles sobre os quais podemos influir indirectamente. Governar a nossa vida é convencer-nos de que somos os donos das nossas emoções; que podemos utilizar sempre a imaginação e criatividade que possuímos; que podemos vencer os temores; que podemos aprender a viver pela positiva...

Em suma, que podemos deixar de ser pessoas encurraladas para nos convertermos em pessoas que dirigem as próprias vidas.

 

Muitas vezes culpamos os outros, as circunstâncias, as adversidades, a vida pela nossa infelicidade. Porque não conseguimos comunicar as nossas emoções, porque deixamos que os outros controlem a nossa vida, porque nos deixamos levar em situações difíceis…No entanto, somos nós próprios os responsáveis pela nossa felicidade. Sabendo isto temos consciência que está nas nossas mãos invertermos o jogo. Isto é tomarmos as rédeas da nossa vida. Basta aprendermos a dominar o segredo das emoções e das relações humanas. Aprendermos a criar empatia com o outro e a ganhar a sua confiança.
Porque a felicidade aprende-se.

                                                                           in María Jesús Aláva Reyes

                                                  Trecho do livro "A ARTE DE ARRUINAR A SUA PRÓPRIA VIDA"

 

Voz do vento...

publicado por Voz do vento às 00:16 | comentar | favorito
sinto-me: a ver com olhos de "ver"
04
Jul 09

O futuro dependerá do que agora fizermos

Dori me
Interi mo, Adapare
Dori me
Ameno, Ameno
Lantire, Lantire mo
Dori me

Ameno, Omenare imperavi
Ameno, Dimere, dimere
Mantiro, Mantire mo
Ameno

Omenare, imperavi emulari
Ameno
Omenare, imperavi emulari

Ameno, Ameno dore
Ameno dori me
Ameno dori me

Ameno, Dom
Dori me, Reo
Ameno dori me
Ameno dori me

Dori me, Dom

 

Sinta minha dor
Absorve-me, Toma-me                 Sinta minha dor
Liberta-me, Liberta-me
Descubra-me , Descubra meus sinais
Sinta minha dor

Suaviza (esta dor), Conforta-mePerceba, perceba                   Mutilaram-me, Machucaram-me Liberta-me

Suaviza (esta dor), Conforta-me
Liberta-me
Suaviza (esta dor), Conforta-me

Liberta-me, Ameniza a dor      Ameniza minha dor                 Ameniza minha dor

Liberta-me, Senhor                      Alivia minha dor, Rei               Ameniza minha dor
Ameniza minha dor

Tira-me esta dor, Senhor

 


 

 

 

 

VALE A PENA LER...!

Entrei apressado e com muita fome no restaurante.

Escolhi uma mesa bem afastada do movimento, porque queria aproveitar os poucos minutos que dispunha naquele dia, para comer e resolver alguns problemas de programação num sistema que estava a desenvolver, além de planear a minha viagem de férias, coisa que há tempos que não sei o que são.

Pedi um filete de salmão com alcaparras em manteiga, uma salada e um sumo de laranja, afinal de contas fome é fome, mas regime é regime não é?

Abri o meu portátil e apanhei um susto com aquela voz baixinha atrás de mim:

- Senhor, não tem umas moedinhas?

- Não tenho, menino.

- Só uma moedinha para comprar um pão.

- Está bem, eu compro um.

Para variar, a minha caixa de entrada está cheia de e-mail’s.

Fico distraído a ver poesias, as formatações lindas, rindo com as piadas malucas.

Ah! Essa música leva-me até Londres e às boas lembranças de tempos áureos.

- Senhor, peça para colocar margarina e queijo.

Percebi nessa altura que o menino tinha ficado ali.

- Ok. Vou pedir, mas depois deixas-me trabalhar, estou muito ocupado, está bem?

Chega a minha refeição e com ela o meu mal-estar. Faço o pedido do menino, e o empregado pergunta-me se quero que mande o menino ir embora.

O peso na consciência, impedem-me de o dizer.

Digo que está tudo bem. Deixe-o ficar.

Que traga o pão e, mais uma refeição decente para ele.

Então sentou-se à minha frente e perguntou:

- Senhor o que está fazer?

- Estou a ler uns e-mail’s.

- O que são e-mail’s ?

- São mensagens electrónicas mandadas por pessoas via Internet (sabia que ele não ia entender nada, mas, a título de livrar-me de questionários desses, acrescentei):

- É como se fosse uma carta, só que vem através da Internet.

- Senhor você tem Internet?

- Tenho sim, é essencial no mundo de hoje.

- O que é Internet ?

- É um local no computador, onde podemos ver e ouvir muitas coisas, notícias, músicas, conhecer pessoas, ler, escrever, sonhar, trabalhar, aprender. Tem de tudo no mundo virtual.

- E o que é virtual?

Resolvo dar uma explicação simplificada, sabendo com certeza que ele pouco iria entender e deixar-me-ia almoçar, sem culpas.

- Virtual é um local que imaginamos, algo que não podemos tocar, apanhar, pegar... é lá que criamos um monte de coisas que gostaríamos de fazer.

Criamos as nossas fantasias, transformamos o mundo em quase como queríamos que fosse. 

- Que bom isso. Gostei!

- Menino, entendeste o significado da palavra virtual?

- Sim, também vivo nesse mundo virtual.

- Tens computador ?!!! - exclamei eu...

- Não, mas o meu mundo também é vivido dessa maneira...dessa maneira virtual.

A minha mãe fica todo dia fora, chega muito tarde, quase não a vejo, enquanto eu fico a cuidar do meu irmão pequeno que vive a chorar de fome e eu dou-lhe água para ele pensar que é sopa, a minha irmã mais velha sai todo dia também, diz que vai vender o corpo, mas não entendo, porque ela volta sempre com o corpo, o meu pai está na cadeia há muito tempo, mas imagino sempre a nossa família toda junta em casa, muita comida, muitos brinquedos de natal e eu a estudar na escola para vir um dia a ser médico.

Isto é virtual não é senhor???

Fechei o portátil mas não fui a tempo de impedir que umas lágrimas caíssem sobre o teclado.

Esperei que o menino acabasse de literalmente "devorar" o prato dele, paguei, e dei-lhe o troco, que me retribuiu com um dos mais belos e sinceros sorrisos que já recebi na vida e com um...

"Brigado senhor, você é muito simpático!".

Ali, naquele instante, tive a maior prova do virtualismo insensato em que vivemos todos os dias, enquanto a realidade cruel nos rodeia de verdade e fazemos de conta que não percebemos!  

 

 


O futuro dependerá do que agora fizermos.

Voz do vento…

publicado por Voz do vento às 14:43 | comentar | favorito
sinto-me:
música: Ameno - ERA